Milhares de fiéis chegam à Matriz de Nossa Senhora Sant’Ana com a imagem de Benigna Cardoso, a primeira beata cearense. Esta é a segunda festa dedicada a ela após a beatificação.
Romarias e homenagens
Mais de 80 anos depois, o martírio de Benigna ainda movimenta intensamente os católicos na região do Cariri. O município de Santana do Cariri, onde ela nasceu e morreu, espera uma quantidade de visitantes cinco vezes maior que o tamanho da população local a cada outubro, quando são realizadas as romarias em homenagem à menina.
Os eventos, inclusive, reúnem dezenas de meninas e meninos vestidos com o típico traje vermelho com bolas brancas, roupa característica da Menina Benigna.
Pároco da Igreja Matriz de Senhora Santana em Santana do Cariri, padre Edilmário Muniz, destacou o grande número de fiéis que participaram da festa em homenagem a Beata Benigna Cardoso, iniciada no dia 15, sendo encerrada hoje com a grande procissão em celebração a Heroína da Castidade, que saiu do Santuário de Benigna no bairro de Inhumas até a matriz da cidade.
A memória de Benigna Cardoso, reconhecida como Beata pela Igreja Católica, foi celebrada na última quinta-feira (24) em Santana do Cariri.
Anualmente, uma romaria reúne devotos no local de seu martírio, onde sua vida é exaltada como exemplo de pureza e coragem.
Durante a celebração litúrgica, que reuniu bispos, padres, seminaristas e fiéis de várias localidades, Dom Magnus, bispo de Crato, destacou que a trajetória de Benigna reflete a essência do amor cristão: “A vida de Benigna Cardoso, assim como a de tantos mártires, nos ensina que o verdadeiro amor não busca recompensas materiais ou conforto mundano.”
Benigna foi reconhecida oficialmente como Beata em 24 de outubro de 2022. O rito de beatificação foi realizado em Crato, em uma Santa Missa presidida por Dom Leonardo Steiner, Arcebispo de Manaus e representante do Papa Francisco, com a presença de fiéis de todo o Brasil.
Sobre o martírio da jovem, Dom Magnus reforçou: “Assim como os mártires dos primeiros séculos, Benigna carregou em seu corpo o sofrimento de Cristo, para que a vida de Cristo fosse manifestada em sua morte.” A celebração também trouxe uma mensagem de esperança e transformação: “Que, ao meditarmos sobre a vida de Benigna Cardoso, possamos também beber da ‘água viva’ de Cristo e ser testemunhas de um amor que transforma e que, mesmo diante da morte, floresce em vida eterna.”
📷 Pascom Santana
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