DOMINGO DE PÁSCOA
31 de março
Texto Bíblico: Jo 20, 1 –
9.
Quando
Maria de Magdalena chegou ao túmulo onde o corpo do salvador fora depositado
naquele já bem distante alvorecer do primeiro dia da semana, e viu que a pedra tinha sido removida, nem lhe passou pela cabeça que o Senhor Jesus
ressuscitara, e por isso o que disse a Pedro e a João foi: “Tiraram o Senhor do
túmulo e não sabemos onde o puseram.”
No
que diz respeito a ressurreição de um modo geral, devemos pensar em primeiro
lugar no que acerca deste transcendente mistério de nossa fé lemos em alguns
escritos do Antigo Testamento. Lê-se no livro de Daniel que “os que dormem no
pó da terra ressurgirão.” (Dn 12, 2) Admiráveis e claríssimas são as seguintes
palavras que encontramos no livro do profeta Isaías: “Os teus mortos
ressuscitarão.” Em Oséias lemos esta confissão explícita: “No terceiro dia nos
ressuscitará.” É ainda o Antigo Testamento que nos dá notícia de dois mortos
que ressuscitaram. Lemos no segundo livro dos Reis que o profeta Eliseu
ressuscitou o filho da Sunamita, e que um morto depositado no sepulcro onde
jaziam os ossos do profeta, tendo entrado em contato com eles, voltou a vida.
O
Senhor Jesus que disse em certa ocasião: “Eu sou a Ressurreição”, durante a sua
vida terrena, consoante os relatos evangélicos, para provar com obras a
veracidade de sua palavra, ressuscitou três pessoas que a morte colhera: seu
amigo Lázaro, o filho da viúva de Naim e a jovem filha de Jairo.
O
autor dos Atos dos Apóstolos nos conta que o apóstolo Pedro ressuscitou Tabita
em Jope e Paulo ao jovem Êutico em Trôade.
A
ressurreição de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo constitui o acontecimento
máximo da chamada história da salvação, o evento culminante que deu um novo
sentido a história humana, a grande e incontestável prova de que Jesus era
mesmo o que ele tantas vezes disse ser.
Quando
Jesus ressuscitou dos mortos, cumpriram-se muitas profecias antigas do Antigo
Testamento. Ao ressuscitar, ele venceu a temida morte e renovou a vida, dando
ao pobre e confuso gênero humano a certeza de que a vida não termina com a
morte, e que se é certo que nascemos para morrer, morremos para ressuscitar,
como ele ressuscitou dos mortos.
Todos
haveremos de ressuscitar quando aquele que ressurgiu glorioso do sepulcro na
manhã do primeiro dia da semana aparecer no céu revestido de majestade e
esplendor divino para o final acerto de contas com todos os seres humanos. Toda
a pregação dos apóstolos depois que o Senhor saiu vitorioso do sepulcro versou
fundamentalmente sobre esta inefável e consoladora verdade de nossa santa fé.
Leiamos qualquer uma das pregações de Pedro ou Paulo registradas nos Atos e
verificaremos que em todas elas os dois insistem sobretudo neste ponto: Cristo
ressuscitou!
A
mesma coisa achamos nos documentos apostólicos chegados até nós: não há um só que não trate
do mistério da ressurreição. O que foi suspenso na cruz e nela expirou,
ressurgiu glorioso das trevas do sepulcro e da morte.
Eis
a alegre nova que hoje a Igreja nos anuncia, alegre porque seu divino esposo
que a ama e a quem ela ama muitíssimo,
venceu a morte ressuscitando. Para todos brilhou a divina luz inapagável da
esperança, porque aquele que disse: “eu sou a ressurreição”, verdadeiramente
ressuscitou. Aleluia. Amém.
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