segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Em 2023, Governo do Ceará reconhece mais quatro Reservas Particulares do Patrimônio Natural

 As RPPNs são Unidades de Conservação (UC) em áreas privadas criadas por ato voluntário de seus proprietários  


O ano de 2023 termina com o reconhecimento, por parte do Governo do Ceará, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema), de mais quatro Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN). Agora, o estado conta com um total de 47 RPPNs, sendo oito reconhecidas pela Sema e 39 reconhecidas pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio).

As quatro mais novas são as RPPNs Mundo Livre (3,279 ha) e Oásis Baturité (13,05 ha), localizadas no município de Guaramiranga; a Aldeia da Luz ( 6,6 ha), no Crato; e Hugo Pereira (41,079 ha), em Apuiarés.

As RPPNs são Unidades de Conservação (UC) em áreas privadas criadas por ato voluntário de seus proprietários, com o objetivo de conservar a diversidade biológica, proteger os recursos naturais locais a exemplo dos corpos hídricos. A orientadora, Andrea Moreira, da Célula de Diversidade Biológica (Cedib), da Coordenadoria de Biodiversidade (Cobio/Sema), informa que as RPPNs serão administradas pelos proprietários do imóvel ou representantes legais. “Com isso, é possível o engajamento do cidadãos na proteção dos nossos ecossistemas”, destaca.

A proprietária Francisca Pereira dos Santos, conhecida como Fanka, da UC particular Aldeia da Luz, já está pensando em várias atividades para movimentar a sua RPPN e já trabalha na perspectiva de buscar apoio e recursos financeiros para realizar as ações. Pensa em fazer um catálogo digital sobre a biodiversidade da RPPN e divulgar nas redes sociais. “Vamos começar com um levantamento da flora e dos animais que habitam a área”, disse.

Conservação e uso sustentável

De acordo com a técnica da Cedib, Halline Santos, nessas áreas é compatível a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos essenciais, mantendo a biodiversidade e atributos ecológicos. “Nas RPPNs podem ser desenvolvidas atividades de pesquisa cientifica e turismo, conforme o Sistema Nacional de Unidades de Conservação e o Decreto Estadual nº 32.309/2017, que dispõe sobre essa categoria de UC o Programa de apoio a criação e gestão dessas áreas, inclusive voltada a elaboração de planos de manejo”, explica.

Segundo Andrea, o reconhecimento dessas quatro RPPNs é o resultado de uma parceria com a Associação Caatinga. “Trata-se de uma organização cearense do Terceiro Setor, que entre as suas linhas de atuação, está à criação e gestão de áreas protegidas”, informa. Para o proprietário da RPPN, os benefícios do reconhecimento constituem-se em isenção no Imposto sobre a Propriedade Territorial (ITR) da área da RPPN; prioridade na análise de projetos e pedidos de crédito agrícola para projetos a serem implantados na propriedade na qual está inserida uma RPPN e possibilidades de cooperação com entidades para proteção, gestão e manejo da RPPN.

fonte:www.ceara.gov.br/

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