1º Domingo do Advento
Evangelho de Marcos, cap. 13, 33 – 37
O que o Senhor Jesus Cristo disse há séculos aos seus amigos mais próximos, ainda hoje no-lo repete a sua Igreja, coluna e fundamento da verdade: vigiai!
E se acaso nós lhe perguntássemos: vigiar por que e para que, responder-nos-ia com as palavras que constituem o cerne do Evangelho deste primeiro domingo do Advento: “Não sabeis quando vai chegar o Senhor da casa”, o qual outro não é senão ele mesmo.
Que o dono da casa, o próprio Cristo, vai chegar, isto é certíssimo, conforme ele mesmo disse em muitas ocasiões acerca de sua futura vinda gloriosa no fim dos tempos na qualidade de supremo juiz dos vivos e dos mortos. Assim como ele veio na plenitude dos tempos para nos salvar, oferecendo-se a si mesmo na cruz pela nossa eterna salvação, virá no fim dos tempos. Antes de sua primeira manifestação em nossa carne os profetas anunciaram a sua vinda e ela ocorreu. Agora, só resta cumprir-se o que ele mesmo, o senhor da glória anunciou: a outra vinda reservada para o fim dos tempos.
“Eis que venho em breve, lê-se no Apocalipse, e o meu galardão está comigo para pagar a cada um segundo as suas obras.”
Quando, porém, há de vir, eis o que não sabemos e o que ele mesmo não nos quis revelar afim de que nunca deixássemos de vigiar. Mas se o Senhor não chegou a precisar em que exato momento ele viria, não deixou de elencar alguns sinais visíveis pelos quais ficaríamos sabendo que ele não deveria tardar muito.
Se pois, o que ele anunciou há de cumprir-se infalivelmente, importa muito que cada um esteja preparado para tal acontecimento, que porá um fim a história do gênero humano. O modo como nos devemos preparar para tal evento ele o indicou com uma solene ordem: vigiai.
Aos anciãos de Éfeso Paulo lhes dizia e a nós também: vigiai; e aos Coríntios: vigiai, estai firmes na fé; São Pedro escreveu: sêde sóbrios e vigiai. No Apocalipse lemos: Feliz aquele que vigia. Ainda neste livro lemos: se não vigiares virei como um ladrão, sem que saibas a que horas virei surpreender-te.
O risco de que o senhor da casa nos encontre a dormir existe e é grande, e para que tal não suceda – o que não seria bom para nós – mister é que sempre estejamos
vigilantes. Atualíssimas devem ser para nós as palavras de Paulo na carta aos Tessalonicenses: “Não durmamos, mas vigiemos.”
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