20/07/2023 Por: Nayane Moreira - Jornalista
O dia ainda nem havia raiado quando os primeiros devotos começaram a preencher os espaços do Largo do Socorro, em Juazeiro do Norte – CE, para a Santa Missa em sufrágio da alma do Servo de Deus Padre Cícero Romão, como fazem nos dias 20 de cada mês. O 20 de julho, no entanto, carrega uma simbologia especial, pois foi nessa data que há 89 anos o Patriarca de Juazeiro selou a romaria definitiva rumo à Pátria Celeste.
Às seis da manhã, Dom Magnus Henrique Lopes, bispo diocesano de Crato, em nome da Santíssima Trindade, deu início a Celebração Eucarística. No presbitério, sessenta e seis padres concelebraram. Dentre eles, sacerdotes da Igreja Particular de Crato e de outras dioceses romeiras, incluindo dois presbíteros vindos do continente africano.
Na praça, era grande a multidão dos devotos que, embalados pela fé, participavam do momento. Segundo as estimativas da Secretaria de Turismo e Romaria do município, cerca de 50 mil romeiros passaram pela cidade no período de 15 a 20 de julho. Para o Padre Cícero José, reitor da Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores, a presença massiva dos peregrinos confirma a importância do apostolado do Conselheiro do Sertão nas terras juazeirenses. “O que é de Deus permanece! Por isso, a semente que ele lançou no coração do povo continua a frutificar mesmo após a sua morte”, refletiu o padre.
Nesta romaria, primeira do Ciclo 2023-2024, o pastor diocesano de Crato chamou atenção para a perseverança dos romeiros e o trabalho de propagação do Reino construído a partir do legado de oração e trabalho ensinado pelo Servo de Deus. “À luz da lógica humana,poderíamos dizer que é inexplicável, pois depois de oitenta e nove anos que foi sepultado o Padre Cícero esta memória está viva e cresce cada vez mais. Cada ano que vai passando, os romeiros vão aumentando e o Padre Cícero se torna presente no coração dos romeiros e da Igreja. Por isso, nós temos que agradecer a Deus esta caminhada de 89 anos da partida do Padre Cícero, tempo este que tem sido de evangelização”, disse Dom Magnus.
Depois de terem sido abastecidos pela Palavra e Eucaristia, os devotos entoaram junto a Francisquinho das Igrejas o tradicional bendito: “Olha lá no alto do Horto, ele está vivo, o padre não está morto” e, através desse refrão, confirmaram o pensamento de que “o padrinho não morreu, apenas mudou-se para o céu” e de lá cumpre a promessa de rogar a Deus pelos afilhados que ainda peregrinam com esperança pelas estradas do mundo.
fonte: Mãedasdores
imagens: mãe das dores, nilton alves, adriano gomes, juazeiro em fotos
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