Sequelas motoras, com dificuldade para movimentar membros do corpo, para ler, falar, engolir e até compreender o que é dito são as mais comuns entre os pacientes que sofrem Acidente Vascular Cerebral (AVC). Desta forma, reduzir esses danos é o principal objetivo da medicina contemporânea.
O projeto começou de forma experimental em 2019. Durante os quase dois anos de pandemia, ele sofrera uma paralização e, agora, voltou a ser utilizado.
A enfermeira assistencialista da unidade de AVC do HRSC, Janaína Nogueira conta que a realidade virtual passou a ser utilizada a partir da proposta de uma fisioterapeuta que integrava a equipe.
"Com base em estudos que acompanhava, [ela] lançou a ideia para o coordenador da unidade de AVC, Alan Cidrão, que decidiu apostar na ferramenta", diz.
COMO FUNCIONA O TRATAMENTO
O médico neurologista e coordenador da unidade de AVC, Alan Cidrão, explica que o videogame possui uma tecnologia que mapeia os sinais do paciente. Desta forma, ele precisa fazer gestos e movimentos para pontuar nos jogos.
"Esses movimentos permitem que o paciente trabalhe as funções motoras, cognitivas, desenvolva a fala, funções básicas que acabam sendo comprometidas quando o paciente é acometido por um AVC".
A enfermeira Janaína Nogueira, ilustra que a partir destes movimentos coordenados, o paciente "vai retomando as habilidades e os movimentos de membros ou de um dos lados do corpo, quando estes são sequelados".
"Além disso, por ter o caráter de entreter, uma vez que é antes de tudo um jogo, o paciente tem chances de diminuir seus níveis de ansiedade e transformar a ação de reabilitação em também uma oportunidade de lazer, descontraindo e tirando a sisudez da maioria das investidas terapêuticas em função do rigor médico", complementa Janaína.
Fonte: Diário do Nordeste/ gazeta do cariri
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