Há 17 anos, dia 29 de novembro de 2005, numa terça como hoje, na missa das 06 na matriz de Nossa Senhora das Dores, Mons. Murilo - o vigário do Nordeste, celebrava sua última missa aqui na terra.
A liturgia desse ano coincide. Áudio de sua última homilia, temas tão atuais, a defesa do Romeiro e do Juazeiro.
- Trecho da Ata da reunião da Irmandade do SS. Sacramento da Paróquia de N. Sra. das Dores, em 20.11.2005: “...Mons. Murilo pediu que os irmãos coloquem em dia as suas responsabilidades financeiras, para o bom andamento dos compromissos da Irmandade. Mons. Murilo disse que Pe. Cícero em 1871 celebrou a primeira missa, e em 1874 iniciou a reforma da igreja matriz e com muito amor incrementou a devoção a Jesus Sacramentado através da Irmandade do SS. Sacramento e do Apostolado da Oração que se tornaram forças vivas para a Paróquia em todas as suas realizações. Disse que os movimentos paroquiais devem ser fonte de encontro com o eterno e fonte de caridade e que ninguém pode crescer na santidade sem caridade.”
“Em dado momento, Mons. Murilo, com ar de um rosto abatido, um olhar penoso, disse que já tinha pedido afastamento da Paróquia ao Sr. Bispo Diocesano (...) por causa das suas péssimas condições de saúde. Que já há alguns anos que sofria de diabetes, hipertensão e outras enfermidades, as quais sofria em silêncio, mas que agora por recomendação médica ele devia ir a Fortaleza fazer uma biópsia do fígado. Estava confiante na recuperação e se fosse necessário (realizaria) uma cirurgia, pois todos os dias rezava 3 Salve Rainha em louvor a Nossa Mãe das Dores pela sua saúde, recomendando-se às nossas orações e a dos devotos de Nsª Srª. das Dores, de quem foi devoto filial e ardoroso.”
“Disse ainda do seu espanto, susto que teve no altar quando o sujeito quis fazer-lhe mal, a partir daquele dia não teve mais saúde, confessou-nos Mons. Murilo. Disse-nos ainda, com ar de tristeza, existem barracas que negociam prostituição, assaltos, drogas, etc, profanando o Santíssimo na época da romaria. Os que deviam saber, sabem, mas não resolvem o problema. Para alguns, mais vale os votos, mesmo dos maus.” (...)
Mons. Murilo precisou deixar a reunião, saiu com lágrimas nos olhos, e todos de mãos dadas rezaram o Pai Nosso e Ave Maria a N. Sra. das Dores pela sua saúde. (Ata lavrada por Carlos Alberto de Oliveira, em 04.12.2005, e aprovada em 15.01.2006.)
colaborador Elias Romeiro
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