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O padre Wesley Barros, sacerdote da Diocese do Crato e responsável pelo processo de beatificação de Menina Benigna, lembra que em 2001 foi formada uma comissão para preparar a revisão histórica sobre Padre Cícero. Cinco anos depois, em 30 de maio de 2006, a documentação foi entregue à Santa Sé, junto a uma petição de cerca de 254 bispos brasileiros pedindo um “gesto concreto de reconhecimento ao papel de Padre Cícero” na expansão da fé cristã.
Demorou oito anos, em 27 de outubro de 2014, para a Santa Sé comunicar a conclusão dos estudos da revisão e indicar a necessidade de uma reconciliação histórica, para poder averiguar a possibilidade de uma beatificação. Assim foi feito e, em 2015, uma mensagem foi enviada à Diocese e aos romeiros, autorizando a abertura do pedido para a beatificação.
Agora, em 2022, o papa Francisco deu aval para o início do processo. A partir de então, o Padre Cícero recebe o título de "servo de Deus", ou seja, “um fiel venerável pelo povo de Deus que está em processo de beatificação”, explica padre Wesley.
“Após a alegria desses dias e certamente após a beatificação de Benigna (em outubro), então oficialmente a causa de beatificação de Cícero será solenemente aberta”, afirma padre Wesley em coletiva. Até lá, serão cumpridos alguns protocolos.
Primeiro, a Diocese do Crato será nomeada como autora do pedido de beatificação. Será aberto um inquérito para a “comprovação das virtudes heroicas” com base em documentos que provem as virtudes da fé, da esperança e da caridade.
O bispo, então, irá nomear um ou mais postuladores — a depender da complexidade da causa — que serão os responsáveis por coordenar a garimpagem de documentos que comprovem a santidade de Padre Cícero.
Levantada a documentação, será constituído um grupo dos oficiais do inquérito, aqueles que receberão os documentos e os julgarão “de modo técnico e imparcial”. Participam do grupo um delegado episcopais e um promotor de justiça (quem zela pelo cumprimento das regras impostas pela Santa Sé). Também serão nomeados notários, que tomarão nota em atas de tudo que for dito e concluído.
O papa e os cardeais irão avaliar e reconhecer, em decreto oficial, o trabalho do primeiro inquérito. Depois disso, vem a segunda etapa: a que um milagre é necessário após a abertura do processo de beatificação dele.
Um novo inquérito será aberto, desta vez exigindo o levantamento de provas documentais dos milagres de Padre Cícero. Todas essas documentações são submetidas a teólogos, que darão o parecer técnico sobre a validade delas. Passados todos os protocolos de análise já descritos, e com a presumível aprovação, a data para beatificação do servo de Deus Padre Cícero poderá ser marcada.
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