Hotelaria e comércio ainda sentem impactos da pandemia, em Juazeiro do Norte
Após quase dois anos tendo que se adaptar às restrições impostas pela pandemia, comerciantes de Juazeiro do Norte se dizem desanimados com o retorno das atividades durante a romaria. O evento religioso em alusão ao Dia de Finados, cujo tema é “Em Romaria para Juazeiro, a esperança é o nosso luzeiro”, acontece desde o último dia 29 de outubro e termina nesta terça-feira (02 de novembro). Durante o período, é comum os romeiros aquecerem o centro comercial da cidade, porém muitos ainda se sentem inseguros quanto à atual crise econômica que afeta o país.
Apesar dos indicadores sanitários sinalizarem queda no número de mortes e hospitalizações por causa da covid-19, muitos romeiros ainda não estão vindo à cidade, como acontecia antes da pandemia, o que tem preocupado os comerciantes locais. Seu Edson Feitosa, que tem um comércio próximo à Basílica de Nossa Senhora das Dores, diz que suas expectativas para este ano foram baixas. “A situação foi muito caótica durante o último ano. Quanto à romaria de agora, eu não vou dizer que as expectativas foram as melhores, mas só de ver o romeiro já é muita coisa. Em termos de vendas, está todo mundo endividado e o pessoal está vindo somente com o necessário”.
O setor hoteleiro também teve baixos registros de reservas, se comparado aos anos anteriores. Seu Antonio Erivan administra quatro pousadas na cidade e conta como tem sido. “Do início da pandemia até setembro de 2021, que foi quando houve a primeira romaria, o faturamento foi zero. Em setembro, tivemos de 10% a 30% e a previsão de ocupação agora é de 30%. Atualmente, estamos com seis funcionários, antes tínhamos 21”.
O sentimento é o mesmo de Jossylene Alves, proprietária de um hotel nas imediações da Basílica. Segundo ela, mesmo com todas as medidas de proteção contra a covid-19 adotadas, a “normalidade” ainda está longe de ser alcançada. “Eles (romeiros) não se sentem seguros de retornar
à romaria. Talvez por que os idosos fazem a maior parte do público, não conseguimos atingir nem 50% do fluxo que habitualmente tínhamos e nem temos previsão de quando voltaremos a isso. Quanto às taxas de reservas, ela também coloca que foram negativas “Nem reserva a gente teve. Hoje, na minha pousada, temos 36 apartamentos e apenas oito estão reservados”. Em 2019, estima-se que passaram cerca de 500 mil pessoas pela cidade. Este ano, a programação terá o formato virtual e presencial, obedecendo aos decretos estaduais e municipais.
Fonte: Jornal do Cariri
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