sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Espedito Seleiro marca registrada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).

 Não é difícil olhar para uma peça de couro colorida, com diferentes arabescos de coração, e imediatamente lembrar de Espedito Seleiro. Há mais de 70 anos dedicado a este ofício, o Mestre desenhou seu nome na cena artística brasileira e internacional, e agora crava-o em uma marca registrada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). Ela acompanhará todos os produtos que saírem de seu ateliê, em Nova Olinda (CE), valorizando e protegendo um bem familiar compartilhado.



É uma coisa que fica assegurada, porque se você tem algum objeto que não tem documento, você não pode dizer que é seu. Se sofre que nem eu, que perdi noite de sono, trabalhando dia santo e feriado pra descobrir um meio de viver melhorzinho, aí quando descobre vem um cabra que quer tomar, diz que é mentira, vai imitando, comprando material mais barato, vendendo peça mais barata, é uma coisa horrível do nosso Brasil”, desabafa Espedito.

O registro vinha sendo discutido em família desde 2015. À época, alguns desenhos começaram a ser registrados em cartório e um advogado vinculado ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) deu entrada no processo referente à marca. Devido a um desencontro de informações, a família só retomou a ação em 2018, já com outro representante contratado, que conseguiu o registro em 1º de setembro de 2020.

“O que foi protegido foi a marca para todos os produtos e serviços que ele desenvolve, o que garante uso exclusivo dela em artigos de couro, vestuário e na comercialização dos produtos em geral”, explica o advogado Bruno Figueiredo, atual responsável pelo caso.

Com isso, conforme explica o professor de Direitos Culturais da Universidade de Fortaleza, Humberto Cunha, há uma valorização das peças, e quem violar o uso de uma marca reconhecida como a do Mestre Espedito Seleiro estará sujeito a pagar indenização e até a responder criminalmente.

Não vou empatar que ninguém faça, não tô procurando fazer isso, só quero provar que o modelo é meu e que tem que pagar alguma coisa para nós”, ressalta.
ESPEDITO SELEIRO, Mestre da Cultura.

Fonte: Diário do Nordeste
 @espeditoseleirooficial 
Depois de mais 70 anos trabalhando com couro e “quebrando a cabeça” para criar peças bonitas para vocês, meu coração se sente feliz de ter meus direitos assegurados!!!
@espeditoseleirooficial ®




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