Nossa Senhora das Candeias
Eis a Candeia do Mundo
A cidade de Juazeiro tem registrado contínuos finais de semana com a presença tímida dos romeiros , aumentando um pouco agora no período de Romaria das Candeias. Com uma programação virtual o Santuário diocesano Nossa Senhora das Dores tem realizado uma programação especial para contemplar a romaria com missas, rituais litúrgicos, shows, encontros de romeiros , etc. Dentro deste "novo" contexto , lidando com a pandemia, e cumprindo sua Missão de cidade que acolhe aos pequeninos e que os ilumina na caminhada da fé, da luz e do amor.
Santuário de São Francisco -
Altar de São Francisco
Capela do Socorro
imagens:Pautilia Ferraz
Palavras de Pe. Cícero José
Reitor da Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores
" Terça-feira, celebrando a Apresentação do Senhor - Meditemos o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo Segundo São Lucas 2, 22-40
A festa da Apresentação de Jesus no Templo, quarenta dias depois do seu nascimento, nos mostra um momento particular da vida da Sagrada Família: segundo a lei mosaica, o menino Jesus é levado por Maria e José ao templo de Jerusalém para ser oferecido ao Senhor. Simeão e Ana, inspirados por Deus, reconhecem naquele Menino o Messias tão esperado e profetizam sobre Ele. Estamos celebrando um mistério, ao mesmo tempo simples e solene, no qual a Santa Igreja celebra Cristo, o Consagrado do Pai, o primeiro da nova humanidade.
A liturgia da procissão das velas, tão conhecida da nossa celebração nas Romarias das Candeias, mas que esse ano não acontecerá por conta de algo bem mais importante aos olhos de Deus, “o cuidado, a proteção da vida de todos nós que somos seu povo,” significa a majestosa entrada daquele que é “o Rei da glória” (Sl 23, 7-8) cantada no Salmo. Mas quem é o Deus poderoso que entra no Templo? “É um Menino;” é Jesus, entre os braços da Mãe das Candeias, a Virgem Maria, acompanhado e protegido por José, pai e homem justo. A Sagrada Família cumpre tudo o que a Lei pedia: “a purificação da mãe, a oferenda do primogênito a Deus e o seu resgate por meio de um sacrifício.” Na primeira Leitura a liturgia fala do oráculo do profeta Malaquias: “Imediatamente chegará ao seu templo o Senhor” (Mal 3, 1). Estas palavras lembram todo o ardor do desejo que animou a esperança do povo hebreu pela chegada do Salvador ao longo dos séculos. Ele, “o cordeiro da aliança” entra finalmente no seu templo e obedece à Lei: “vai a Jerusalém para entrar, em atitude de obediência, na casa de Deus.”
O significado deste gesto é melhor compreendido no trecho da Carta aos Hebreus, segunda Leitura. Nele nos é apresentado Cristo, o mediador, aquele que une Deus e o homem eliminando as distâncias, acabando com qualquer divisão. Cristo vem como o novo “sumo sacerdote misericordioso e fiel no serviço de Deus, para pagar os pecados do povo” (Hb 2, 17). Assim a intercessão a Deus não se realiza na santidade-separação do sacerdócio antigo, mas na solidariedade libertadora com os homens. Ele inicia, ainda Criança, a andar pelo caminho da obediência, que percorrerá até ao fim.
A primeira pessoa que se une a Cristo no caminho da obediência, da fé provada e do sofrimento partilhado é a sua Mãe, Maria, nossa Mãe das Candeias. O texto do Evangelho mostra-nos Maria no gesto de oferecer o Filho: uma oferenda incondicional que a envolve em primeira pessoa: Maria é a Mãe daquele que é “glória do seu povo, Israel” e “luz que alumia as nações” (Lc 2, 32.34). E ela mesma, na sua alma imaculada, deverá ser traspassada pela espada do sofrimento, mostrando assim que o seu papel na história da salvação não termina no mistério da Encarnação, mas se completa na amorosa e dolorosa participação na morte e na ressurreição do seu Filho. Levando o Filho a Jerusalém, a Virgem Mãe oferece-o a Deus Pai como verdadeiro Cordeiro que tira os pecados do mundo: apresenta-o a Simeão e a Ana como anúncio de redenção; apresenta-o a todos como luz para um caminho seguro pela via da verdade e do amor.
As palavras que neste encontro vêm aos lábios do idoso Simeão – “Os meus olhos viram a tua salvação” (Lc 2, 30) - ecoam no coração da profetiza Ana. Simeão e Ana, pessoas justas e piedosas, envolvidas pela luz de Cristo, podem contemplar no Menino Jesus “a consolação de Israel” (Lc 2, 25). A sua esperança transforma-se em luz que ilumina a história. Simeão carrega uma antiga esperança e o Espírito do Senhor fala ao seu coração: por isso pode contemplar aquele que muitos profetas e reis tinham desejado ver, Cristo, luz que ilumina as nações. Simeão reconhece no Menino o Salvador, percebe que nele está o [13:23, 02/02/2021] Pautilia Ferraz: está o destino da humanidade, e que deverá sofrer muito por parte dos que o rejeitarão; Simeão proclama a identidade e a missão de Messias do menino. O entusiasmo é tão grande que viver e morrer são a mesma coisa, “agora, Senhor, podes deixar teu servo partir em paz,” e a “luz” e a “glória” tornam-se uma revelação universal. Ana é profetiza, mulher sábia e piedosa que interpreta o sentido profundo dos acontecimentos históricos e da mensagem de Deus neles escondido. Por isso pode “louvar a Deus” e falar “do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém” (Lc 2, 38). A prolongada viuvez dedicada ao culto no templo, a fidelidade aos jejuns semanais, a participação na esperança de quantos esperavam pelo resgate de Israel concluem-se no encontro com o Menino Jesus.
Queridos irmãos e irmãs, nesta festa da Apresentação do Senhor a Igreja celebra o dia da Vida Consagrada. Trata-se de uma ocasião para louvar o Senhor e agradecer-lhe pelo dom precioso que a vida consagrada representa nas suas diferentes formas; é ao mesmo tempo um estímulo a promover em todo o povo de Deus o reconhecimento e o amor por quem se consagrou totalmente a Deus da Igreja e do povo de Deus. Aqui em Juazeiro temos um grande e bom exemplo de consagração total a Deus, a Igreja e ao povo, e que agradecemos a Deus por tão frutuosa vida, é a vida do Padre Cícero Romão Batista. Mas não podia ser diferente, pois no início de seus trabalhos pastorais o Próprio Jesus lhe indicou qual seria a sua melhor consagração, era a missão, o serviço ao povo: “e você, Cícero, tome conta deles!” Na sua consagração, o Padrinho seguiu os passos de Jesus, Luz do mundo, ele se fez irradiador dessa luz que alumia o povo nos caminhos rumo a Deus.
Padre Cícero teve as virtudes da verdadeira consagração a Deus: obedeceu, iluminou, libertou, uniu-se, doou-se, partilhou, perdoou, acolheu, guiou... ele viveu como Deus quis.
CONSAGREMO-NOS A DEUS E SEJAMOS LUZ PARA TODOS, ASSIM TEREMOS AS GRAÇAS NECESSÁRIAS PARA BEM VIVER.
Recebam minha bênção sacerdotal na certeza de que Deus está no comando de tudo, sempre!
Pai, Filho e Espírito Santo!
Amém!
E com toda sua programação virtual,
hoje encerra-se a Romaria das Candeias com uma missa as 16 horas
no Santuário Nossa Senhora das Dores
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