Um caririense buscando sua família
Meu nome é Antonio Carlos, tenho aproximadamente 35 anos, e a cerca de 27 anos não tenho contato com minha mãe e meus familiares, que possivelmente residem na região do grande Cariri (Juazeiro do Norte, Barbalha e Crato).
Minha vida mudou completamente em meados de 1994-1997, quando fugi de casa ao presenciar uma briga entre minha mãe e meu padrasto, ocasião em que sai correndo e entrei no primeiro ônibus que vi. O que não sabia era que este ônibus o traria para Fortaleza-CE, longe de toda a minha família e de quem eu amava. Nesta época eu tinha por volta de 7 anos de idade.
Quando desci do ônibus, em Fortaleza, minha vida estava de cabeça para baixo. Eu, que tinha uma mãe trabalhadora, irmãos, tios, primos, de repente, estava sozinho! Da noite para o dia fui transformado numa criança que dormia nas calçadas, nos bancos das praças, abaixo das marquises das lojas ou em cima das lajes das paradas de
ônibus na Praça da Estação. Não sei ao certo quanto tempo permaneci morando nas ruas, talvez um ou até dois anos.
Certo dia, fui encaminhado para o sítio O Pequeno Nazareno, em Maranguape, uma unidade de acolhimento para crianças e adolescentes. Quando tinha mais ou menos 13-14 anos, fui adotado por Bernd Josef Rosemeyer (aportuguesado “Bernardo Rosemeyer”).
Hoje, sou pai, sou um homem de bem e trabalhador, mas faltam-me as minhas origens. Falta reencontrar a minha família biológica para completar a minha história de vida.
Tenho poucas lembranças de minha família e do local onde morava, mas gostaria de compartilhar o que lembro:
- Sobre a minha mãe: o nome dela é Jeane da Silva ou Geane da Silva. Importante: Jeane ou Geane pode ser também o segundo nome e não o primeiro! A sra Geane era era baixinha, morena, de cabelos castanhos, longos e cacheados e trabalhava como camareira em um pequeno motel.
- Sobre meus Irmãos: Tinha um irmão chamado Diego da Silva. Importante: Diego pode ser também o segundo nome de meu irmão e não o primeiro. Ele era loiro. Também possuía duas irmãs pequenas, uma era bebê e a outra tinha talvez uns três anos de idade. Também eram loiras.
- Sobre meu Tio: tinha um tio cujo Apelido era Nino, ele morava em uma casa de taipa, Havia muitas mangueiras ao redor da casa dele. Nino era artesão, transformava pedaços da palha de coqueiro em cavalos brinquedo e vendia na rua.
- Sobre o local onde eu morava: Lembro de uma plataforma, onde possivelmente funcionava um “final da linha de ônibus”. Em cima dessa plataforma havia duas colunas de ferro que sustentavam um teto, talvez de alumínio. No meio da plataforma havia uma cabine de compra e venda de passagens de ônibus. Eu ainda lembro do banheiro que havia atrás da cabine. O banheiro era público e ficava coladinho à cabine. Os ônibus paravam nos dois lados da plataforma para o embarque e desembarque dos passageiros.
Bem perto daí, no outro lado da rua, havia um lugar, tipo estacionamento, apenas para os ônibus. Os motoristas aguardavam a vez deles para se dirigir até à plataforma e apanhar os primeiros passageiros. Lembro-me também de pequenos pontos bem simples de venda de comes e bebes perto dessa plataforma. E o mais importante: Eu podia andar a pé dessa plataforma até a minha casa. Fiz esse trajeto muitas vezes. Fiz um desenho de mais ou menos como funcionava essa plataforma:
Saindo da plataforma eu descia a rua até dobrar à esquerda e lembro-me de ter que subir um pequeno alto. Passava na frente de uma creche ou uma escola que eu frequentava. Não me lembro se era uma creche ou se já era uma escola que eu frequentava. Eu tinha que dobrar à esquerda de novo para ir à minha casa. Ainda passava, no lado esquerdo, na frente de um bar que ficava numa pequena elevação e onde o meu padrasto bebia e jogava sinuca.
Eu tinha que andar muito pouco para dobrar à direita num beco muito estreito, pois havia pequenas casas de ambos os lados. Esse beco era tão estreito que não passava carro de jeito nenhum. Mal dava para motocicleta passar. A minha casa era talvez a quarta casa desse beco estreito. Perto da entrada do beco, no outro lado, havia um matagal, onde eu brincava.
Muitas vezes ia a pé desse matagal para a plataforma de ônibus, que descrevi acima, pois era bem perto! Também não muito distante da minha casa havia um riacho, pois me lembro das pescarias. E o mais importante: Do riacho, onde eu pescava, via-se uma elevação, tipo morro. Em cima desse morro havia uma avenida asfaltada e bastante movimentada, podendo ser ou não inclusive uma rodovia federal.
Estas são as lembranças do meu passado, da minha família, da minha origem.
Com base nestas informações, peço encarecidamente, a quem tenha alguma informações sobre Jeane (ou Geane) da Silva, Diego da Silva, Nino artesão, ou conheça esses locais que descrevi, que possa me ajudar através do contato (85) 99714.0479. Este contato pertence a Brena Arrais, Advogada.
Peço que compartilhem essas informações em grupos de whatsapp, com seus familiares ou em qualquer outro meio que possa me ajudar nessa busca.
Obrigada!
Antonio Carlos Rosemeyer
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