Focalizaremos nesta coluna, hoje iniciada – sob o título de Caririensidade – uma palavra derivada de Cariri, e aqui focalizaremos coisas pertencentes, ou relativas, à região do Cariri cearense.
Cariri, um patrimônio cultural do povo brasileiro
O arquiteto Romeu Duarte Júnior escreveu, há algum tempo: “O território do complexo sedimentar do Araripe, envolvendo o vale do Cariri, é uma das mais extraordinárias regiões do nosso planeta. Situado no sul do Estado do Ceará, nordeste do Brasil, é caracterizado por exuberantes recursos naturais e um diverso e rico patrimônio cultural.
No Cariri, as tradições ibéricas e negras mesclaram-se às indígenas, resultando um painel mestiço, evocativo da cultura brasileira. Cantadores, cordelistas, poetas, intelectuais, artesãos, brincantes, músicos, dançarinos, penitentes e romeiros, todos contribuem com seus ofícios e expressões para o reconhecimento da região como destacada paisagem cultural do país. O acervo paleontológico do Cretáceo, um dos mais importantes do mundo, e a Floresta Nacional do Araripe, a primeira unidade de conservação da natureza do Brasil, ensinam-nos que a biodiversidade do Araripe é surpreendente e expressiva desde 120 milhões de anos”.
130 anos do Apostolado da Oração de Juazeiro do Norte
Uma data que merece ser lembrada. Este ano o Apostolado da Oração de Juazeiro do Norte completará 130 anos de fundação. O Apostolado da Oração é uma organização composta por leigos católicos cuja finalidade é a santificação pessoal e a evangelização. Teve origem na cidade de Vals, na França, em 03 de dezembro de 1844, por inspiração da espiritualidade dos Jesuítas, padres pertencentes à Companhia de Jesus, esta fundada por Santo Inácio de Loyola.
Em 19 de outubro de 1888, quarenta e quatro anos depois da sua criação na Europa, quando nosso país ainda era o respeitado e digno Império do Brasil, o Apostolado da Oração surgiu em Juazeiro do Norte, fundado pelo Padre Cícero Romão Batista. Na solenidade da sua instalação em terras caririenses, foi rezada uma missa na então capela de Nossa Senhora das Dores, da aldeia do Joaseiro (grafia da época), pelo vigário de Missão Velha, Pe. Félix Arnaud, coadjuvado, no ato, pelos Padres Cícero e Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva. Este último seria nomeado em 1915 como primeiro Bispo da Diocese de Crato. Padre Cícero foi, naquela ocasião, designado como diretor do Apostolado da Oração de Juazeiro.
130 anos se passaram. A capela de Nossa Senhora das Dores virou Basílica Menor, graças à iniciativa do 5º Bispo Diocesano de Crato, Dom Fernando Panico.Hoje Juazeiro do Norte e as demais cidades do Cariri cearense estão integradas ao processo da globalização, ou seja, inseridas em tempo real a toda a comunicação com os demais países do mundo, os quais ficaram entrelaçados irreversivelmente, a partir do final do século XX e nestes dezoito anos do século XXI.
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