O corpo do comerciante do ramo calçadista, Raimundo Carneiro Mota, foi sepultado no final da manhã desta terça-feira no Cemitério Parque Anjo da Guarda em Juazeiro do Norte. Ele morreu aos 86 anos por volta das 05h30min de ontem no Hospital São Vicente de Paulo de Barbalha, onde estava internado desde o dia 3 de maio se tratando de uma pneumonia. Seu Raimundo nasceu em Juazeiro no dia 28 de março de 1931 ou três anos antes da morte de Padre Cícero de quem era fervoroso devoto.
Iniciou suas atividades como fabricante de calçados numa indústria de fundo de quintal chegando a contar com cerca de 30 funcionários. Depois migrou para a área comercial e, durante mais de quatro décadas, manteve a Sapataria Mota na esquina das ruas São Paulo e Seminário no centro da cidade. Seu Raimundo residia numa casa ao lado com sua esposa Terezinha Alves Carneiro a qual faleceu no último dia 20 de fevereiro, aos 85 anos, em conseqüência de uma infecção na Clínica São José.
Ultimamente, o casal já morava numa chácara na Avenida Humberto Bezerra, 530 em frente ao Parque São Geraldo. O mesmo já tinha abandonado a atividade comercial atendendo apelos de familiares e em virtude de problemas cardíacos. O casal teve sete filhos: Cleonice Alves (funcionária pública aposentada do estado); Maria de Lourdes, Julita, Soraia, o teólogo Raimundo Filho, a professora Joana Darc e a pedagoga Fabiana Carneiro.
Seu Raimundo costumava se vestir de branco por conta de promessa com Nossa Senhora e era bastante conhecido e querido em Juazeiro. Num dos seus livros, a escritora Amália Xavier conta que Manoel Carneiro Mota, o “Seu Lolô” que era pai dele foi incumbido por Padre Cícero de levar uma carta até Fortaleza com os planos e a proposta de emancipar Juazeiro. O emissário seguia num jumento e, ao se hospedar numa pousada, alguém que tinha conhecimento trocou a carta por papeis em branco.
(Jornalista Demontier Tenório. site: Miseria
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