Juazeiro do Norte começa o ano de 2017 com um novo prefeito. Com ele reaparecem as
esperanças de um novo modelo administrativo, diferente do até então posto em
prática neste município, qual seja, o das administrações populistas, centralizadoras e
realizadas a base da improvisação, sem efetivo plano de governo.
No geral, os nomes dos novos secretários são de pessoas
conhecidas no ramo e tudo indica que o prefeito Arnon Bezerra cumpriu o que
prometeu na campanha, ou seja, escolheria para seu secretariado pessoas de capacidade
técnica comprovada.
Uma coisa, porém, precisa ser destacada neste particular.
Não basta que o secretário seja um técnico no assunto da sua pasta. Para
desempenhar sua função com a competência esperada, é preciso antes de tudo, que
também lhe seja dado a devida a autonomia administrativa para gerir os negócios
sem precisar de recorrer ao Prefeito para autorizar tudo; prática, aliás, muito
comum não somente aqui, mas por extensão em todo o território brasileiro, onde os
governantes simplesmente centralizam tudo, deixando seus auxiliares apenas com a
tarefa de ouvir e anotar as solicitações. Se for para fazer somente isso, não precisam ganhar tanto.
Em secretarias de
muita demanda de serviço, como são os casos das secretarias de Saúde, Educação, Turismo e Romaria,
por exemplo, essa autonomia a que estamos nos referindo se torna então
absolutamente necessária, pois do contrário, a concretização de serviços
essenciais, de decisão na hora, se não tiverem sua efetivação decidida prontamente
pelo titular da pasta, sua competência administrativa vai para o chão, e daí
por diante, não poderá mais retomá-la.
Portanto, cabe ao novo prefeito, para que os trabalhos andem
a contento, que ele não seja um centralizador. Deve ele confiar nos seus
secretários, lhes dar a devida autonomia para trabalhar, sem se descuidar,
porém, de exercer rigorosa fiscalização para coibir os abusos que porventura apareçam. Este é
o modelo vitorioso adotado na iniciativa privada e é assim que se deve fazer
também no serviço público, pois na iniciativa privada é justamente isso que a faz ser tão produtiva. Quem
centraliza tudo não tem tempo para gerir os negócios com a dinâmica que o mundo moderno exige. Distribuindo
demandas e decisões com seus secretários e confiando na competência deles, o prefeito terá mais tempo para se
dedicar a tarefas mais importantes, ficar mais tempo no gabinete, recebendo autoridades,
e com mais folga para visitar e fiscalizar as obas em andamento.
Juazeiro precisa de um novo modelo de administração. Este é o modelo que sugerimos ao novo prefeito.
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