Juazeiro do Norte-CE: Há 65 anos era morto a facadas em ato público o Monsenhor Juviniano Barreto
Demontier Tenório
Monsenhor Juviniano foi morto no lançamento da pedra fundamental para construir a Igreja dos Franciscanos (Foto: Arquivo/Agência Miséria)
O Site Miséria lembra nesta terça-feira os 65 anos do assassinato a golpes de faca do Monsenhor Juviniano Barreto, então vigário da Paróquia de Nossa Senhora das Dores em Juazeiro do Norte. Ele participava do lançamento da pedra fundamental para construir o Convento e Santuário de São Francisco o que acabou em tragédia. Era o início do ano de 1950 quando os frades capuchinhos se arregimentavam visando a construção do templo que é um dos maiores Santuários de São Francisco do Brasil.
O dia era de muita festa em Juazeiro, mas tornou-se triste já que, em meio a multidão de fiéis, um doente mental armou-se com uma faca e assassinou o Monsenhor Juviniano Barreto. Mesmo sendo casado, o “Negro que matou o padre”, como ficou conhecido, queria que o sacerdote o casasse novamente com uma mulher já casada. Seis anos mais tarde, o religioso foi homenageado com o seu nome colocado na praça construída em frente ao Santuário, cujo local o viu padecer em meio ao derramamento de sangue.
Em artigo que escreveu, o historiador Armando Lopes Rafael destacou que o ano de 1950 começou promissor para Juazeiro do Norte com a comunidade católica se preparando para comemorar – no mês de março – os 15 anos do paroquiato de Monsenhor Juviniano Barreto. Este, por sua vez, após ajudar na instalação da Congregação Salesiana em Juazeiro do Norte, aguardava o dia 6 de janeiro, data marcada para o lançamento da pedra fundamental do Convento e Seminário dos Capuchinhos, recém chegados ao município.
Como ocorre em toda cidade em fase de crescimento, Juazeiro abrigava alguns portadores de esquizofrenias e um deles era Manoel Pedro da Silva, natural de Açu (RN). Ele vinha insistindo junto a Monsenhor Juviniano para que o vigário o casasse com uma senhora já casada. Em vão, o sacerdote explicava que a Igreja Católica proibia a realização desse matrimônio. Consta que, por algumas vezes e ante a recusa do sacerdote em fazer o ilegal casamento, Manoel procurou assassiná-lo.
O dia era de muita festa em Juazeiro, mas tornou-se triste já que, em meio a multidão de fiéis, um doente mental armou-se com uma faca e assassinou o Monsenhor Juviniano Barreto. Mesmo sendo casado, o “Negro que matou o padre”, como ficou conhecido, queria que o sacerdote o casasse novamente com uma mulher já casada. Seis anos mais tarde, o religioso foi homenageado com o seu nome colocado na praça construída em frente ao Santuário, cujo local o viu padecer em meio ao derramamento de sangue.
Em artigo que escreveu, o historiador Armando Lopes Rafael destacou que o ano de 1950 começou promissor para Juazeiro do Norte com a comunidade católica se preparando para comemorar – no mês de março – os 15 anos do paroquiato de Monsenhor Juviniano Barreto. Este, por sua vez, após ajudar na instalação da Congregação Salesiana em Juazeiro do Norte, aguardava o dia 6 de janeiro, data marcada para o lançamento da pedra fundamental do Convento e Seminário dos Capuchinhos, recém chegados ao município.
Como ocorre em toda cidade em fase de crescimento, Juazeiro abrigava alguns portadores de esquizofrenias e um deles era Manoel Pedro da Silva, natural de Açu (RN). Ele vinha insistindo junto a Monsenhor Juviniano para que o vigário o casasse com uma senhora já casada. Em vão, o sacerdote explicava que a Igreja Católica proibia a realização desse matrimônio. Consta que, por algumas vezes e ante a recusa do sacerdote em fazer o ilegal casamento, Manoel procurou assassiná-lo.
Igreja dos Franciscanos em fase final de conclusão quase seis anos depois
(Foto: Arquivo/Agência Miséria)
(Foto: Arquivo/Agência Miséria)
Uma delas foi planejada para a Missa de Natal e não concretizada, pois, na hora, lhe faltou coragem. Todavia, na noite de 6 de janeiro de 1950, após a solenidade de lançamento da pedra fundamental do convento dos capuchinhos, Manoel Pedro veio na direção do Monsenhor e lhe desferiu profunda facada no coração, matando-o na hora. Juviniano Barreto era de Tauá, na região dos Inhamuns, onde nasceu no dia 5 de maio de 1889 em meio a uma família católica e era afilhado de crisma do segundo bispo do Ceará, Dom Joaquim José Vieira.
Ele estudou no Seminário da Prainha em Fortaleza e ali foi ordenado no dia 22 de dezembro de 1911, aos 22 anos de idade. Enquanto aguardava a idade canônica para receber a ordem do presbiterato lecionou naquele Seminário, entre 1908 e 1909 e no Colégio São José de Crato, entre 1910 e 1911. Por ocasião da criação da Diocese de Crato, o então Padre Joviniano Barreto era vigário-cooperador de Lavras da Mangabeira. Posteriormente, foi Cura da Catedral de Crato, Secretário do Bispado, professor e reitor do Seminário Diocesano São José e diretor do hoje Colégio Diocesano.
Com a morte do então vigário de Juazeiro, Monsenhor Esmeraldo, em outubro de 1934, a paróquia ficou vaga e o Bispo de Crato encontrava dificuldades junto aos seus padres para que um deles assumisse. Um grupo de senhoras de Juazeiro foi ao Seminário São José pedir a Monsenhor Juviniano que aceitasse a missão de pastor dos juazeirenses. Ele se negou, mas, depois, voltou atrás quando procurou o bispo Dom Francisco para dizer que aceitava a nomeação.
Desta forma, assumiu a Paróquia de Nossa Senhora das Dores no dia 26 de março de 1935 ali permanecendo durante 15 anos. Ele reorganizou a vida paroquial, dinamizou as associações religiosas e reformou a Igreja Matriz deixando-a com o aspecto como está ainda hoje. Ajudou na evolução social da Terra do Padre Cícero, participando de todas as iniciativas que representavam progresso para Juazeiro e foi ainda professor da Escola Normal Rural tendo entrado para a nossa história como “O Mártir do Dever”.
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