“Ciço na guerra dos rebeldes” – O Padre Cícero de Flávio Paiva
É claro que os romeirinhos do Padre Cícero são íntimos do santo e sabem que a batina preta fechada até o pescoço, o cajado de patriarca bíblico e o semblante cerrado das imagens não correspondem completamente àquele homem que aproximou Deus da dura labuta dos viventes nordestinos.
Cícero
Também, para quem não conhece a história do moço rebelde, que não se enquadrava aos rigores de uma igreja mais preocupada com seus ritos do que com as almas sofredores, achará que Cícero Romão Batista era apenas um fanático a conduzir outros fanáticos.
Santo popular
É a humanização desse santo popular, que desnecessita da canonização do Vaticano para entronizar-se nos altares e nos corações de seus fiéis, que se vê em Ciço na guerra dos rebeldes (editora Cortez), de Flávio Paiva.
Ecologia
Defensor das matas e dos bichos, conselheiro e consolador, um amigo a quem se pode sempre apelar (pois continua intercedendo no céu), aquele que nunca abandonou a fé em Deus e nem nos homens: esse é o Padre Cícero que Paiva apresenta a jovens e adultos, em um texto que, garanto, depois de começado não há como deixar de prosseguir.
Fonte: Blog do Plínio Bortolotti -
O AUTOR. Flávio Paiva é colunista semanal do jornal O POVO, desde 21/08/2013.
É autor de livros nas áreas de cultura, cidadania, gestão compartilhada, mobilização social, memória e infância, dentre os quais: Como braços de equilibristas (Edições UFC, 2001), Mobilização social no Ceará (Edições Demócrito Rocha, 2002), Anel de barbante – ensaios de cultura e cidadania (Omni Editora, 2005), Os cinco elementos da gestão compartilhada (Qualitymark Editora, 2001), Eu era assim – Infância Cultura e Consumismo (Cortez Editora, 2009) e Toinzinho e Socorro - uma intensa e fervorosa flor (Independente, 2011).
Para crianças escreveu e compôs, Flor de maravilha – vinte histórias e vinte músicas (2004), Benedito Bacurau – o pássaro que não nasceu de um ovo (2005), A festa do Saci (2007), Titico achou um anzol, aventura com aves e animais da caatinga (2007), Fortaleza – de dunas andantes a cidade banhada de sol (2005) e A casa do meu melhor amigo (2010), todos editados pela Cortez Editora. Em 2009, publicou Jangadeiro Pequenino (poesia), pelas Edições Demócrito Rocha, e em 2011 integra o livro Saci – 7 autores 7 histórias, da editora Mundo Mirim, organizado pelo jornalista Mouzar Benedito.
O autor tem participado também de ensaios em coletâneas, a exemplo da Rumos Brasil da Música: pensamentos e reflexões (Itaú Cultural, 2006), ONGs no Brasil – perfil de um mundo em mudança (Fundação Konrad Adenauer/Abong, 2003), Ceará de corpo e alma – um olhar contemporâneo sobre a Terra da Luz (Relume Dumará, 2002), Na trilha do disco – relatos sobre a indústria fonográfica no Brasil (E-papers, 2010) e Guia Cultural Brasileiro (Editora SESC SP, 2010).
Como coordenador editorial e organizador publicou Terra Feita de Gente – Uma História de Emancipação Social no Ceará (Raiz e Antena, 2003) e Parece que foi amanhã – as ideias que levaram ao futuro o empresário, patriarca e cidadão José Macêdo (Omni, 2009).
Nas três últimas décadas Flávio Paiva tem participado intensamente de ações culturais e de cidadania, a exemplo da sua atuação como: Conselheiro do Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador – Cetra; Membro efetivo do Grupo de Cultura e Identidade, do Planejamento Estratégico da Região Metropolitana de Fortaleza – Planefor; Coordenador do Fórum pelo Fortalecimento da Música Plural Brasileira; Integrante do grupo de formulação e articulação do Pacto de Cooperação do Ceará; Membro-fundador e consultor de Comunicação e Cultura do Instituto Equatorial de Cultura Contemporânea; Conselheiro eleito do Movimento Pró-Mudanças e conselheiro do Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana.
Por seu trabalho como jornalista, escritor e ativista cultural, Flávio Paiva tem recebido várias premiações e manifestações de reconhecimento público, tais como: o Título de Cidadão de Fortaleza – Câmara Municipal de Fortaleza; a Medalha Capistrano de Abreu, instituída por ocasião do sesquicentenário de nascimento do célebre historiador brasileiro, nascido no Ceará – Prefeitura Municipal de Maranguape; a menção honrosa do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos – Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e Anistia Internacional; a Comenda do Dia da Cultura e da Ciência – Fundação de Cultura, Esporte e Turismo, Funcet/Prefeitura Municipal de Fortaleza; e a condecoração do Conservatório Alberto Nepomuceno por seu trabalho musical dirigido à criança. Em 2010, foi escolhido como um dos 30 cearenses mais influentes pela Revista Fale!, de Fortaleza.
Graduado em Comunicação Social (UFC) é especialista em Gestão da Comunicação nas Organizações (UFC). Trabalha desde 1988 como Secretário-Executivo de Comunicação no grupo J.Macêdo. Foi assessor de comunicação da Administração Estadual da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade - CNEC (1982/1985), repórter, redator e editor-adjunto no Segundo Caderno do jornal O Povo (1985/1987), editor e redator da coluna Apóstrofo e da tira de HQ Naftalinas (em parceria com Válber Benevides), no jornal O Povo (1986/1988), articulista do caderno Vida & Arte, do jornal O Povo (1999/2003). Em 19/03/2005 estreou como colunista do Diário do Nordeste, onde escreveu até 11/07/2013. Flávio Paiva é Técnico em Turismo, pela Escola Técnica Federal do Ceará (1976/1979), fez o Ensino Fundamental no Ginásio Sant'Anna (1970/1975) e nas Escolas Reunidas de Independência (1966/1969).
Um comentário:
Caro Daniel Walker, muito obrigado pela divulgação do lançamento do CIÇO em Juazeiro, e obrigado, principalmente, pela generosidade da sua presença e da sua fala na livraria Novel. Um abraço. Até já. Flávio Paiva
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