Graças à intervenção do Ministério Público, através da promotora Alessandra Magda, terminou em paz a pendenga envolvendo o prefeito Raimundo Macedo e os professores da rede pública de ensino municipal, a qual teve repercussão internacional. A pendenga teve como causa a aprovação pela Câmara de Vereadores de um Projeto de Lei (PL) enviado pelo Executivo que alterou o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos professores. A partir daí a revolta dos professores saiu das salas de aulas e foi expressa através de ruidosos movimentos de rua, com passeatas, xingamentos, intervenção da polícia para acalmar os ânimos e até garantir a mobilidade do prefeito que ficou retido por algumas horas dentro de uma agência do Bando do Brasil, entrevistas dos litigantes em rádio e televisão, oportunismo de militantes políticos infiltrados nos movimentos e o mais grave, tudo isso expondo a cidade no cenário internacional. Ou seja, um desavença que poderia ter sido sanada domesticamente, caso fossem usados o bom senso e a habilidade, virou uma grande polêmica noticiada no Brasil e no Exterior. Quiseram até expulsar o prefeito!
O acordo
Da reunião realizada ontem com representantes do Ministério Público, da Prefeitura e do Sindicato da classe, ficou acordado os seguintes pontos em prol dos professores: a data de reajuste anual dos vencimentos será janeiro; definição do módulo de hora/aula de 60 para 50 minutos; volta dos 40% da regência de classe; professores readaptados por problemas de saúde (comprovada por laudo médico) e lotados em funções pedagógicas não perderão o adicional de regência de classe, gratificação de planejamento de 10% sobre o salário base, adicional por tempo de serviço de 1% ao ano, entre outros. Houve ainda uma pequena discussão com respeito à aprovação do anuênio, se seria de 5% ou 3%, prevalecendo ao final a proposta alternativa da promotora Alessandra Magda que sugeriu o percentual de 4% até 2016. E assim a bandeira da paz foi hasteada.
A final da reunião a promotora disse que o acordo foi assinado porque prevaleceu o bom censo e a sensatez de ambas as partes. A Câmara deve votar o novo projeto enviado pelo executivo, em sessão extraordinária, ainda no mês de julho. Os professores vão gozar as férias de julho e retornarão às aulas no mês de agosto.
A paz voltou, mas o que saiu na imprensa vai ficar registrado para sempre. Que isto sirva de lição aos futuros chefes do Executivo juazeirense. Mexer em conquistas da classe de professores ou de qualquer outra classe, é muito perigoso. E a a Câmara de Vereadores precisa entender uma coisa: ela é um poder independente.
2 comentários:
E que Juazeiro continue a perseguir o seu destino de modernidade com paz,justiça e liberdade resgatando a dignidade de um povo que tẽm a fé no Pe. Cícero como alicerçe para construção de um munícipio tão promissor!
Valeu Daniel!!!!
Amigos, tem que se ouvir a voz da Rua, não se governa de gabinete em gabinete. Será que todos os vereadores imaginam que a Educação é amola mestra de um grande povo/ Quando será sedimentado que o professor tem que ser uma das peças mais importantes de um povo, O Professor em todos os países do mundo, tem a mesma conotação e o mesmo respeito dos pais. Todo professor é um pai, é assim que o aluno tem que encarar. Um abraço
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