Faleceu hoje, em Juazeiro do Norte, o Revmo. Pe. Antônio Onofre de Alencar, aos 88 anos, o qual foi durante muito tempo Vigário da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, no Bairro São Miguel. Segundo o jornalista Demontier Tenório, Ele foi vítima de complicações cardíacas e problemas pulmonares e morreu em um dos leitos da Clínica Santa Maria no centro da cidade. O religioso era filho natural de Assaré e, nos últimos nove anos, residia no Mosteiro da Mãe de Deus na Casa do Idoso. Segundo o Irmão Bernardo de Melo, monge Beneditino e seu principal companheiro dos últimos tempos, o velório será na Casa do Idoso (Rua Pedro Cruz Sampaio, 1345, Bairro Juvêncio Santana)a partir das 14 horas desta sexta-feira, de onde sairá em cortejo até a Igreja do São Miguel para a missa de corpo presente e o sepultamento neste sábado. Foram 61 anos de evangelização e o mesmo foi elevado à dignidade de Monsenhor pelo Papa Bento XVI no dia 23 de dezembro de 2009. O anúncio lhe fora feito pelo Bispo Diocesano, Dom Fernando Panico, que o agraciou com o título a partir da designação da Nunciatura Apostólica. Na época, contava com 82 anos de idade e já residia na Casa do Idoso. Padre Onofre foi o primeiro vigário da Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes (São Miguel) instituída no dia 1º de Maio de 1958, pelo então Bispo Diocesano, Dom Francisco de Assis Pires, se constituindo na segunda paróquia de Juazeiro. O seu vozeirão era inconfundível e se tornou um dos grandes responsáveis pela tradição da Coroação de Nossa Senhora a cada dia 13 de Maio num altar especialmente construído para tal ao lado da Igreja.
A professora Tereza Neuma, na sua Coluna Recordações do Portal de Juazeiro, lembra que a primeira coroação ali realizada foi em frente ao Cruzeiro no final da década de 50. Em 1961 com a ajuda dos moradores, Padre Onofre construiu um altar de madeira num tempo recorde de 15 ou 20 dias. Como tinha de fazê-lo todo ano, ele optou por um de alvenaria em virtude do crescimento no número de fiéis assistindo as coroações que, geralmente, obedeciam ao tema da Campanha da Fraternidade
A professora Tereza Neuma, na sua Coluna Recordações do Portal de Juazeiro, lembra que a primeira coroação ali realizada foi em frente ao Cruzeiro no final da década de 50. Em 1961 com a ajuda dos moradores, Padre Onofre construiu um altar de madeira num tempo recorde de 15 ou 20 dias. Como tinha de fazê-lo todo ano, ele optou por um de alvenaria em virtude do crescimento no número de fiéis assistindo as coroações que, geralmente, obedeciam ao tema da Campanha da Fraternidade
Padre Antônio Onofre de Alencar é
natural de Assaré, Ceará, e nasceu aos 07 de fevereiro de 1925. É filho do
casal: Ângelo Onofre de Farias e Joana de Alencar Onofre. Recebeu o batismo a
17 de fevereiro de 1925, em
Assaré. Iniciou seus estudos em sua terra natal, onde
concluiu o antigo Curso Primário, no ano de 1.935; o antigo Curso Ginasial foi
realizado no Ateneu São José, em Fortaleza, tendo colado grau no ano de 1939. O
antigo Curso Colegial também concluído em Fortaleza, no ano de 1943. Fez o
Curso Preparatório em dezembro de 1945 em Crato, Posteriormente ingressou no
Seminário Maior de Fortaleza, onde fez o Curso de Filosofia e o Curso de
Teologia, este último no ano 1951. Sua ordenação sacerdotal transcorreu no dia
22 de dezembro de 1951 em Crato, Ceará. E a 1º de janeiro de 1952 celebrou sua
primeira Missa em Assaré
Ceará.
Aos 29 de setembro de 1958,
presentes o Exmo. Sr Bispo Diocesano Dom Francisco de Assis Pires e demais
autoridades, efetuou-se a posse do Revmo Padre Antônio Onofre de Alencar como
Vigário Ecônomo da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes. O ato se verificou na
Capela São Miguel - sede provisória da nova Paróquia. O Sr. Bispo Diocesano,
fez uma explanação de motivos para criação da Paróquia Nossa Senhora de
Lourdes, exatamente a bem das almas cujo pastoreio entregava a alma ardente de
zelo e fervor, já comprovada, do Padre Antônio Onofre de Alencar.
Em obediência à ordem Diocesana,
o Vigário Padre Antônio Onofre assumiu a Reitoria do Seminário São José de
Crato, aos 21 de fevereiro de 1966 e manteve-se afastado da Paróquia Nossa
Senhora de Lourdes de fevereiro a dezembro do referido ano, quando retornou a
pedido do Conselho Paroquial, com a autorização do Sr. Bispo Diocesano.
A 31 de março de 1970, o Padre
Antônio Onofre de Alencar foi nomeado pelo então Bispo Diocesano Dom Vicente -
Consultor Diocesano da Diocese do Crato - na forma dos Cânones 424 do Código de
Direito Canônico, com todos os direitos e deveres que o cargo lhe exige.
A 13 de outubro de 1973 fez
petição ao Sr. Bispo Diocesano de conformidade ao Canon 139 § 2 solicita a devida
licença para assumir a Função Política de Chefe de Escritório Regional da
Secretaria para Assuntos da Casa Civil - 5.a Região Administrativa, do Governo
do Estado do Ceará, sediada em Juazeiro do Norte. Tendo sido atendido em sua
petição, ocupou a referida função de 31 de agosto de 1973 a março de 1974.
A 22 de dezembro de 1976, às
20:00 h deu-se a concelebração pela passagem do Jubileu Sacerdotal do Padre
Onofre, fizeram-se presentes trinta e quatro sacerdotes e o Sr. Bispo Diocesano
Dom Vicente de Paulo Araújo Matos.
Em 22 de dezembro de 1986,
transcorreu a passagem dos 35 anos de ordenação sacerdotal do Padre Onofre. No
início deste referido ano, ou seja, 06 de janeiro, o Padre Onofre veio a sofrer
uma queda, resultando na quebra do tornozelo direito. Tendo sido submetido a
uma intervenção cirúrgica e uso de gesso por sessenta dias.
Padre Onofre no dia 22 de
dezembro de 1991, celebrou seus 40 anos de sacerdócio (22/12/1.951 a
22/12/1.991), juntamente com seus paroquianos. (Texto extraído do livro Formação Religiosa de Juazeiro do Norte, de Mário Bem Filho)
Padre Onofre na Casa do Idoso |
Outro falecimento
Morre aos 81 anos o poeta e ex-vereador Gualberto Brandão
Faleceu na madrugada desta sexta-feira em um dos leitos da Clínica São José vítima de complicações cardíacas o poeta e ex-vereador por Juazeiro do Norte, Francisco Gualberto Brandão que, no mês de janeiro, completou 81 anos de idade. O corpo está sendo velado na sala 1 do Centro de Velório Anjo da Guarda para onde está prevista uma missa às 16 horas seguida do sepultamento ali mesmo. Ele disputou o cargo de vereador em oito eleições e venceu três, mas em todas conquistou expressivas votações.
Gualberto era, também, radialista e apresentou programas nas manhãs de domingos divulgando a poesia na Rádio Verde Vale AM, sendo o primeiro deles sempre com a participação do seu conterrâneo e amigo Patativa do Assaré. Na verdade, ele nasceu no então Distrito de Tarrafas hoje emancipado município, onde uma filha sua, Dalva Rodrigues, foi vereadora. Os outros filhos tidos com a esposa Luzia Rodrigues Brandão, são a enfermeira Edna Brandão, o policial Edilberto, a professora Valdenir, o comerciante Adalberto e mais Alvenir Brandão.
Estudou pouco ficando no curso ginasial e trabalhou como agricultor boa parte de sua vida tornando-se sindicalista quando foi tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Assaré. Ao chegar em Juazeiro no ano de 1978 foi trabalhar como servente em uma indústria de calçados, cujo proprietário o demitiu por conta de uns versos que fez em defesa do sindicalismo. Então passou a trabalhar pelas ruas como crediarista. Ele nunca escondeu a tristeza de ter tido um irmão, Francisco Gualberto Brandão de Souza, assassinado a tiros dentro de uma ambulância que vinha de Assaré para Juazeiro.
“Ele morreu nos meus braços. Havia conseguido junto ao governador Virgílio Távora o alistamento de 900 homens para construir uma barragem no Distrito de Caiçara passando a ser provocado por algumas lideranças políticas com ameaças”, recorda Gualberto. Sempre foi um homem de poucos recursos e extrema humildade fazendo sua campanha política a pé e de porta em porta pelas ruas de Juazeiro. Quando tinha condições, jamais deixou de atender famílias pobres que o procuravam.
A primeira eleição que disputou foi em 1982 pelo PDS quando obteve 836 votos, ficando na segunda suplência, mas assumiu por três oportunidades. Em 1988 a primeira vitória com 1.184 votos pelo PMDB, sendo o terceiro colocado no geral. A tentativa de reeleição em 1992 já pelo PSDB foi positiva apesar de menos votos com 884 o que lhe rendeu a 12ª posição. Uma nova vitória veio em 1996 novamernte pelo PSDB com 1.266 votos e a sétima colocação no geral.
Daí em diante apenas suplências. Em 2000 pelo PSD obteve 773 votos se constituindo no segundo suplente do partido. Quatro anos depois, pelo PR, conquistou 1.061 votos, sendo o terceiro do partido. Em 2008 já estava no PHS por cujo partido obteve 927 votos ficando na 41ª posição no geral e sexto da agremiação. Na última eleição, já um tanto adoentado, Gualberto Brandão disputou o pleito pelo PMDB e obteve apenas 376 votos.
Quando foi eleito para o seu primeiro mandato como vereador em 1988, ele trabalhava como vigilante da Escola de 1º Grau Maria Amélia Bezerra. Veio a posse, mas Gualberto não deixou a vigilância da escola. “O pessoal aqui gosta tanto de mim que temia eu ganhar a eleição e me afastar da escola. Fui eleito, mas vou continuar no meu posto”, disse na época. Ele nunca escondeu sua admiração pelo médico e político Mauro Sampaio e disse que sempre procurou se espelhar no mesmo. (Texto de Demontier Tenório)
Nenhum comentário:
Postar um comentário