Ao ser convidada pelo Prefeito Municipal de Juazeiro do Norte, Dr. Santana, para ser gestora da Educação Pública fui motivada a aceitar por três razões: em primeiro lugar os argumentos do Prefeito que queria acertar como chefe do poder executivo frente às dificuldades que a pasta se encontrava naquela época; em segundo, pelo resultado da avaliação financeira da educação realizada por empresa especializada que sinalizava viabilidade em curto prazo, por último meu sentimento de pertencimento ao município concebido desde a década de 70 quando aqui estive implantando e coordenando o PLIMEC conhecido como “Projeto Juazeiro”.
Aos 16 de Dezembro de 2010, assumi o compromisso de ser gestora como uma missão e a partir daí com os demais companheiros que integram a grande equipe técnica operacional da SME abraçamos e nos determinamos em contribuir na construção de políticas públicas pautada na qualidade social da Educação, no modelo de gestão participativa a partir da concepção da Educação como Direito de todos. Ao sair, elenco alguns avanços obtidos:
· Curso de Formação de Gestores Executivos;
· Formação continuada dos professores;
· Aquisição de insumos tais como: materiais didáticos e paradidáticos, tecnológicos, merenda escolar e transporte escolar;
· Implantação de ouvidoria embora embrionária que abriu espaço de diálogo e aconselhamento aos alunos, família e escola;
· Valorização do profissional do magistério, através do estabelecimento de novas relações pautadas na meritocracia, e no reconhecimento de valores e talentos de professores e demais servidores;
· Os resultados oficiais positivos obtidos no IDEB e SPAECE, destacando o nível: verde escuro;
· A implantação do Projeto “Interação Pedagógica” e as Superintendências como protagonista no acompanhamento da gestão escolar.
Hoje, ao me despedir, consciente do dever cumprido, expresso minha amizade por todos que convivi diuturnamente durante estes dois últimos anos, e deixo a certeza de mantê-los vivos em minha memória.
Meus agradecimentos aos companheiros Secretários que partilharam das ações intersetoriais entre as políticas publicas locais; aos Conselheiros Municipais de Educação e aos demais Conselhos, ao Sindicato dos Servidores-SISEMJUN; a CREDE 19, a FUNDETEC, a UVA, a Univ. Patativa do Assaré, a FJN e demais parceiros que contribuíram para a Formação dos Professores.
Meu especial reconhecimento à UNDIME cujo trabalho vem fortalecendo a atuação dos gestores frente à gestão do Sistema Educacional nos Municípios.
Agradeço a Deus, a Mãe de Jesus e ao Patrono desta Cidade, Pe Cícero, pelo fortalecimento da minha fé na luta pela construção de uma sociedade mais justa e fraterna.
SONIA LUZ MONTEIRO OLIVEIRA
2 comentários:
SOU PELA FEDERALIZAÇÃO DO ENSINO PRIMÁRIO PARA TODOS
PRIMEIRA PARTE -
A Educação de um povo é o principal pilar para o exercício da cidadania e o maior impulso para a sua plena independência .
O Nível de educação de uma população se espraia nos seus elementos , cria no seu âmago uma estratificação de conhecimentos crescente. De acordo com a evolução e oferecimento do ensino os elementos crescem na escala social elevando o seu grau de entendimento e de liberdade
.
A contemplação de um ser humano a cidadão independe do seu grau de instrução, seja ele letrado,estudado,culto ou analfabeto goza dos mesmos princípios da Constituição Federal,não cabendo desconhecer os seus direitos e deveres,agora é claro e notório que enquanto maior o índice de escolaridade,enquanto maior o grau de conhecimentos, tem este cidadão maior poder de discernir e optar por determinadas diretrizes.
Como alicerce e radier é o ensino primário acoplado ao ensinamento familiar ,a bandeira principal e a raiz da árvore educacional de um cidadão.
SEGUNDA PARTE DO COMENTARIO- CONTINUAÇÃO
Baseado nestes princípios abordarei alguns fatos que poderão despertar o debate entre os responsáveis pela área educacional.
É sabido que no Brasil ,a Escola Primária é de responsabilidade do Município por entender que é neste território que o cidadão mora.
Acontece que este limitado e autônomo sítio é dirigido por um cidadão chamado Prefeito.Dirigente este oriundo de qualquer camada social ,viciadamente eleito por interesses de alguns seguimentos da população desde quando seja escolarizado e que tem plenos poderes de dar o destino que lhe convier a este nível educacional.
Fato relevante também é a localização, a região ,sua renda e o peso político de cada município,sem esquecer as prioridades ,as vontades ,o moderno coronelismo e outros fatos intestinais pertinentes a cada povo.
O que proponho ao debate e à discussão, é criar uma pauta para Federalizar este seguimento Educacional, uma vez que todo cidadão é antes de tudo um Cidadão Brasileiro e tem direito constitucional basilar. Antes de ser Paulistano,Soteropolitano, ,Juazeirense,Canudense,Piripiriense,Caxiense ou Santista o Cidadão é BRASILEIRO , não devendo sofrer qualquer tipo retaliação ,seja regional, financeira,religiosa,de raça,gênero sexual ou preferência política, ele tem direito por lei a um ensino básico de qualidade em qualquer recanto que viva,um ensino homogêneo em todo o território nacional. Sendo nesta fase da vida a Escolaridade Primária considerada uma atitude de Estado ,uma atitude pétrea e não de Governo.
Com esta modalidade todo cidadão brasileiro de Norte a Sul ,de leste a Oeste teria assegurado até os 14 anos de idade uma educação igualitária em todo o território nacional,educação esta regida pelas mesmas leis,com o mesmo conteúdo de informação,comandado por um único dirigente nacional e supervisionado pelas autoridades municipais, desta maneira, teria o Brasil uma população adolescente com as mesmas chances de enfrentar a diversidade da vida na fase mais difícil da sua existência que é a segunda etapa da adolescência, dos 14 aos 20 anos de vida.
Nesta segunda etapa o Município e o Estado teriam a obrigação de prosseguir o ensino .
O Municipal oferecendo cursos técnicos profissionalizantes de curta e média duração, enquanto o Estado ,cursos científicos preparatórios para os cursos superiores e cursos técnicos profissionalizantes de alta complexidade para azeitar a economia ,ficando os cursos superiores em segundo plano e sob a tutela da Rede Privada,Rede Estadual e Rede Federal.
Acredito que com esta configuração o pais em breve sairia deste pesadelo educacional e deste boom de marginalidade, fruto da pouca escolaridade e da pouca ocupação dos adolescentes em todos os níveis sociais.
Teria o pais uma conduta equânime ,cada cidadão teria direito à mesma carga de ensino, a verba seria pulverizada nacionalmente independente da arrecadação do município..A Escolarização Primária seria responsabilidade do Governo Federal, só assim seria assegurado a cada cidadão , as mesmas ferramentas para se enfrentar a tão concorrida vida ,dando cabo a este famigerado fosso social.
Iderval Reginaldo Tenório
Salvador Janeiro de 1996
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