sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Ação de Qualificação da Rede de Atenção Integral em Álcool e Outras Drogas/Crack é realizada com mais de 300 profissionais, em Juazeiro


Está sendo realizada em Juazeiro do Norte, de 26 de novembro a 15 de dezembro, a Ação de Qualificação da Rede de Atenção Integral em Álcool e Outras Drogas/Crack. Nesta sexta-feira, haverá encerramento da primeira turma de profissionais participante, com a presença da Reitora da URCA, Professora Otonite Cortez, e da Presidente da Fundação de Desenvolvimento Tecnológico do Cariri (Fundetec), Meiriane Esmeraldo. Serão mais de 300 pessoas qualificadas.

Os profissionais da Rede de Atenção Integral de Juazeiro participam de oficinas de formação e de atualização de conhecimentos acerca do álcool e outras drogas, especialmente o crack. Na programação consta uma oficina especial para os parentes dos usuários. A intenção é formar familiares multiplicadores dos temas abordados. O projeto tem apoio do Ministério da Saúde e se realiza através de convênio com a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), URCA e FUNDETEC.

A qualificação integral convocará os profissionais de toda a Rede de Atenção Integral, como médicos atuantes no Programa Saúde da Família (PSF) e no Núcleo de Assistência à Saúde da Família (NASF), profissionais dos hospitais gerais, agentes comunitários de saúde e redutores de danos, agentes sociais e profissionais dos consultórios, das redes do Sistema Único de Saúde (SUS) e Sistema Único de Assistência Social (SUAS), além da inclusão dos familiares de usuários, possibilitando o acesso à informações, no intuito formar multiplicadores dos conteúdos abordados. (Assessoria de Comunicação)

Dois lançamentos literários em Juazeiro

Ontem, a noite,  realizou-se o lançamento do livro sobre a vida e obra de Francisco de Assis Silva, mais conhecido como Foguinho, um dos maiores nomes da radiofonia esportiva do Ceará. O evento aconteceu na La Favorita e contou com a presença de amigos do autor. 
1.Capa do livro. 2.O autor entrega exemplar do livro a Franci Boaventura, viúva de José Boaventura, grande amigo do autor.
3. Amigos prestigiaram o evento. 4. Foguinho sendo entrevistado pela TV Verde Vales.


Hoje, em solenidade realizada no memorial Padre Cícero, às 9h, aconteceu a solenidade de entrega de Cordelteca com cem títulos de cordeis clássicos e inéditos da Literatura Popular às escolas públicas municipais e estaduais. O evento foi a culminância do pacote editorial elaborado para comemorar o Centenário de Independência de Juazeiro do Norte. A sessão solene do evento foi coordenada pelo Professor José Carlos dos Santos, Secretário de Turismo e Romaria que no ato representou o prefeito Manuel Santana, o qual, por motivo de saúde, não pode comparecer. Por sugestão do editor deste Portal, apresentada ao Secretario da Setur (José Carlos dos Santos) e às representantes do Crede 19 (Edna Belém) e da Secretaria de Educação do Município (Sônia Luz, representada por Jorgivânia Lopes), as videotecas recebidas serão depois inauguradas em cada escola tendo como patronos cordelistas cujos nomes estão consagrados na Literatura Popular.





     



quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O milagre de Juazeiro também ocorreu no Crato


O tão propagado e discutido milagre da hóstia, que teria ocorrido em Juazeiro por dezenas de vezes, a partir de 1º de março 1889, também ocorreu na cidade do Crato, em 1891. O fato já foi divulgado em vários livros, sendo que no de Lira Neto, Padre Cícero, poder, fé e guerra no sertão, ele aparece com mais detalhes. Este autor narra o fato da ocorrência do milagre na cidade do Crato de acordo com os documentos que fazem parte do inquérito elaborado pelos padres Antero e Clicério, a pedido do bispo Dr. Joaquim. Conforme está nos documentos, em Crato o milagre se repetiu por várias vezes, durante o tempo em que a beata Maria de Araújo esteve confinada na Casa de Caridade, a qual se localizava onde hoje é o prédio da Rádio Educadora. Segundo Lira Neto “quando se soube que Maria de Araújo estava na cidade acompanhada pelos dois representantes do bispo, a população cratense acorreu em massa ao prédio. No meio da multidão, quem não conseguiu forçar a entrada pelo portão principal deu um jeito de saltar as grades, escalar os muros e, de um modo ou de outro, arranchar-se nos salões e corredores da casa, na contagiante esperança de ver e tocar a beata tida como milagrosa”.
Foi uma verdadeira romaria! Mas isso não é de causar espanto, pois foi Crato quem de fato começou a romaria de adoração aos paninhos ensanguentados.  Durante o tempo que durou o inquérito naquela cidade, a hóstia se transformou em sangue diversas vezes; também se transformou em carne (coração) e uma vez em pão. Também por diversas vezes a hóstia apareceu misteriosamente entre os dedos das mãos de Maria de Araújo e em todas essas vezes os padres investigadores as utilizaram em comunhões dadas (incrível!) por Maria de Araújo.
Quem quiser saber mais detalhes sobre isso pode consultar o livro Padre Cícero Romão Baptista e os fatos do Joaseiro – A Questão Religiosa, volume organizado por Antonio Renato Soares de Casimiro, lançado recentemente,  cuja publicação foi autorizada e coordenada pela Diocese do Crato. Nele se encontram cópias dos inquéritos realizados para averiguação dos fatos relativos aos milagres da hóstia, as quais podem ser consultadas por qualquer pessoa no Departamento Histórico Diocesano Padre Antônio Gomes de Araújo.
Assim não tem mais sentido os escritores se referirem ao milagre como sendo “milagre de Juazeiro”, quando ele também ocorreu no Crato, mesmo que muitos cratenses detestem a ideia. E quanto a isso não há nada de errado, pois em Juazeiro também tem muita gente que não aceita  de forma alguma este fato como sendo milagre.
Falso ou verdadeiro, o que a história revela, com base em documentos autênticos, é que aconteceu com a beata Maria de Araújo, em Juazeiro e em Crato, fatos extraordinários ou, no mínimo, esquisitos, tais como, transformação da hóstia em sangue, carne de coração e pão; aparecimento de hóstias entre os dedos das mãos da beata; crucifixos de bronze vertendo sangue; beata em estado êxtase, tendo seu corpo chagado e molhado de sangue etc. etc. Fatos semelhantes acontecidos na Europa e em outros locais, até mesmo na América do Sul, foram tratados como “milagres eucarísticos”. Os de Juazeiro e Crato, não! Por que será?
Quem quiser conhecer mais sobre milagres eucarísticos entre no Google e procure por “milagres eucarísticos” e veja como eles são bem parecidos com os ocorridos em Juazeiro e Crato. Parece que o problema que faz com que os daqui não sejam reconhecidos como tais, seja a localização geográfica e a origem racial da protagonista...

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Seja um fiscal da Prefeitura e da Câmara

Agora os leitores deste portal poderão saber quanto a Prefeitura e Câmara de Vereadores de Juazeiro recebem e gastam. No lado esquerdo da página tem o link com o nome FISCALIZE PREFEITURA E CÂMARA. Clique nele e aparecerá o site do Tribunal de Contas do Municípios com todas as informações. É bom saber como está sendo aplicado o nosso dinheiro.
Confira também as outras novidades.

Cordéis que contam histórias de Juazeiro e Padre Cícero chegarão às bibliotecas de escolas


      Com um formato diferente no qual se encontra disposta em quatro expositores, a Cordelteca do Centenário será relançada nesta em solenidade agendada para as 9 horas desta sexta-feira, dia 30 de novembro, no Memorial Padre Cícero. Cartazes sobre o evento estão sendo afixados e convites distribuídos para o ato que vai ser presidido pelo prefeito de Juazeiro, Manoel Santana e o Secretário de Turismo e Romarias, José Carlos dos Santos.
       Na oportunidade, eles vão entregar os kits com expositores a instituições de ensino no sentido destas disponibilizarem na biblioteca para os seus alunos a coleção de cordéis comemorativa ao centenário de Juazeiro. Em suas páginas e por meio das poesias, contam as histórias do município e seu fundador o Padre Cícero Romão Batista. São 100 títulos com tiragem de mil exemplares para cada um e distribuídos em um kit formado por quatro expositores tendo cada uma 25 cordéis e um CD com a coleção.
       O formato anterior era de bolsas plásticas com os livretos de literatura de cordel, cujo lançamento ocorreu no dia 20 de julho com repercussão das mais positivas. O titular da SETUR, José Carlos dos Santos, espera um grande número de professores e estudantes na solenidade programada para a manhã de sexta-feira no Memorial. A definição dos títulos da Cordelteca foi da própria Comissão Organização do Centenário a exemplo do que foi feito em relação aos livros em torno desse mesmo tema. (Demontier Tenório)

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

domingo, 25 de novembro de 2012

HISTÓRIA DA RÃ QUE NÃO SABIA QUE ESTAVA SENDO COZIDA - Uma fábula muito oportuna para o Juazeiro atual. Nosso Juazeiro está sendo cozido vivo e ninguém está percebendo...


Imagine uma panela cheia de água fria, na qual nada, tranquilamente, uma pequena rã. Um pequeno fogo é aceso embaixo da panela, e a água se esquenta muito lentamente. Pouco a pouco, a água fica morna, e a rã, achando isso bastante agradável, continua a nadar. A temperatura da água continua subindo... Agora, a água está quente mais do que a rã pode apreciar; ela se sente um pouco cansada, mas, não obstante isso, não se amedronta. Agora, a água está realmente quente, e a rã começa a achar desagradável, mas está muito debilitada; então, suporta e não faz nada.
A temperatura continua a subir, até quando a rã acaba simplesmente cozida e morta.
Se a mesma rã tivesse sido lançada diretamente na água a 50 graus, com um golpe de pernas ela teria pulado imediatamente para fora da panela. Isto mostra que, quando uma mudança acontece de um modo suficientemente lento, escapa à consciência e não desperta, na maior parte dos casos, reação alguma, oposição alguma, ou, alguma revolta.
Se nós olharmos para o que tem acontecido em nossa sociedade desde há algumas décadas, podemos ver que nós estamos sofrendo uma lenta mudança no modo de viver, para a qual nós estamos nos acostumando. Uma quantidade de coisas que nos teriam feito horrorizar 20, 30 ou 40 anos atrás, foram pouco a pouco banalizadas e, hoje, apenas incomodam ou deixam completamente indiferente a maior parte das pessoas. Em nome do progresso, da ciência e do lucro, são efetuados ataques contínuos às liberdades individuais, à dignidade, à integridade da natureza, à beleza e à alegria de viver; efetuados lentamente, mas inexoravelmente, com a constante cumplicidade das vítimas, desavisadas e, agora, incapazes de se defenderem.
As previsões para nosso futuro, em vez de despertar reações e medidas preventivas, não fazem outra coisa a não ser a de preparar psicologicamente as pessoas a aceitarem algumas condições de vida decadentes, aliás, dramáticas. O martelar contínuo de informações, pela mídia, satura os cérebros, que não podem mais distinguir as coisas...
Quando eu falei pela primeira vez destas coisas, era para um amanhã.
Agora, é para hoje!!!

Da alegoria da Caverna de Platão a Matrix, passando pelas fábulas de La Fontaine, a linguagem simbólica é um meio privilegiado para induzir à reflexão e transmitir algumas idéias. Olivier Clerc, nesta sua breve história, através da metáfora, põe em evidência as funestas conseqüências da não consciência da mudança que infeta nossa saúde, nossas relações, a evolução social e o ambiente. Um resumo de vida e sabedoria que cada um poderá plantar no próprio jardim, para desfrutar de seus frutos. 

Olivier Clerc, nascido em 1961 na cidade de Genebra, na Suíça, é escritor, editor, tradutor e conselheiro editorial especializado nas áreas de saúde, desenvolvimento pessoal, espiritualidade e relações humanas. É também autor de Médecine, religion et peur (1999) e Tigre et l’Araignée: les deux visages de la violence (2004).
12Curtir ·  · Seguir (desfazer) publicação · Compartilhar
Paulo Leonardo Celestino Oliveira, Valdizia Nobre, Marlísia Sobreira e outras 26 pessoas curtiram isso.

Comentários recebidos:
Celia Morais ADOREI Daniel Walker !!! PENA QUI NEM TODO MUNDO TEM O PRIVILÉGIO DE ENTENDER ESSA LINGUAGEM SIMBÓLICA QUE INDUZ A REFLEXÃO E TERMINAM SEM ESSA CONSCIÊNCIA DA MUDANÇA NA VIDA DO PLANETA COMEÇANDO POR UM CANTO BEM PERTINHO DE NÓS. NOSSO JUÁ. QUE PENA !!!!

Maria Lucia Apolinario GRANDE Célia e Sempre Daniel. Daniel Walker professor adorei texto.

Darlene Marques Ribeiro Rodrigues: Pois é, meu primo! Essa questão é mundial, mas há de aparecer algum "maestro" Juazeirense que "orquestre" uma campanha em defesa do meio ambiente e de costumes simples que impactam no clima, como por exemplo, jogar lixo no lixo, plantar uma árvore, etc etc

Francisco Neri Filho Neri: Até os grandes impérios um dia caíram. É o resultado das imperfeições humanas. Lamentável, mas verdadeiro. Se houvesse rãs em quantidade, umas teriam saído da água quente subindo nas costas de outras e salatando fora. Estas nunca mais entrariam em água de panela... Rã escaldada tem medo de água fria...

Dairo Silva Coimbra: Grande parábola professor: Daniel Walker e retocada por tia Celia Morais, nosso Juazeiro do Norte precisa de uma revolução em todos os sentidos, de forma iminente e eminente (Lembrando Dr. Ney, em uma declaração quando da inauguração de rádio Iracema)

Fátima Gomes: Este problema afeta todo o planeta. Seria bom que cada líder político se preocupasse com seu território e passasse a investir mais em EDUCAÇÃO.

Fabio Vancouver: Hummm investir em educacao sempre ouvi falar nisso Desde os primordios...Nao eh so no brasil no Mundo inteiro a reacao eh a mesma. Os grandes Sabem que educacao eh um perigo para os donos do poder!

Manoel Martins: Simplesmente, excelente! Daniel, parece-me que, a essa gente, falta amor. De propósito: "Ó amor, amor! Quão pouco é reconhecido!" (Santa Maria Madalena de Pazzi).

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Falecimento de Olga Siqueira



Faleceu ontem (21) em Juazeiro, aos 74 anos,  a Sra. Maria Olga Feitosa Siqueira, esposa a 48 anos do advogado Raimundo Siqueira, com quem teve quatro filhos. Olga era pessoa bastante dedicada à Igreja, católica atuante e fervorosa, foi secretária do Apostolado da Oração, entidade à qual serviu por mais de 30 anos; pertenceu também às instituições Confraria Senhoras de Caridade da Capela do São Vicente, Confraria Nossa Senhora do Perpétuo  Socorro, da qual foi presidente, e Confraria Nossa Senhora do Carmo. O corpo está sendo velado em sua residência, na Rua Santa Rosa, e o sepultamento será hoje no Cemitério do Socorro, logo após a celebração da missa de corpo presente, a ser  celebrada na Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores, às 16h.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012


Voltei a morar em Recife?


        Década de 90. Juazeiro do Norte ainda não possuía faculdades. Com isto, era grande o fluxo de jovens estudantes para as capitais, especialmente Recife e Fortaleza. Particularmente, também segui a peregrinação dos estudos e fui para a capital pernambucana. Ao todo foram 08 anos e meio convivendo tanto com os benefícios quanto com as mazelas da cidade grande.
         Se por um lado tinha a oportunidade de frequentar cinemas, passear em shoppings ou comprar em hipermercados, também enfrentava longos engarrafamentos ou andava nas ruas com medo de ser assaltado. Inclusive presenciei a ação de bandidos contra uma indefesa senhora às 13:00h em plena Av. Domingos Ferreira, uma das mais movimentadas do bairro Boa Viagem.
         Ao concluir os estudos em 2001, voltei para a minha terra natal. A partir daí, ao longo desses 11 anos, testemunhei Juazeiro do Norte sofrer uma incrível transformação. Um crescimento acelerado e desordenado.
         Hoje também passeamos em shoppings, comemos em lanchonetes internacionais e fazemos compras nas mesmas lojas famosas das capitais. Em contrapartida, a violência cresce assustadoramente. Comerciantes e consumidores frequentam o centro da cidade com medo dos assaltos. A frota de veículos, por sua vez, promove cada vez mais engarrafamentos nas nossas estreitas ruas. Recentemente fiquei preso em congestionamento na Av. Leão Sampaio; pensei que se tratasse de algum acidente, mas era resultado apenas da quantidade de veículos. Nos cruzamentos dos semáforos já há uma legião de pedintes, muitos deles crianças fazendo malabarismos num espetáculo de muita tristeza.
        Tenho agora a sensação que voltei a morar em Recife. Convivo com os mesmos benefícios e mazelas da cidade grande. Diante desta realidade, fico a pensar: por que a maioria das metrópoles brasileiras não sabe associar progresso com organização e justiça social? Por que os políticos só agem quando os problemas tomam proporções insuportáveis? Deixaremos Juazeiro do Norte seguir esta regra? Por que não podemos ser uma grata exceção?

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Conheça João Monteiro, o superatleta de Juazeiro

O atleta e sua primeira medalha conquistada

Juazeiro tem um superatleta e eu não sabia, apesar de conhecê-lo há muito tempo. O cara é fera mesmo! Estive em sua residência para fazer esta matéria e fiquei impressionado com a história que ouvi. João Monteiro dos Santos é natural de Pesqueira, PE, mas desde os 13 anos reside em nossa cidade. Seu pai foi funcionário da antiga Celca, depois Coelce. Aqui ele estudou e conseguiu o primeiro emprego. Inicialmente foi porteiro do Colégio Salesiano, depois fez concurso para os Correios , foi aprovado e lá está até hoje, aos 65 anos de idade.

O ATLETA
O atleta João Monteiro existe há pouco mais de dez anos. Quando ele jogava peladas de futebol seus amigos notaram que ele corria velozmente e o incentivaram a ser velocista. Ele aceitou o desafio, largou a bola e começou a se dedicar intensivamente ao treino para ser corredor. Em 24 de março de 2004, participou da XXII Corrida Padre Cícero, realizada no dia de aniversário do fundador de Juazeiro, e tirou o primeiro lugar, cuja medalha é mostrada nesta matéria. A partir daí seu entusiasmo pelo atletismo só fez aumentar e os treinos foram intensificados mais ainda. Mas o destino, cruel e traiçoeiro, lhe preparou um grande vexame, justamente quando treinava para uma nova competição. Corria pelo acostamento da Avenida Leão Sampaio, que liga Juazeiro a Barbalha, quando, inesperadamente, foi atingido por trás por um motoqueiro, caindo ao chão, onde ficou inerte até ser socorrido. Chegou ao hospital tão atordoado que o médico achou melhor encaminhá-lo para uma casa de saúde mental. A família interferiu rapidamente e depois, mediante novo atendimento médico veio o diagnóstico definitivo, mas não menos aflitivo: fratura nos dois tornozelos. Isso significava dizer que ele estava com seus dois motores de impulso avariados. Uma lesão desse tipo num atleta, da categoria de velocista, é capaz de destruir sua carreira, pois o tornozelo é para o atleta a mesma coisa que é a turbina para o avião a jato. Com tornozelos danificados, o atleta não corre para garantir a subida ao pódio; e o jato sem turbinas, não alcança as alturas. Um grande desespero tomou conta de João a partir daí. Nervosismo, depressão, dores, angústia por não estar fazendo o que mais gosta, correr e trabalhar. Este estado gerou uma irritação tão grande que estava pondo em risco a harmonia da vida conjugal. Sua dileta esposa, Jocélia, muito religiosa, foi procurar em Deus o refúgio necessário para administrar  a situação que causava tanta aflição ao marido, cuja carreira de atleta estava seriamente ameaçada. O tormento todo durou quase um ano, até que ele, depois de cirurgias, implantação de pinos nos ossos, muita fisioterapia, uso de cadeira de rodas e muletas conseguiu, finalmente, andar sozinho. Como o desejo de continuar sendo atleta só fez foi aumentar, João retornou aos treinamentos paulatinamente, seguindo orientação médica. Mas em pouco tempo, graças ao seu dinamismo e determinação estava novamente competindo... e conquistando novos títulos. Em sua vitoriosa carreira de velocista, de todas as competições das quais participou, nunca deixou de estar entre os vencedores. Em muitos eventos esportivos locais e regionais, como Corrida Padre Cícero, Corrida São José, Corrida Tiradentes, Circuito Sesc, dentre outras, conquistou o Primeiro Lugar. Este ano, porém, ocorreu um fato fora do comum: participou do Circuito de Corrida e Caminhada Sesc e conquistou os cinco troféus de primeiro colocado em todas as competições que foram realizadas em Juazeiro, Crato, Iguatu, Sobral e Fortaleza. Um fato realmente extraordinário. Uma glória para enriquecer a biografia e engrandecer qualquer atleta. Esta é a história do superatleta João Monteiro dos Santos, um jovem de 65 anos, um colecionador de títulos, um nome de ouro que dignifica o atletismo juazeirense. Parabéns, João! E que venham mais títulos! 
Medalhas de campeão
Troféus conquistados


sábado, 17 de novembro de 2012

Falecimento de Dona Tudinha


Faleceu hoje, em Juazeiro do Norte, aos 91 anos,  a senhora Gertrudes Aguiar de Melo, mais conhecida como dona Tudinha. Ela era uma das moradoras mais antigas e conhecidas do Bairro do Socorro. Foi uma excelente costureira, especializada em roupas de criança e homens. Chegou inclusive a costurar várias batinas para Monsenhor Murilo de  quem foi grande amiga. Sob a coordenação dele participou de uma excursão à Europa, em 1998, tendo visitado vários paises. Era filiada ao Apostolado da Oração, a mais antiga instituição religiosa de Juazeiro do Norte, fundada pelo Padre Cícero, em 1888. Foi casada com o Sr. Isaías Melo (falecido) com que teve os seguintes filhos: Eliane (professora), Francisco (empresário) Raimundo (engenheiro) e Socorro (professora). O corpo está sendo velado na Capela de São Vicente e o sepultamento será amanhã, às 8h, no Cemitério do Socorro.  



MENSAGENS RECEBIDAS:

Eridna disse...
Monsenhor Murilo deve está precisando de uma batina nova e falou para Jesus que dona Tudinha costurava muito bem, o Padre Cícero confirmou que ela podia costurar o manto Dele, ai Jesus a chamou.
Deve está uma grande alegria lá no céu.

 IDERVAL TENÓRIO disse...
Juazeiro tem verdadeiras pérolas guardadas nas suas salas, pérolas estas que atuam todas as vezes que encontra um dos filhos,seja de sangue ou vizinhança., É dona Tudinha a mãe de quase todos nós aí do Socorro, foi com Dona Tudinha que levei longos papos sobre o seu primo Patativa do Assaré. Amigos, Dona Tudinha, Dona Maria Almeida, Dona Carlinda, Dona Bia e outras mães aí do socorro continuam vivam nas nossas cabeças. Raimundo, Francisco, Socorro e Eliane recebam os meus sentimentos de amigo e também filho adotivo por vizinhança de Dona Tudinha.


Savia Maria Ferraz:
Sinto muitíssimo!Sinceros pêsames à familia especialmente minha querida amiga Socorro Aguiar

Franci Timótio:
LAMENTO BASTANTE . DECANSA EM PAZ D.TUDINHA .

Diana Marques R Rafael:
Grandes lembranças... Dona Tudinha, vizinha de Madrinha Almeida e Tio Zeca, sempre carinhosa conosco! Descanse em Paz e Deus com certeza dará o reino do Céu!

Paula Roberta:
Lamentavel perda....

Lu Bezerra:
Ohhh Meu Deus!!... Minha querida GERTRA..... tao linda... alma ILUMINADA..... descance minha QUERIDA MAE.

Déborah Callou:
Uma santinha a mais no céu!

Cicero Lima:
Minha vizinha durante muitos anos. Sempre muito amiga da nossa família. Em Julho quando estive no Juá conversei com ela. Por muitos anos D. Tudinha fez as nossas fardas do Salesiano.

Carmen Duarte:
Conheço D. Tudinha desde criança. Sempre nos olhamos e nos cumprimentamos com carinho. Recebi seus aconselhamentos várias vezes. Era uma grande mulher.

Rosângela Maria Reginaldo Tenório:
Dona Tudinha, meiga, simples, alegre e muito gentil. Sentirei muita saudade dela, nesses últimos anos não dialogamos muito como na década de 70, 80. Sempre que chegava de férias, pois morei 30 anos em Fortaleza, uma das primeiras visitas que fazia era a Dona Tudinha. Sempre bem humorada, cheia de "causos" interessantes para nos contar e ua das coisas que não faltava de jeito nenhum era o cafezinho fresquinho. Com certeza, ela agora esta no céu.

Izabel Cristina Gondim:
Dona Tudinha fez parte da minha infancia pois moravamos perto.Sempre muito simpatica com todos.Que Deus a tenha.

Fatima Celestino Soares:
Descanse em paz!

Maria Do Socorro Romão:
"D. Tudinha, pessoa maravilhosa.Deus a receba..."

Tania Ramos: "Tristeza aqui nos nossos coraçoes, mas lá em cima, no ceu, é só alegria... Que Deus a tenha na sua infinita morada."

Haydee Felipe Rodrigues:
É uma tristeza e muitas saudades nos deixa Dona Tudinha,e que Deus a tenha.

Agradecimento:
Nosso ferido coração encontrou alívio em toda forma de carinho e amizade demonstrada por vocês que enviaram mensagens e por quantos outros que também se manifestaram, cada um a seu modo, porém na mesma medida e afinidade, unidos ao nosso pesar. Sem esse refrigério, sem essa força, jamais saberíamos nos conduzir por esta estreita caminhada.
"Dona tudinha" agradece o bem querer e o acalanto demonstrados  por todos. Nossa eterna gratidão.
Socorro Aguiar e Família


Daniel,
Vi e li  algumas reportagens e  postagens sobre mulheres especiais na politica, economia, empresas importantes, multinacionais, etc.
Nestes últimos  5  anos, onde minha mãe, Helena Vieira dos Santos deu inicío a sua  passagem, começei a pensar muito mais nessas  maravilhosas, que estão indo deixar o céu mais lindo e nosso mundo mais pobre de valores, dedicação, amor e respeito. Falo não somente de minha querida mãe, dona Helena, mulher integra, corajosa, desafiadora que encarou a vida sorrindo e soube ensinar aos seus filhos como preservar essa dádiva chamada vida.
Depois veio D. Maria de Beato, que trouxe ao mundo tantas criançinhas lindas e rezava com seus matinhos quando estávamos doentes. Depois veio aquela a quem eu tinha também um grande respeito pela forma como enfrentava a vida com tantas perdas irreparáveis, falo de minha querida Maria Almeida,  de quem pude me despedir. E agora mais um anjo sobe: D. Tudinha, que adotei, visitei e troquei figurinhas todos os anos em que  ia  à nossa juazeiro. SEMPRE FOI UMA pessoa pequena no TAMANHO  e GRANDE de coração. Uma grande amiga de  minha mãe, de quem ela falava sempre em que estávamos juntas  e sempre com respeito, carinho e admiração. Esta foi mais uma perda irreparável. Uma  perda grande que me tocou profundamente porque no livro de minha vida ela se encontra em muitas páginas. Hoje eu gostaria de pelo menos ter ido a missa de 7º dia, não pude, mas o meu coração estava lá e ela sabe disso. Eu sinto tanto pela familia! perder alguém tão especial como cada um de nós perdeu, além de doer muito, nos tira do prumo.
Quero e vou lembrar dela, de Dona Maria Almeida, Maria de Beato e minha Mãe Helena com respeito, admiração e um amor que nenhum tempo irá apagar. Exupery diz "Somos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos", elas me cativaram e  sempre  senti que  tinha feito o mesmo com elas.
A minha parada obrigatória em Juazeiro era: casa de D.tudinha (onde saía um cafezinho gostoso, um pedaço de queijo da  terra), casa de Dona Maria Almeida -(onde comia o bolo que ela fazia), casa de dona Maria de Beato, onde dava uma paradinha na calçada para falar do passado e de Frei Damião e finalmente tem uma casa onde costumo parar para tomar outro café: dona Marluce, grande amiga de minha família. Todos esses laços tem nós que o tempo não consegue desatar- ESSE NÓ, eu chamo de AFETO.   AFETO ETERNO, SAUDADES DE TODAS e  QUE DEUS ABENÇOE  NOSSAS  VIDAS E NOSSAS FAMÍLIAS.
UM ABRAÇO ESPECIAL PARA: Eliane, Socorro, Raimundo e Chico Aguiar.
Dolani Vieira de Sousa Oliveira e Família.



sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Oportunidade para professor de Epidemiologia Ocupacional



Estamos recrutando profissionais para ministrar aula para o curso de Especialização em Medicina do Trabalho, nos dias 17 e 18/11/2012, das 8 ás 18 horas, na cidade de Juazeiro do Norte (CE),Módulo de Epidemiologia Ocupacional.
Favor entrar em contato pelo fone (44) 9827-4243 ou email: soet.coordenacao@hotmail.com
Somos a SOET Pós-Graduação, empresa com sede em Maringá-PR, que atua exclusivamente no segmento de especializações Lato Sensu em todo território nacional há mais de 10 anos. Atualmente temos em andamentos mais de 30 turmas na área da saúde, e contamos com uma equipe de docentes altamente qualificada, entre eles especialistas, mestres e doutores. 


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Missa do dia 20 de dezembro poderá ser na nova capela


O prefeito de Juazeiro do Norte, Manoel Santana, pretende que a última celebração do ano em sufrágio da alma de Padre Cícero, no dia 20 de dezembro, seja no novo altar panorâmico em construção no adro da Capela do Socorro. O mesmo está sendo erguido no local onde um dia funcionaram banheiros públicos.  Sob o altar, o projeto prevê uma nova capela mortuária tendo ao lado um candelabro bem maior para o acendimento das velas no pagamento de promessas feitas com o Padre Cícero. O adro do Socorro ganhará ainda lixeiras modernas em pontos estratégicos, um bebedouro público, novas rampas para melhor acessibilidade dos deficientes, moderno posteamento, iluminação e novo piso. A capela se destina às celebrações de missas de corpo presente e extingue o antigo necrotério que abrigará uma secretaria paroquial. No momento, a laje de concreto que cobrirá o altar panorâmico está sendo feita pelos operários e a capacidade será praticamente a mesma do que havia em frente à Capela do Socorro e já foi destruído. Segundo o titular da SETUR, José Carlos, os boxes de madeira que ficam em frente ao muro do cemitério serão retirados em nome de modernos espaços a serem implantados na Praça José Sarney. Vão ser padronizados e a retirada dos vendedores só com a conclusão destes ao lado da Escola Padre Cícero. (Texto e foto de Demontier Tenório)

A burocracia do Vaticano para canonizar uma pessoa


Caros amigos,
Essa entrevista (publicada pela revista Época) com uma médica canadense, Dra. Jacalyn Dufin, mostra como é a burocracia do Vaticano para que algum cristão virtuoso seja reconhecido como santo. Ela explica porque motivo o Brasil tem poucos santos, apesar de ser uma nação cristã católica desde sua fundação: falta de dinheiro e de lobby. Ou seja, não basta ser virtuoso. Assim, os nossos candidatos a santos populares (José de Anchieta, Padre Cícero) nunca chegarão lá.
Ela se diz atéia, mas acredita nos milagres.
Renato Casimiro
  
ÉPOCA – Como você se interessou por milagres?
Jacalyn Duffin – Meu primeiro contato com um milagre aconteceu há 30 anos, quando fui contratada por uma família para analisar tecidos de medula óssea de uma paciente. Eu não fui informada sobre nada do caso. Ao ver o material, notei que ele tinha oito anos e percebi que aquela pessoa tinha o pior tipo possível de leucemia. Na hora, assumi que a mulher estava morta. E pensei que a família estava me pagando para eu diagnosticar o problema e ela processar o médico responsável. Por um ano e meio, recebia a cada mês uma amostra diferente do tecido. Aos poucos, notei que o problema estava regredindo. Até receber a última amostra e perceber que a medula óssea estava normal. Era inexplicável. Para minha surpresa, a paciente estava viva e me informou que fui recrutada para corroborar evidências de um processo de canonização. Ela me explicou que foi curada porque rezou para a beata Marie-Marguerite d'Youville. Isso me fez ficar obcecada com o tema, porque sempre fui ateia.
saiba mais
Lawrence Krauss: "Deus se tornou redundante"
Tom Holland: “A religião deve ser investigada”
ÉPOCA – E o que fez você começar a pesquisar sobre o assunto?
Jacalyn – A mulher agraciada pediu para eu ir ao Vaticano e depor sobre o seu caso. Lá, fui sabatinada por uma comissão de médicos. Eles fizeram as pesquisas mais pertinentes e complicadas o possível. O Vaticano tem um rigor científico incrível. Durante minha pesquisa, notei que 97% de todos os milagres de 1588 a 1999 eram médicos. Eles dão preferência a milagres médicos porque, em tese, são mais práticos de serem comprovados. É mais fácil apresentar uma cura inexplicável do que explicar uma multiplicação de peixes. Curiosa, eu decidi investigar o quão difícil era reconhecer uma cura milagrosa no decorrer da história. E descobri que a Igreja sempre foi exigente.
ÉPOCA – O Vaticano realmente se interessa na medicina?
Jacalyn – Sim, e muito. O Vaticano é rigoroso ao extremo. Ele exige que o melhor tratamento médico seja dado em todos os casos de curas. E recomenda que os católicos tentem ao máximo melhorar porque considera a medicina uma manifestação do trabalho de deus na Terra. Quase toda pessoa que foi curada por um milagre teve acesso ao melhor tratamento possível. Muitos, por exemplo, operaram e fizeram quimioterapia. E somente se curaram após pedirem ajuda a um candidato a beato ou santo. Eu li vários testemunhos de médicos que não sabiam explicar como alguns pacientes se curaram do dia para a noite. Depois de estudar tanto sobre o assunto, fiquei numa posição estranha. Eu sou ateia, mas acredito em milagres. A ciência não tem como explicar certas coisas.
ÉPOCA – Como você define um milagre?
Jacalyn – Segundo a Igreja, somente deus pode fazer milagres. Se você apela a um candidato à santidade para ser agraciado e consegue ser atendido, isso é uma prova que ele está com deus e intercedeu em seu nome. O milagre não é simplesmente um acontecimento maravilhoso para quem foi curado. É a evidência máxima das virtudes do candidato à santidade.
ÉPOCA – A canonização é uma arma política do Vaticano?
Jacalyn – Sim. Isso ficou nítido com o papado de João Paulo II, que passou a canonizar com o objetivo de agradar países onde a Igreja estava em decadência. A canonização também pode ser usada como um pedido de desculpas. Os Estados Unidos e Canadá, por exemplo, vem tendo uma série de casos de crianças abusadas por padres. Há duas semanas, a Igreja reconheceu santos para ambos. O Papa também pode canonizar um santo de um país específico pouco antes de visitá-lo oficialmente, ou fazer a cerimônia nele mesmo. Isso aconteceu com o Brasil em 2007, quando o Frei Galvão foi canonizado em São Paulo por Bento XVI. Ele morreu há séculos. Por que o reconhecimento veio naquele momento? Não foi coincidência.
ÉPOCA – O que faz um país ter mais santos que outros?
Jacalyn – Os países que são ricos, poderosos ou geograficamente próximos do Vaticano naturalmente têm mais santos e prioridade na fila de canonização. E não podemos ignorar os fatores históricos. No século 17, todos os santos eram da Itália, Espanha e França. Para a Igreja, o mundo era pequeno. Viajava-se com dificuldade e a comunicação era tão complicada quanto. Com o tempo, países do norte europeu começaram a ganhar seus santos. Colônias como o Canadá, meu país, também. Nós ganhamos alguns santos que eram europeus, mas viveram um bom tempo aqui e por isso são vistos como canadenses.
Transformar seu herói local num santo exige muito dinheiro e tempo. É preciso pagar especialistas para embasar a tese, coletar informações e capazes de fazer lobby pelo candidato no próprio Vaticano. Ou seja, toda causa precisa ter um representante em Roma. São coisas que potências têm mais condições de fazer. Uma saída para os países pobres, em termos de financiamento, é que todo processo de canonização tem uma conexão forte com o povo local, que pode estimular a causa e doar em prol dela. Ordens religiosas também ajudam. Os jesuítas e franciscanos têm dinheiro para auxiliar este tipo de empreitada.
ÉPOCA – Por que o Brasil, a maior nação católica do mundo, tem poucos santos?
Jacalyn – O Brasil foi um país relativamente pobre durante muitos séculos. Por isso, muitas pessoas não tinham acesso aos melhores tratamentos médicos da época. Assim como não tinham recursos para pagar os melhores profissionais para examinar as pessoas agraciadas e atestar que houve um milagre. A Igreja exige uma série de documentos sobre a vida do candidato e seus milagres. Toda essa informação precisa ser coletada, transformada num dossiê e entregue ao Vaticano. O processo de canonização é trabalhoso, consome muito tempo e custa caro. Por muito tempo, o Brasil se viu em desvantagem por conta disso. Não sozinho. Muitos países pobres católicos, que eram ou são nações em desenvolvimento, têm poucos ou nenhum santo. O Brasil está crescendo de uns anos para cá. Não é um acidente que vocês estão começando a ganhar santos agora. O país não tinha as mesmas condições há 300 ou 400 anos, mesmo com candidatos brasileiros notáveis que viveram vidas exemplares. De certa maneira, o processo de canonização discrimina nações em desenvolvimento.

domingo, 11 de novembro de 2012

Escritores lançam livro em Brasília e Juazeiro

Foi lançado em Brasília no dia 9 passado e será lançado no dia 20 em Juazeiro os livros Canções para Abraxas, de Maria Aparecida de Oliveira, e Nacos d´alma de Oliveira., conforme mostra o convite acima. As duas obras estão encaixadas num mesmo volume.

CONHEÇA OS AUTORES
A poeta Maria Aparecida de Oliveira nasceu em Juazeiro do Norte, no ano de 1971. é graduada em letras, com especial destaque na literatura. Produziu suas primeiras poesias aos onze anos, e depois disso nunca mais parou de escrever. Sua imagística se compõe de: Prosa poética, versos psicológicos, poesia moderna com versos brancos cheios de lirismo, ocultismo e muito sentimento. Adotou até então três pseudônimos: Siddha, Daniel Ângelus e Abraxas, que figuram em seu livro Canções Para Abraxas publicado em Agosto de 2012 em Brasília-DF.
Tem publicações junto aos projetos: Armazém do Som e Preformance Poética nas unidades do SESC no cariri cearense, entre os anos de 2002 e 2012. No ano de 2010, publica prosa poética produzindo uma biografia poético-grafada da beata Maria de Araújo, com o intuito de resgatar a história dessa personagem real da cidade de Juazeiro do Norte, cidade onde mora atualmente. Regularmente se apresenta no Centro Cultural Banco do Nordeste – CCBNB, nas unidades de Fortaleza e Juazeiro do Norte no Ceará e Sousa na Paraíba, dentro dos projetos Literatura em Revista e Apreciação de arte.  No ano de 2011 se apresentou no projeto Biguá na cidade de Brasília – DF, e na mostra SESC de cultura, evento de cunho nacional. Atualmente faz parte de dois coletivos de poetas, apresentando-se e produzindo constantemente. 
  
Geraldo José de Oliveira: poeta, bancário, estudante de Gnosticismo e ativista de movimentos estudantis, sindicais, ecológicos e poéticos. Nasceu em 24 de setembro de 1961, nas margens do Açude Poço de Pedras, Sítio Garrote, município de Campos Sales -CE. Ali viveu até os oito anos de idade quando se mudou com a família para Juazeiro do Norte-CE, em 24 de setembro de 1969. Em 1981 residiu no Vale do Itajaí, em Santa Catarina e reside atualmente em Brasília-DF, onde participa de movimentos poéticos.
Começou a escrever aos 17 anos. Em 1981 publicou o seu primeiro livro: "Proibido Olhar" com o patrocínio do GRAPEC, grupo de teatro amador de Juazeiro do Norte. Em 1989 publicou "Proibido voar", tendo participação, também, na Coletânea "O que é o feliz natal? E ano novo o que é?", de 1983/1984, organizado e editado por Stenio Diniz, na Lira Nordestina. Nacos dalma é a epifania do poeta, na busca pela morte/vida/vida/morte/vida, sintetizada nos versos: "Estou calmo, brando, tranquilo, sinto-me, acho, pronto para desaparecer", seguindo o norte da "brilhante estrela guia do estreito e perigoso caminho". Como dizia outro grande poeta do quinto raio: "Quem tiver ouvidos para ouvir que ouça".
(Texto de Cláudia Rejanne Pinheiro Grangeiro) 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Comissão de Finanças da Câmara aprova criação de Universidade Federal do Cariri


Agência Câmara | 09/11/2012 16:50:52
Foi aprovada, pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, a proposta que cria, na cidade de Juazeiro do Norte, a Universidade Federal do Cariri (UFCA). A instituição será integrada pelos campi de Juazeiro do Norte, Barbalha e Crato, antes pertencentes à Universidade Federal do Crato (UFC). Outros dois campi serão criados, nos municípios de Icó e Brejo Santo. As medidas estão previstas no Projeto de Lei 2208/11, do Executivo.
Pela proposta, serão criados 27 cursos de graduação, com a finalidade de atender 6.490 estudantes de graduação e pós-graduação. O projeto de lei ainda prevê a contratação de 197 professores, 212 funcionários de nível superior e 318 profissionais de nível intermediário, bem como 482 cargos de direção e funções gratificadas.

Impacto orçamentário
O governo estima em R$ 9,95 milhões, para 2013, o impacto orçamentário decorrente da criação dos cargos de direção e de funções gratificadas. A respeito dos cargos efetivos a serem criados, o impacto será gradativo: estima-se que serão R$ 13 milhões para 2013, R$ 19 milhões para 2014 e R$ 10 milhões para 2015. Segundo o Executivo, os recursos necessários para atender a criação dos cargos e funções para 2013 foram incluídos na lei orçamentária de 2012.

Renato Casimiro profere palestra na Faculdade Leão Sampaio


O professor Renato Casimiro proferiu ontem a noite palestra na Faculdade Leão Sampaio durante a V Jornada de Psicologia: Arte, Cultura e Historicidades. O evento, organizado pelo Curso de Psicologia daquele centro universitário, foi aberto ontem e terminará no próximo sábado. Renato falou sobre Juazeiro dos Milagres: o impacto histórico do milagre da beata Maria de Araújo. Veja abaixo a programação completa do evento:

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Professores das universidades estaduais denunciam governador


Mano Grangeiro

Seu nome de registro é Francisco Grangeiro Tavares Neves, mas todos o conhecem pelo apelido de Mano, o qual foi adquirido quando criança. O apelido surgiu quando ele foi morar com a tia, dona Toinha Grangeiro (que recentemente completou cem anos de idade). Como era tratado como se fosse irmãos dos filhos do casal José Pereira Gil  (Zé Gil) e dona Toinha, sua prima Gilda (filha de dona Toinha) passou a chamá-lo carinhosamente de Maninho, e o resto da família assim o fez também. Depois, quando ele cresceu, Maninho foi substituído por Mano e daí por diante o Francisco caiu em desuso, e Mano ganhou espaço até hoje.

QUEM É
Mano Grangeiro é um dos mais consagrados atores de teatro de Juazeiro do Norte. É Graduado em Administração pela Universidade de Fortaleza - UNIFOR, especialista em Administração, Finanças e Marketing, pela Faculdade Leão Samapio (Juazeiro do Norte), com foco em difusão e circulação de bens e produtos culturais. Pesquisador nas áreas de cultura e sociedade, religiosidade e gestão cultural. Mestrando em Desenvolvimento Regional Sustentavel pela Universidade Federal do Ceará - UFC - Campus Cariri, com pesquisa sobre CULTURA E DESENVOLVIMENTO. No campo das artes possui trabalhos realizados como ator, encenador, diretor e produtor. Participação no Cinema como Ator, no filme "O Caminho das Nuvens", e Roteiro e Direção do Curta Metragem Documentário realizado com internos da Penitenciária do Cariri - PIRC. Membro do Conselho Editorial do Projeto "Coleção Padre Cícero Romão Batista e os fatos do Juazeiro" - FECOMERCIO-SESC-SENAC-Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte-Fundação Padre Ibiapina. Coautor com a cordelista Maria do Rsário Lustosa da Cruz do livro Guaribas, publicado em 2010. Possui trabalhos publicados em diversas revistas culturais do país e já ministrou muitos treinamentos em sua área de atuação. Foi Gestor Cultural do SESC, de Juazeiro, e  proprietário da loja de confecções Galos. 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

XIV Mostra Sesc Cariri promoverá 3º Seminário Arte & Pensamento: A Reinvenção do Nordeste


O SESC  promoverá no período de 12 a 13 de novembro de 2012 das 09 às 11h e das 14 às 16h, no MEMORIAL PADRE CICERO, em Juazeiro do Norte, Ceará, o 3° Seminário Arte & Pensamento : A Reinvenção do Nordeste. O evento faz parte da 14° Mostra SESC Cariri de Cultura que é de enorme relevância para a região.

Os debates reúnem professores, teóricos, gestores e artistas que atuam no campo da cultura e do pensamento. Serão pautas do encontro: Crescimento econômico no sertão do Brasil; Desenvolvimento econômico e fortalecimento da cultura; Economia e mercado da cultura; Novas Metrópoles do Sertão; Cidades brasileiras do sertão; Cultura e desenvolvimento das cidades; e Processos de produção cultural no Nordeste brasileiro. A expectativa é de que cerca de 200 pessoas participem do seminário.

PROGRAMAÇÃO
Seminário A Reinvenção do Nordeste IV
(Programação sujeita a alterações)
12/11
9h - Conferência
Crescimento econômico e Cultura no sertão do Brasil
Adriano Sarquis (Ipece)
Silvana Lumachi Meireles (Fundaj)
Debatedor: Antonio Alberto Teixeira (UFC)
Mediação: Álvaro Salmito (SESC)
11h - Mesa 1
Desenvolvimento econômico e fortalecimento da cultura
Luís Henrique Romani (Fundaj)
Tibico Brasil (BNB)
Danilo Miranda (SESC/SP)
Profa. Francisca Laudeci Martins (URCA)
Mediação: Rosemberg Cariry (cineasta)
14h – Mesa 2
Economia e mercado da cultura
Antonio Albino Canelas Rubim (UFBA/Secretaria de Cultura da Bahia)
Paulo Linhares (Secretaria de Cultura do Ceará)
Maria Lourdes de Araújo (URCA)
Mediação: Tiago Coutinho Parente (UFC)
16h - Mesa 3
Novas Metrópoles do Sertão
Prefeitos de Mossoró, Campina Grande, Imperatriz, Caruaru e
Juazeiro do Norte.
Mediação: Luís Celestino de França Jr. (UFC)

13/11
9h - Conferência
Cidades brasileiras do sertão.
Fausto Nilo (Arquiteto e urbanista)
Mediação: Élcio Batista (UFC)
11h - Mesa 4
Cultura e desenvolvimento das cidades.
Jawdat Abul ElHaj (UFC)
Diatahy Bezerra de Menezes (UFC)
Josier Ferreira da Silva (URCA)
Mediação: Suely Salgueiro Chacon (UFC)
14h - Mesa 5
Processos de produção cultural no Nordeste brasileiro.
Paulo Leitão (SESC)
Ronaldo Correia de Brito (escritor)
Mediação: Roberto Marques (URCA)
16h - Encerramento
AULA SHOW: SETE VIDAS DA CANÇÃO
Local: Universidade Federal do Ceará UFC
Grupo Mínima Música (UFBA):
Monclar Valverde - voz, piano, sax e composições
Tiago Medeiros – baixo, violão e piano
Gum Bastos – bateria
Mediação: Professora Cecília de Araújo Ferreira Freitas (URCA

SERVIÇO
Local: Memorial Padre Cícero - Juazeiro do Norte
Datas: 12 e 13/11
Horário: a partir das 9h
- As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no ato do credenciamento.
:::Gratuito:::

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Luitgarde comenta artigo de Océlio


A respeito do artigo do professor da Urca Océlio Teixeira de Sousa publicado neste Portal sábado passado, a antropóloga alagoana,  cidadã juazeirense e professora da UERJ Luitegarde Oiveira Cavalcanti Barros escreveu o texto abaixo transcrito:

Ora, ora, Océlio!
Por que estes “tão queridos romeiros” não ficaram SEQUER SABENDO que há CEM ANOS o Padre Cícero, lutou para CRIAR um Município Autônomo, onde eles não sofressem o  mesmo destino do Povo de Canudos?
 Por que será que de 2009 ( Início das COMISSÕES DO CENTENÁRIO)  até hoje as Secretarias de Turismo, Romaria, Cultura  etc  não Conseguiram “Economizar”, de tudo que “os pobrezinhos” gastam no Juazeiro,  os R$ 10.000,00  orçados, nestes sucessivos três anos,  para imprimir as “Lembrancinhas” desenhadas por Renato Dantas para serem distribuídas, em forma de “filipetas”, entre   aqueles por quem o Patriarca tudo sofreu, e que são a única razão de algum TURISTA ir à cidade conhecer este patrimônio imaterial?
Quanto ao Patrimônio Material de Juazeiro, sucessivas “gerações modernizadoras”, com suas respectivas e  “progressistas autoridades” foram “derrubando tudo”,  com o agravante de “os pesquisadores do Juazeiro” não terem o cuidado esperado de “preservadores da memória de um povo”, de sequer fazer  o “registro fotográfico” do bem existente, antes de seu desaparecimento do cenário da cidade. Você quer ver?
Quem fotografou o “pé de tambor”  a cuja sombra  durante décadas o Padre Cícero repousava no Horto e cujas folhas os romeiros levavam como relíquias usadas em chás para curar doenças? Imagine que ele foi destruído, simplesmente para colocar no lugar dele (PASMEM.....A torre para televisão!!!). Será que em toda a extensão do Horto não havia outro lugar? Os intelectuais do Rio Grande do Norte  preservaram um bem natural – O MAIOR CAJUEIRO DO NORDESTE, grande atração turística.
O grande colecionador das coisas do Juazeiro, Renato Casimiro, sabe quem me contou a história desta derrubada, e de como  o narrador descobriu, pelo pranto dos romeiros recolhendo lascas  e folhas do “pé de pau sagrado de meu Padrinho”, o que acabava de ser feito contra a memória do Padre Cícero, único bem que resta a seus seguidores.  O imaginário dos romeiros não se confunde com as concepções de mundo de quem gosta de aparecer, de ser chamado especialista  nas coisas do Juazeiro, ou desfrutar de cargos, de qualquer natureza.
Quem fotografou a casa do Professor Semeão  Macedo onde o Padre Cícero teve o sonho onde Cristo determina sua mudança  para Juazeiro, e permanência  protetora dos miseráveis sertanejos, antes que a PREFEITURA destruísse o maior marco da construção da hoje cidade do Juá? Que movimento foi feito para impedir a destruição da rua onde havia UMA ESCOLA e por onde o Patriarca andou os primeiros passos da hoje tão imensa  localidade, para dar lugar a um estacionamento?
Já não digo impedir a Derrubada, porque na DEMOCRACIA quem É ELEITO tem mais poder que Luiz XIV mas, por que não fotografaram a casa da Beata Bichinha e o INOMINÁVEL ALTAR ONDE O PADRE CÌCERO, DE !910 a 1934 manteve os “PANINHOS” vindos da casa de José Marrocos, ajoelhando-se em sua frente em adoração?
Onde estão os marcos para TURISTA VER, das moradias de Alencar Peixoto, Floro Bartholomeu da Costa, Beata Maria de Araujo, os fundadores do primitivo povoado?
Quem  violou e destruiu o SANTO SEPULCRO, mundo mágico-milagroso dos beatos do Juazeiro e do sertão das romarias?
Quem se opôs ao projeto nefando de REVITALIZAÇÃO DO HORTO, que promoveu desmatamento tão criminoso que até a “estátua quase do tamanho do Corcovado”, oscilou?
Enfim, por que tem de estar aí o italiano Padre Ventureli  desenvolvendo um reflorestamento da serra do Horto, pedido que faço a todos os prefeitos nestes quarenta anos de romaria ao Juazeiro?
 Houve autoridade do Juazeiro que  quase  desertificou a cidade, “arborizando-a com EUCALIPTO!!!
SEM COMENTÁRIO Crítico dos Intelectuais do Juazeiro, quanto mais uma passeata para manifestar uma vontade altiva de defender A TERRA DO PADRE CÌCERO!!
Océlio, paz e bem, e vamos pedir ao Padre Cícero que perdoe todos os nossos erros deliberados ou impensados e nos inspire a fazer coisas sempre dignas das concepções do mundo beato.
Antonio Conselheiro deixou esculpido na fachada da Igreja de Crisópolis: GRANDE SÓ DEUS.
Por que tanta loucura para ser chamado GRANDE isto, Grande aquilo... ?
No Juazeiro, SÓ É GRANDE A CRENÇA NA ENTREGA DO PADRE CÌCERO aos – DESAVENTURADOS,  termo usado por Antonio  CONSELHEIRO ( Discípulo do  Padre Mestre Ibiapina)
Abraço, Luitgarde

NOTA DO EDITOR: Luite, o saudoso Raimundo Gomes de Figueiredo tinha em seu arquivo fotos históricas de Juazeiro Antigo e dentre elas existe uma do famoso pé de tambor do Horto. Este arquivo hoje é propriedade de Renato Casimiro e Daniel Walker. Quanto às denúncias de que os intelectuais não combatem a destruição do patrimônio histórico de Juazeiro, isso é verdade com os intelectuais de ontem, pois os de hoje estão sempre atentos e têm se rebelado através de textos publicados na imprensa. O Portal de Juazeiro desde o tempo em que era Juaonline tem registrado em suas páginas os protestos contra a destruição do patrimônio histórico desta terra abençoada pelo Padre Cícero, destruição esta que é feita pela própria igreja do Padre Cícero, políticos, empresários e os falsos juazeirenses que aqui existem em quantidade exorbitante. O problema é que, hoje, esta cidade não é mais dos juazeirenses autênticos. São poucos os juazeirenses natos e naturalizados que conhecem a história de Juazeiro e lutam pelo seu resgate e preservação. Por isso,  é que a cidade está perdendo a sua identidade de cidade romeira, de passado glorioso, de terra fundada pelo Padre Cícero. O trator da modernidade é potente e passa por cima de tudo, derrubando monumentos, prédios, enterrando pessoas históricas. Logo logo Juazeiro perderá o encanto e será uma grande cidade comum. A gente protesta contra a destruição do patrimônio histórico de Juazeiro e com isso muitos padres, políticos e seus bajuladores já nos olham com ar de reprovação. 
E para provar que estamos atentos às transformações de Juazeiro, abaixo está mais uma de nossas denúncias:

MUDANÇA NO CRUZEIRO DO SOCORRO
O cruzeiro da Capela do Socorro (foto em p&b) era assim no tempo do Padre Cícero e agora está assim, como mostra a foto colorida.  Mais uma obra centenária que desaparece. Parece que as coisas antigas de Juazeiro envergonham as novas gerações. 


domingo, 4 de novembro de 2012

SETUR aponta como positivo o balanço da Romaria de Finados

A Secretaria de Turismo e Romarias apontou como positivo o balanço da Romaria de Finados no período de 28 de outubro a 02 de novembro em Juazeiro do Norte com estimativa de aproximadamente 500 mil romeiros. Na despedida dos fiéis, o Bispo Dom Fernando Pânico externou sua gratidão pelo apoio da atual gestão às festas religiosas extensivo ao titular da SETUR, José Carlos dos Santos. "Com essa romaria, você fechou com chave de ouro o trabalho na secretaria de romarias pela dedicação e amor aos romeiros e transmita ao prefeito Manoel Santana, o meu agradecimento por tudo e esperamos que a próxima administração continue esse trabalho”, declarou o pastor. Zé Carlos, por sua vez, disse que guarda o sentimento do dever cumprido.
Conforme acrescentou, todos os esforços foram feitos visando a melhoria com um acolhimento mais humano, mais digno e respeitoso aos romeiros. Ele reconhece algumas dificuldades nas últimas romarias em virtude das obras do Roteiro da Fé no que se refere ao plano de ordenamento e organização da cidade necessitando adequação entre os canteiros das obras e os espaços dos romeiros e vendedores ambulantes.
Nessa última romaria, Zé Carlos destacou o sistema de saúde que, como disse, funcionou satisfatoriamente por meios das equipes na Basílica, Franciscanos e Horto. Falou ainda que o sistema integrado de segurança atuou a contento mesmo com os aglomerados de pessoas favorecendo os inevitáveis furtos nos momentos de descuidos, bem como a organização do transito pelo Demutran.
O secretário lembrou ser uma romaria diferente quando os fiéis se espalham por toda a cidade. O próprio bairro Franciscanos se transforma em um enorme espaço de acolhida com casas se tornando hospedarias e a completa lotação do Centro de Apoio dos Frades Capuchinhos. O comércio ambulante igualmente chamou a atenção na área e foi necessária uma força tarefa para garantir a limpeza da cidade.
Outra observação de Zé Carlos foi em relação às dificuldades financeiras por conta da seca não impedindo que o túmulo do Padre Cícero fosse o mais visitado do Brasil. Ele destacou ainda a grande cobertura por parte da Imprensa local, regional e nacional já que importantes telejornais como o Jornal Nacional da Rede Globo deram espaços à Romaria de Finados divulgando e promovendo o Juazeiro. (Texto e foto de Demontier Tenório)

Falecimento de Inês Magalhães

Faleceu hoje nesta cidade a Sra. Inês Magalhães. Ele foi durante muito tempo funcionária do Bic-Banco Industrial do Cariri, agência Juazeiro. Como bancária trabalhou também em João Pessoa, Fortaleza e Rio de Janeiro. O corpo está sendo velado no Anjo da Guarda e o sepultamento será no mesmo local às 17h.

sábado, 3 de novembro de 2012

Juazeiro do Norte e o Turismo: algumas questões.



Océlio Teixeira de Souza
Professor do Curso de História da Urca
Membro da Pastoral Diocesana de Romaria

Juazeiro do Norte é um município cuja formação histórica, cultural, religiosa e econômica está intrinsicamente ligada ao Padre Cícero Romão Baptista e aos romeiros e romeiras que para a cidade peregrinam, desde julho de 1889. O Padre Cícero acolhia a todos e a todas com muito carinho. Orientava-os, aconselhava-os e, para aqueles que desejavam estabelecer residência no lugar, ele arrumava trabalho, de modo que ninguém ficava desocupado. Todos e todas tinham uma ocupação e ganhavam honestamente o pão de cada dia.

Seu espírito empreendedor era notável e pode ser resumido na frase: “Que exista em cada casa um oratório, e em cada quintal uma oficina”. Foi com esse lema, oração e trabalho, que ele, com a ajuda de todos e todas, habitantes e peregrinos, transformou, em pouco tempo, o pequeno povoado em uma cidade. A nova cidade cresceu e se desenvolveu, chegando aos cem anos como um dos principais centros urbanos do interior do Nordeste. 
Portando, o Padre Cícero não deve ser visto apenas como um sacerdote dedicado ao seu povo, mas também como político e empreendedor que sempre se preocupou com os problemas sociais e econômicos vividos pelos romeiros, romeiras e moradores de Juazeiro do Norte, principalmente os mais pobres. Ele deve ser para os atuais administradores e empreendedores, um modelo e uma referência.
Fico então me perguntando: o que faria, hoje, o Padre Cícero diante desse boom econômico pelo qual passa a sua amada Juazeiro? E mais especificamente: o que ele diria a respeito das propostas para o desenvolvimento do turismo na cidade?
Os “pontos turísticos” da cidade de Juazeiro do Norte são na realidade locais de romaria e de expressão da fé romeira: a Colina do Horto, o Túmulo do Padre Cícero, o Santo Sepulcro, os Santuários de São Francisco das Chagas e do Sagrado Coração de Jesus, a Basílica de Nossa Senhora das Dores e a Casa do Padre Cícero. Esses lugares constituem a espacialidade romeira. Eles foram sacralizados pela fé de milhares e milhares de romeiros e romeiras. Como então, de uma hora para outra, muitas vezes sem uma discussão ampla e democrática, se resolve intervir nesses espaços? Como construir um teleférico, ligando a cidade à Colina do Horto, sem avaliar se isso está ferindo ou não a sacralidade ali construída, desde a época em que o Padre Cícero subia a serra para descansar? Como colocar um letreiro luminoso na Colina do Horto, reduzindo a imagem do Padre Cícero e a fé romeira a coadjuvantes daquele espaço sagrado? Os danos que essas ações podem causar à história e à cultura de Juazeiro estão sendo avaliados? Ou se está pensando apenas nos lucros que o turismo pode gerar?
 Acredito que o momento é de reflexão. Juazeiro é uma cidade especial e diferenciada em função da figura do seu fundador e das romarias. Assim, toda intervenção na espacialidade romeira deve ser muito bem pensada e avaliada e, sobretudo, deve levar em consideração os sujeitos principais pela construção de Juazeiro do Norte: os romeiros e romeiras. 
Ouso aqui fazer uma sugestão aos atuais e futuros gestores do município: promovam debates e discussões que envolvam os romeiros e romeiras e os diversos segmentos sociais, econômicos, políticos, culturais e religiosos da cidade para aprofundar a política de turismo do município e, especificamente, essas duas obras: teleférico e letreiro luminoso da Colina do Horto. Concluo, parafraseando uma música de Roberto Carlos: “Eu não sou contra o turismo, mas apelo pro bom senso”. Reflitamos.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Dia de Finados no Cemitério da Afagu

A celebração do Dia de Finados no Cemitério Parque Anjo da Guarda é muito bonita. O ambiente é tranquilo, limpo, bem conservado, o oposto do que se pode ver no Cemitério do Socorro, o mais antigo e tradicional da cidade de de Juazeiro do Norte. Estivemos no local para dar cobertura ao acontecimento e as fotos abaixo foram clicadas durante a concelebração da missa das 16 h. O cemitério conta com 1.991 jazigos construídos num total de 5.451 gavetas e já estão foram sepultadas no cemitério 1.878 pessoas (até hoje). O número de jazigos vai aumentar, estando o terreno em fase de nivelamento. Uma coisa interessante que encontramos no local foi um painel onde os familiares das pessoas ali sepultadas escrevem mensagens demonstrando seus sentimentos de saudades. O próximo prefeito de Juazeiro precisa fazer alguma coisa no sentido de melhorar o aspecto do Cemitério do Socorro. Claro que ele jamais poderá ser como o da Afagu, mas se houver interesse e boa vontade por parte do Poder Público e dos familiares das pessoas nele sepultadas seu aspecto melhorará. Não custa nada esperar. 


O dia da saudade


 Esta homenagem, na maioria dos casos, fica restrita ao âmbito particular. As exceções ocorrem com as pessoas famosas, cujos túmulos recebem grande visitação por parte de seus fãs. É o caso, por exemplo, do inesquecível Airton Senna, herói nacional do esporte. Contudo, nada se compara à movimentação da Romaria de Finados em Juazeiro do Norte.
   Ele não utilizava a televisão, nem o rádio e muito menos a internet. Não era um artista internacional fortemente patrocinado pela mídia mundial. Ele simplesmente pregava a palavra de Deus para um povo humilde no sertão do Ceará.
    Sua mensagem de fé e esperança se espalhou sem o auxílio de nenhuma rede social e atravessou décadas e gerações ganhando cada vez mais força.
    Hoje a visitação ao túmulo do nosso Pe. Cícero Romão Batista no dia de Finados se constitui numa das maiores romarias do Brasil. Mas qual o seu segredo para conquistar tantos corações? E por que a maioria dos romeiros são nordestinos? Simples! Pe. Cícero falava a linguagem do povo. Não queria e nem foi revolucionário.02 de novembro. Dia de homenagear, com muita oração, aquelas pessoas que partilharam momentos importantes de nossas vidas, mas infelizmente não estão mais entre nós. Parentes e amigos que descansam no sono eterno, cujas memórias prevalecem numa imensa saudade. Certamente eles agora brilham no céu como estrelas, e nos protegem como anjos do Senhor.
    Quis apenas cuidar de sua gente. Missão esta ordenada pelo próprio Jesus Cristo, em famoso sonho.
   “As coisas de Deus vão devagar e se peça tudo com perseverança que Ele cumprirá a palavra”.  “Quando Deus quer, água fria é remédio”. “Não derrube o mato nem mesmo um só pé de pau”. “Não cace mais e deixe os bichos viverem”. São algumas lições e preceitos vivenciados apenas por quem convive periodicamente com a seca e com o esquecimento dos governos. Só o nordestino decifra a sua mensagem e o promove como membro de sua família, a figura paterna que aconselha e aponta os caminhos. Por isto, tanto carinho ao padrinho.
    Que neste dia da saudade, em meio a tantos visitantes romeiros, consigamos transformar as lágrimas de tristeza em lágrimas de esperança. Que saibamos propagar os ensinamentos de nosso padrinho e de nossos entes queridos na construção de um futuro melhor para nossos filhos!