Uma noite emocionante seria a melhor definição para a sexta-feira quando a Prefeitura de Juazeiro, a Comissão Organizadora do Centenário e o Banco do Nordeste lançaram a Coleção Centenária dos Cordéis. São 100 títulos, sendo 50 clássicos e a outra metade contemporâneos, mas todos os cordéis tendo suas poesias restritas a Juazeiro e o Padre Cícero. Assim, a cidade e o seu fundador ganharam suas histórias narradas em versos. O ato fez parte da Semana do Município em comemoração aos 101 anos de emancipação política de Juazeiro e foi presidido pelo Secretário de Turismo e Romarias, José Carlos dos Santos. O painel, por trás da mesa oficial, estampava: “Juazeiro, um fio de inspiração – uma história em 100 cordéis”. A emoção veio logo no início com uma declamação do Hino Nacional Brasileiro ao som de viola ao invés da execução. Depois, na voz do artista Jota Farias cantando músicas relacionadas com Juazeiro e Padre Cícero. Os poetas irmãos João e Pedro Bandeira fizeram improviso ao som de suas violas e arrancando constantes aplausos. Pedro foi homenageado pela Editora IMEPH, responsável pela edição dos cordéis. Todo esse contexto, levou o titular da SETUR, José Carlos dos Santos, a exprimir sua emoção no discurso. Antes, o professor e historiador Renato Casimiro falou sobre a importância do cordel incursionando pela história dessa literatura junto com a xilogravura. No caso de Juazeiro, citou o Jornal o Rebate como pioneiro em 1909 quando passou a publicar xilogravuras. Renato não esqueceu de fazer menções honrosas ao poeta José Bernardo da Silva criador da Tipografia São Francisco que originou a Gráfica da Lira Nordestina. Já o representante da Editora IMEPH, Crispiniano Neto, ponderou que não se pode contar a história de Juazeiro sem passar pela literatura de cordel. Ele explicou que a cordelteca conta com 800 kits, sendo cada um com quatro pastas que inclui CDs com todos os cordéis. Citou ainda a vastidão de produtos divulgando o Padre Cícero estimando em cerca de cinco mil livros, centenas de músicas, filmes, revistas, documentários, matérias jornalísticas e os próprios cordéis. Já o gerente do Centro Cultural, Paulo Roberto, falou em nome do Banco do Nordeste afirmando que foi em Juazeiro onde a literatura de cordel se tornou realidade e mais se multiplicou. Os kits com cordéis chegarão às bibliotecas das escolas públicas e particulares do município. (Texto e fotos de Demontier Tenório)
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