Cidades famosas pelo mundo afora possuem monumentos que marcam a identidade de cada uma: Nova York possui a Estátua da Liberdade, Paris possui a Torre Eifel, Rio de Janeiro tem o Cristo Redentor. No nosso caso, temos a estátua do Pe. Cicero. Este é o monumento símbolo maior da nossa identidade. E sua presença é suficiente para todos os visitantes saberem que estão em Juazeiro do Norte. Não precisa construírem mais marcos. Certa vez um candidato a vice-prefeito derrotou toda a sua coligação quando comparou a estátua a um elefante branco.
O termo "elefante branco" serve para designar as obras públicas monumentais, onde se gastam muito dinheiro mas, no final das contas, não servem para nada. Por aqui também temos um exemplo: o Luzeiro do Sertão. Esta imensa torre foi ideia de um ministro do turismo meio "maluquinho"; seria o marco da passagem do século. Demorou para ser concluída e a sua área não possui qualquer infraestrutura de acolhimento para turistas. Resultado: está abandonada e só tem serventia para os usuários de drogas.
Com o possível advento do teleférico do Horto, e com a conclusão do Centro de Apoio aos Romeiros, podemos pensar num plano de urbanização de sua área. Já foi sugerida em blogs a construção de um parque. A prefeitura planeja o Estacionamento dos Romeiros. Penso que há espaço para as duas alternativas, só não sei se existe vontade política para uma solução e também reivindico uma providência urgente para que o Luzeiro da Fé não fique enfeando o local como obra não concluída.
Doravante é preciso também que os administradores municipais antes de saírem construindo monumentos grandiosos, convoquem a comunidade para discutir juntos a importância e os possíveis impactos que tais obram acarretam à urbanização, deixando de lado modelos e estruturas existentes em outros lugares e que nada têm a ver com a fisionomia sui generis de Juazeiro do Norte.
Paulo Leonardo Celestino
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