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O Pequeno Príncipe, livro mundialmente conhecido

Lendo estes dias a revista Época fiquei surpresa quando constatei que o livro O pequeno príncipe, do escritor francês, Antoine de Saint-Exupéry, publicado em 1943, nos Estados Unidos, é o livro francês mais vendido no mundo, com cerca de 80 milhões de exemplares e figura na lista dos mais lidos na categoria infantojuvenil nos dias de hoje. Isto quer dizer que é um livro fantástico, mais de setenta anos de sua publicação e ainda desperta o interesse dos leitores em busca da descoberta do essencial da vida. Publicado pela Editora agir ele nunca saiu de catálogo. Este livro marcou a minha juventude e certamente a de muitas colegas dos bancos escolares. Era quase uma obrigação a sua leitura, para depois entabular as conversações, o que trouxe de bom, se deixou alguma lição, se comoveu o leitor em algum momento etc. Tínhamos o costume, naquela  época, de estampar os pensamentos nos cadernos, no diário, nos cadernos de borrões. Que coisa gostosa! Relembrar dá uma saudade danada das colegas, algumas já falecidas e que participaram deste convívio tão sadio e feliz. Embora o conteúdo da fábula enfocado na obra  pareça a primeira vista escrita para crianças, é uma obra interessantíssima para adultos, muito bem traçada sobre a história de uma criancinha loirinha, de cabelos encaracolados que veio de outro planeta em busca da perfeição. Decepções, descobertas, amizade, solidariedade e as fantasias de uma criança que questiona com pureza e ingenuidade as coisas mais simples da vida. À medida que degustava esta deliciosa leitura, em cada página lida a sensação que sentia era de estar sendo  transportada para outra galáxia e que nesta galáxia existia paz, amizade, solidariedade, desapego o que para nós aqui na Terra  é bem difícil de encontrar. Ainda lembro com exatidão de algumas frases que considero geniais: “nós somos responsáveis por aquilo que cativamos”, ou então, “só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”. Nos bilhetinhos e recadinhos que enviávamos para as amigas, tinha que figurar uma dessas frases, pois era como a afirmação daquela amizade, a sensibilidade emergia aos borbotões nos levando a refletir sobre o valor das pequenas coisas, de pequenos gestos, da troca de um sorriso, da afabilidade em prestar um favor ou ajudar o colega com dificuldade em alguma disciplina. A demonstração de afetividade do personagem principal do livro nos remonta à infância e voltam ao coração escondidas recordações, que a poeira do tempo levou e que nos fragiliza assistir a  cada dia a profunda mudança de valores que hoje ocorre, nos ensinando também como nos equivocamos nas avaliações das coisas que nos rodeiam e como esses julgamentos empobrecem a convivência com o nosso cotidiano tão machucado com atos inescrupulosos e de falta de ética e de decoro. Se cada ser humano seguisse as regras do pequeno príncipe a vida seria muito melhor, quando ele diz: “o amor é a única coisa que cresce à medida que se reparte”. Somatizando suas belas palavras, o amor existindo, a paz reina. Portanto, recordem leitores, que acredito que já tenham lido este livro, não tão volumoso, mas que traz na sua essência, a norma de um bem viver, disseminando a semente do amor. Afinal, como diz o Pequeno Príncipe: “O amor não consiste em olhar um para o outro, mas sim em olhar juntos na mesma direção”.