Segundo noticiou o Jornal do Cariri, na coluna de Jota Lopes, os Salesianos esponsáveis pela estátua do Padre Cícero, na Serra do Horto, receberam recursos municipais e estaduais, no valor de R$ 120 mil para reforma do monumento, atualmente em péssimo estado de conservação, conforme a foto acima. Será a primeira restauração geral, desde a sua inauguração em 1º de novembro de 1969, pelo ex-prefeito Mauro Sampaio. As obras ainda não possuem data para início, mas a expectativa é que fiquem prontas antes das comemorações do Centenário do Município, em 22 de julho próximo.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Alunos no combate a dengue na Vila Carité
O Núcleo de Mobilização Social da Secretaria Municipal de Saúde realizou capacitação junto aos alunos da Escola de Ensino Infantil e Fundamental Manoel Balbino na Vila Carité. O trabalho aconteceu em parceria com a equipe se ESF – Estratégia Saúde da Família – 52.
O educador em saúde, Idevânio Carvalho, explica que o projeto tem por objetivo orientar alunos no combate a dengue. O enfermeiro Clodoaldo Leite de Menezes por sua vez, enfatiza que “a idéia é fazer com que alunos atuem como agentes de saúde mirim”.
A diretora da Escola Luciana Barbosa de Oliveira, mostrou-se animada com a participação dos alunos junto à comunidade e confessou que os mesmos estão ansiosos para atuarem no Bairro. Na quinta-feira, 26, os alunos da Escola junto com o PSF 52 e Mobilização Social realizaram uma caminhada na comunidade, orientando os moradores sobre a dengue distribuindo informativos e coletando garrafas plásticas. (Texto e foto de Beto Fernandes)
O Estacionamento Zona Azul começa a valer a partir de hoje.
Todas as cidades do porte de Juazeiro do Norte já possuem o Estacionamento Rotativo Zona Azul. Ainda mais áreas com intenso tráfego de veículos e pessoas como é nossa Rua São Pedro e adjacências. Sem dúvida que é de difícil implantação devido a cultura de nossos condutores. Mas vamos fazê-lo de forma gradativa, em três etapas. A primeira etapa só em 6 quarteirões: R. São Pedro entre as Ruas Alencar Peixoto e Sta Luzia e entre as Ruas Santa Luzia e Conceição; R. Santa Luzia entre as Ruas Pe. Cícero e São Pedro; R. Conceição entre as Ruas Pe. Cícero e São Pedro e entre as Ruas São Pedro e São Paulo e R. São Paulo entre as Ruas Sta. Luzia e A. Peixoto.
Quem mais ganha com o Estacionamento Rotativo Zona Azul é o comércio do centro da cidade que terá rotatividade das vagas de estacionamento existentes nas ruas e, portanto, mais clientes poderão estacionar para fazer compras. Além de ajudar a disciplinar e organizar o trânsito em todo centro.
Outra enorme vantagem é que a organização do Zona Azul propiciará trabalhar outro grave problema que a carga e descarga de mercadorias no centro da cidade. Logo após a estabilização do funcionamento do Zona Azul iremos o problema do Zona Marrom (carga e descarga com horário definido).
PRIMEIRA ETAPA
Cod. | Rua | Quarteirão | Lado | Vaga | |
SP 01 | R. São Pedro | Entre as Ruas Alencar Peixoto e Sta Luzia | Esquerdo | 17 | |
SP 02 | R. São Pedro | Entre as Ruas Santa Luzia e Conceição | Direito | 19 | |
SL 03 | R. Santa Luzia | Entre as Ruas Pe. Cícero e São Pedro | Esquerdo | 19 | |
CO 04 | R. Conceição | Entre as Ruas Pe. Cícero e São Pedro | Direito | 14 | |
CO 05 | R. Conceição | Entre as Ruas São Pedro e São Paulo | Direito e esquerdo | 24 | |
| R. São Paulo | Entre as Ruas Sta. Luzia e A. Peixoto | Esquerdo | 15 | |
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Total de vagas primeira etapa: 108
SEGUNDA ETAPA
Cod. | Rua | Quarteirão | Lado | Vaga |
SP 06 | R. São Pedro | Entre as Ruas Carlos Gomes e Santo Agostinho | Direito | 09 |
SP 07 | R. São Pedro | Entre as Ruas Sto. Agostinho e São Luis | Direito | 08 |
SP 08 | R. São Pedro | Entre as Ruas São Luis e Alencar Peixoto | Direito | 33 |
SP 09 | R. São Pedro | Entre as Ruas Pe. P. Ribeiro e Clóvis Beviláqua | Esquerdo | 21 |
AL 10 | R. A. Peixoto | Entre as Ruas São Pedro e São Paulo | Direito e esquerdo | 23 |
SP 11 | R. São Pedro | Entre as Ruas São Francisco e Cruzeiro | Direito e esquerdo | 19 |
SF 12 | R. São Fco. | Entre as Ruas Pe. Cícero e São Pedro | Direito e esquerdo | 18 |
SF 13 | R. São Fco. | Entre as Ruas São Pedro e São Paulo | Direito | 08 |
CR 14 | R. Cruzeiro | Entre as Ruas Pe. Cícero e São Pedro | Direito e esquerdo | 16 |
CR 15 | R. Cruzeiro | Entre as Ruas São Pedro e São Paulo | Direito e esquerdo | 22 |
PC 16 | R. Pe. Cícero | Entre as Ruas Cruzeiro e São Francisco | Direito e esquerdo | 19 |
PC 17 | R. Pe. Cícero | Entre as Ruas São Francisco e Conceição | Direito | 11 |
PC 18 | R. Pe. Cícero | Entre as Ruas Conceição e Santa Luzia | Direito | 12 |
SA 19 | R. São Paulo | Entre as Ruas Cruzeiro e São Francisco | Direito | 11 |
Total de vagas segunda etapa: 230
TERCEIRA ETAPA
Cod. | Rua | Quarteirão | Lado | Vaga |
SP 20 | R. São Pedro | Entre as Ruas Leão XIII e Pio X | Direito e esquerdo | 22 |
SP 21 | R. São Pedro | Entre as Ruas Pio X e São Bernardo | Direito e esquerdo | 71 |
SP 22 | R. São Pedro | Entre as Ruas São Bernardo e Seminário | Direito e esquerdo | 19 |
Total de vagas terceira etapa: 112
Cláudio Luz
Secretário de Segurança Pública e Cidadania
de Juazeiro do Norte/CE
domingo, 29 de maio de 2011
Inventário da imprensa juazeirense
O inventário da imprensa de Juazeiro do Norte, que está sendo organizado pelos pesquisadores Renato Casimiro e Daniel Walker, não para de crescer. Na Exposição da Imprensa Juazeirense realizada em 18 de julho de 2009, no Centro Cultural Banco do Nordeste, a lista contava com 330 jornais. Atualizada para os dias de hoje, a lista chega a 446 títulos, com um acréscimo de 116 títulos, e esse número pode ser maior ainda porque alguns jornais podem ter circulado sem que os pesquisadores tenham tomado conhecimento da sua existência. É bom lembrar que nessa lista consta apenas a mídia impressa. Como a grande maioria desses jornais já morreu é comum se referir a Juazeiro como sendo uma cidade cemitério de jornais. Faz sentido. A título de curiosidade informamos que o jornal campeão em número de edições é o Folha da Manhã, editado por Demontier Fernandes, ainda em circulação.
É preciso cuidado na nomenclatura dos logradouros
Vez por outra falamos aqui sobre esta questão da nomenclatura de ruas, praças e outros logradouros públicos de Juazeiro do Norte. Em princípio, seria desejável que o critério da designação fosse, primordialmente, o do merecimento - não só pessoal, mas por seu envolvimento com o desenvolvimento da cidade, como agora escutamos a informação de que o nome de Francisco de Assis Ferreira dos Santos – o sempre lembrado cronista Assis Ferreira, será dado a uma das nossas novas ruas, homenagem justa e merecida. Um outro fato que se verifica é a confusão que se faz com estas atribuições, devido à falta de arquivos organizados, o que muitas vezes ocasiona as duplicidades ou mesmo as supressões de homenagens já concedidas, não bastasse a nossa curta memória. Vejamos um caso bem simples verificado desde há uns 50 anos. A Rua São Cândido mereceu este nome, conforme se lê no livro de Mário Bem (casualmente é o endereço residencial do próprio autor) pela Lei 134, de 02.03.1961, aprovada pela Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, então dirigida por Antonio Fernandes Coimbra (Mascote) e sancionada pelo então prefeito Dr. Antônio Conserva Feitosa. No catálogo telefônico de Juazeiro do Norte, de 1966, esta rua já está denominada como Pelúsio Correia de Macedo (antiga rua São Cândido), por outra lei (não sabemos o número), assinada pelo presidente do legislativo, o mesmo Antônio Fernandes Coimbra (Mascote), e sancionada pelo então vice-prefeito Edward Teixeira Férrer, na interinidade (pela licença do titular, cap. Francisco Humberto Bezerra). Na prática, que nos lembremos, esta rua nunca foi efetivamente denominada como homenagem a Mestre Pelúsio. Enfim, Pelúsio Correia de Macedo só é, realmente, designado como patrono de uma rua, através da Lei 2322, de 09.11.1998, sendo, conforme anota Mário Bem, “A 4ª. rua paralela leste à Av. Humberto Bezerra, com início na rua vaqueiro Raimundo Jacó, sentido Sul/Norte, conjunto Almino Loiola de Alencar (Bairro Leandro Bezerra).” E a Rua São Cândido, legalmente, teria voltado a ser assim denominada nesta data. Mas, realmente, acreditamos, seus residentes nunca deixaram de ter seu domicilio na tão conhecida Rua São Cândido. Também existe o caso concreto do beato José Lourenço que está homenageado com três ruas. E o pior é quando a Câmara homenageia uma pessoa com nome de rua e mais tarde a mesma rua recebe outro nome, sem que uma lei tenha anulado a homenagem anterior. Felizmente, a Câmara atual está tendo o cuidado de deixar arquivado para consulta dos pósteros todas as leis aprovadas com denominações de ruas, pois assim se evitará que algum nome seja "cassado" injustamente, como já aconteceu justamente com a rua que foi batizada com o nome do sogro do editor deste blog, sendo preciso se criar outra lei refazendo a homenagem, mas noutra rua. E como a prefeitura nunca colocou placa com o nome da rua, a família (agora mais prevenida) resolveu fazê-lo por conta própria. Como diria Assis Ferreira: coisas da Terra dos Milagres.
Agradecimento
A Família da professora Raimunda Paiva Teixeira, conhecida como dona Mundinha, agradece a divulgação da homenagem que foi levada ao conhecimento dos internautas através do Blogdojuaonline, dos seus 100 anos de vida. Agradecemos ao Sr. Daniel Walker e a Sra. Tereza Neuma por um lindo scrap book da querida Mestra Mãe.
16 DE AGOSTO DE 1907. Circula um boletim conclamando a população do povoado de Juazeiro para “uma reunião cívica, sem cor política” em prol da independência do povoado de Juazeiro (ou Joaseiro como era grafado naquela época) desmembrando-se da tutela da cidade do Crato. O boletim, na verdade, o primeiro documento histórico daquele vitorioso movimento, apresentava o seguinte teor:
BOLETIM. Ao povo de Juazeiro. Domingo próximo, 18 de agosto de 1907, ao meio-dia, realizar-se-á uma reunião cívica, sem cor política, em casa do prestimoso cavalheiro major Joaquim Bezerra de Menezes, devendo tratar-se do engrandecimento desta florescente povoação. É absolutamente desnecessário declarar que a reunião, visando somente um fim patriótico, deve contar com o vosso franco e decidido apoio, pois em falando-se de melhoramento a este torrão abençoado, tão querido, fostes sempre animado pela chama de um acrisolado patriotismo. É chegado o momento de pugnarmos com alta energia e valor pela nossa elevação social, elevando Juazeiro à categoria de Município, aumentando assim a importância de toda zona do Cariri que bem merece os vossos serviços para chegar ao grau de prosperidade de que é digno. Tenhamos confiança no futuro e podemos aguardar os louros de uma esplendente vitória. À reunião. Juazeiro, 16 de agosto de 1907.
SAIBA MAIS. Há fortes indícios de que o autor do boletim acima foi mesmo o padre Alencar Peixoto, que havia chegado ao povoado há poucos dias. Assim, isto já pode ser considerado como sua primeira contribuição à causa da independência de Juazeiro. A segunda foi a fundação do jornal O Rebate.
18 DE AGOSTO DE 1907. A reunião referida no boletim acima transcrito aconteceu no dia previsto, mas certamente não teve grande repercussão porque somente no dia 18 de julho de 1909, portanto, dois anos depois, surgiu um fato realmente decisivo para dar continuidade à luta pela independência de Juazeiro, que foi a fundação do jornal O Rebate. Durante aquele período de dois anos (1907-1909) não há registro de nenhum fato importante, como reunião, passeata ou concentração pública em prol da independência de Juazeiro. Este movimento inicial contava com a participação das seguintes pessoas: Joaquim Bezerra de Menezes, João Bezerra de Menezes, José André de Figueiredo, Francisco Néri da Costa Morato, Manuel Vitorino, Cincinato Silva, padre Alencar Peixoto e outros. Padre Cícero, nesse primeiro momento, não apareceu.
SAIBA MAIS. Em sua edição de 25 de setembro de 1910, o jornal O Rebate noticiou que major Joaquim Bezerra tentou reunir, pela segunda vez, em sua casa do sítio Salgadinho, pessoas entusiasmadas com a independência do povoado. Mas o prefeito do Crato, Cel. Antônio Luís, “enviou um grupo de cangaceiros armados para terminarem a reunião”, escreveu O Rebate.
(Fonte: História da independência de Juazeiro do Norte, de Daniel Walker)
Mais uma casa de família conhecida vai ao chão
Aqui existiu até poucos dias a casa residencial de um conhecido comerciante juazeirense: o Sr. Genésio Matos, proprietário de uma loja famosa localizada no cruzamento das Ruas Dr. Floro com São Pedro. A casa foi ao chão e segundo nos informaram em seu lugar será construído um estacionamento para veículos. Recentemente Juazeiro está convivendo com esta nova realidade em sua arquitetura: prédios antigos de famílias tradicionais da terra vão ao chão para servir de estacionamento de veículos a fim de atender à grande demanda de espaço exigida para acomodar uma gigantesca frota de veículos que não para de crescer. É uma pena, mas a cidade cresce passando por cima do seu passado.
sábado, 28 de maio de 2011
Apresentamos esta raridade do arquivo de dona Zezé Barbosa, mostrando os Canarinhos do Cariri, coral criado pelo ex-diretor do Colégio Salesiano São João Bosco, em meados de 1960, pelo padre Oswaldo de Freitas (falecido). Na época desta foto os integrantes do Coral usavam o uniforme de gala (sapatos pretos, calça branca e jaqueta vinho) com o qual se apresentava em ocasiões solenes. Este coral, que teve várias formações, chegou a fazer enorme sucesso, tendo se apresentado também em outras cidades fora do Cariri e até na capital cearense. Quem está na foto?
UFC Cariri com mais dois mestrados
O reitor da Universidade Federal do Ceará, professor Jesualdo Farias, em sua mais recente viagem a Juazeiro, para o lançamento do 21º Cine Ceará, informou que estão confirmados mais dois mestrados a serem ministrados no campus Cariri: um de Matemática e outro de Agronomia. Na mesma oportunidade informou ainda que está envidando todos os esforços junto ao MEC para consolidar a transformação do Campus Cariri da UFC, sediado em Juazeiro, em Universidade Federal do Cariri, concretizando assim um velho anseio da comunidade juazeirense. As informações foram recebidas com muito entusiasmo e estão obtendo excelente repercussão no Cariri.
Desembargador juazeirense recebe Medalha Padre Cícero
Na noite de sexta-feira passada, 27, durante missa celebrada na Basílica Santuário de Nossa Senhora das Dores pelo bispo Dom Fernando, foi realizada pela Câmara Municipal a solenidade de entrega da Medalha Padre Cícero ao desembargador do Tribunal de Justiça do Ceará Teodoro Silva Santos. Nomeado recentemente pelo governador Cid Gomes, ele é o primeiro filho de Juazeiro do Norte a ocupar este posto, que é o mais alto da magistratura. Para saudar o homenageado usou da palavra o ex-governador do Ceará Adauto Bezerra, que num eloquente discurso chegou a comover o desembargador, cuja história de vida, de tão bonita, segundo o orador, daria um livro. Em seu discurso de agradecimento o Dr. Teodoro fez questão de ressaltar o seu grande amor à terra natal e a sua imensa devoção ao Padre Cícero, além de destacar a sua trajetória de vida, como pessoa de origem familiar simples, mas que jamais deixou de seguir os conselhos do pai que o orientou para crescer na vida através do estudo. E foi assim, com determinação e ancorado nos conselhos do pai, que iniciou uma carreira na magistratura até chegar ao posto mais elevado. Após a cerimônia o homenageado foi bastante aplaudido e cumprimentado pelos presentes à solenidade, a qual compareceram figuras graduadas da magistratura cearense.
O Ato de nomeação do desembargador Teodoro Silva Santos foi feito pelo governador Cid Gomes em 14 de abril passado e ele assumiu a vaga destinada ao quinto constitucional do Ministério Público Estadual, a última das 16 vagas de desembargador criadas em 2009. Ao todo, o Tribunal de Justiça do Ceará - TJCE tem 43 desembargadores.
Dr. Teodoro nasceu no dia 23 de maio de 1957. É graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade de Fortaleza (Unifor). Foi delegado de Polícia Judiciária de Rondônia e promotor de Justiça do MP do Ceará (1993-2010). Ingressou no Ministério Público em 2 de setembro de 1993, com exercício na Promotoria da Comarca de Solonópole. Tem curso de Especialização em Direito Processual Penal pela Universidade Federal do Ceará (UFC), em Direito Constitucional pela Unifor, além de Mestrado em Direito Constitucional, também pela Unifor. Integrou o Conselho Superior do Ministério Publico, foi professor permanente da Escola Superior do Ministério Público, professor de graduação e pós-graduação do curso de Direito da Unifor e professor visitante da Faculdade 7 de Setembro (FA7).
A época dos bibelôs
Lembro-me quando criança, que no centro da sala de visitas de minha casa ficava repleto de bonecas, vasinhos, bules, xícaras, pratos todos de louças que encantavam os meus olhos. A vontade que tinha era de brincar, de usar como brinquedo, mas a proibição era assustadora. Nem passar perto era permitido porque poderia quebrar uma dessas preciosidades. O jeito era só observar de longe e ficar com água na boca para traquinar. Naquela época era comum a sala de visita das residências haver quatro cadeiras de palinhas com capas no encosto, em algumas capas bordavam-se as iniciais do casal e na entrada da sala era posto encostado à parede uma chapeleira móvel que antigamente se usava. Era chique, pois naquela época os homens usavam chapéus. Em um dos meus aniversários infantis recebi de presente um casal de bonecos de louça, a menina e o menino, como eram lindos! Ela vestida de rosa e azul, saia rodada e um ramalhete de flores nas mãos; ele vestido de calça azul e camisa de listra amarela com as mãos para trás. Eles ornamentavam a penteadeira que existia no meu quarto. Era costume também colocar na parede prateleiras com estes enfeites em tamanho miniatura. Remexendo em minha memória, aflora uma loja que existiu na Rua São Pedro, próximo à Rua da Conceição especializada em enfeites, a maior parte composta por peças de louças e de porcelana, era a loja de seu Adalberto Gomes. O sortimento era enorme, peças lindíssimas com Romeu e Julieta, relógios, espelhos, castiçais, jarros de todos os tamanhos, andorinhas de vários tamanhos, pinguins de vários modelos que eram colocados em cima da geladeira. Na Igreja Matriz existiu um par de jarros enormes que ornamentavam antigamente o altar de Nossa Senhora das Dores, com desenhos de paisagens. O que vemos nas lojas hoje a maior parte são enfeites de resina, e o tempo dos bibelôs já se foi, deixando-nos uma tênue lembrança que nos remonta a estes pequenos objetos caprichados de uma beleza sem par.
- Fui até a casa de d. Assunção Gonçalves que é aficionada por objetos antigos, miniaturas e aproveitei para bisbilhotar e expor através de fotos um pouco do seu acervo de peças antigas.
- As peças mostradas nas fotos abaixo são minhas e pertenceram à minha mãe, foram compradas na Viana Leal, famosa e tradicional loja de Recife. Mamãe viajava sempre a Recife para fazer compras de quadros pintados, da artista plástica Amália Rocha, os motivos eram paisagens ou belas japonesas que já eram encomendados com muita antecedência.
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