quarta-feira, 27 de abril de 2011

Padre Murilo, o Vigário do Nordeste

O assunto do momento em Juazeiro é a questão judicial movida pela Diocese do Crato para revogar a venda de um terreno localizado neste município tendo como vendedor a Irmandade de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, representada pelo falecido Pe. Murilo de Sá Barreto, e como comprador o senhor Francisco Francisco Pereira da Silva, proprietário da E.P.E Empreendimentos. O terreno (na época baldio  e alvo de invasão pelos sem-teto) foi vendido por 200 mil reais, em 1995, e hoje (bastante valorizado) está avaliado em 20 milhões de reais, pois nele está situado o loteamento Vila Real II. Segundo documentação apresentada pelo comprador, o terreno foi pago e quitado, mas a escritura somente foi passada para o seu nome depois que Pe. Murilo morreu. É justamente por isso que a Diocese quer anular a venda. Por conta da polêmica travada entre as duas partes, familiares, amigos e admiradores de Monsenhor Murilo estão insatisfeitos pela forma como o nome dele aparece na questão. A Diocese emitiu nota de esclarecimento na qual faz questão de ressaltar que quer em “primeiríssimo momento ser o instrumento jurídico manejado em defesa da integridade da memória, da pessoa, da honra e do trabalho de Monsenhor Francisco Murilo de Sá Barreto, possivelmente induzido em erro e ludibriado em sua boa fé”.  
     Se ele vendeu o bem,  recebeu o pagamento e deu quitação, praticou uma transação legal como muitas que fizera durante os quase 50 anos que passou como vigário da Matriz de Nossa Senhora das Dores, sem nunca haver sido contestado pela Diocese do Crato. Então, com esta transação não poderia ser diferente, porquanto ele sempre agiu corretamente no exercício da sua função.
     Mas pela forma como a questão está sendo  apresentada e as inevitáveis especulações que estão sendo formadas, o que  se constata é que o nome do saudoso vigário da Matriz de Nossa Senhora das Dores está sendo alvo de recriminação. Entretanto, quem o conheceu  sabe que ele foi sempre uma pessoa honesta e que pautou sua vida dentro dos princípios da moral e da probidade, sendo, portanto, incapaz de praticar qualquer ato que desabonasse seu caráter. Afinal, não foi sem merecer que ele recebeu o título de Vigário do Nordeste. Fica aqui a nossa solidariedade à família de Monsenhor Murilo. Seu nome é brilhante e reluzirá sempre.    


Um comentário:

Dihelson Mendonça disse...

Amigos, estou levando essa feliz postagem para o JORNAL CHAPADA DO ARARIPE, a fim de dar maior visibilidade também, bem como colocando os devidos créditos a vocês, como Colaboradores.

Um forte abraço, e disponham também de nós.

Dihelson Mendonça

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