Foto é uma coisa que curto muito e por isso retorno esta semana com fotos que não fazem mais parte de nossos dias e que na época áurea fizeram muita gente feliz. E sem contar a beleza da foto preto e branco. Escolhi algumas.
- O tempo levou também a formatura em Corte e Costura. Quanta gente conseguiu se habilitar nesta profissão. Fiz este curso oferecido pela Lojas Credilar em parceria com a Singer. Era um Curso relâmpago, um mês de duração. Nesta foto é vista d. Olindina, governanta de Mons. Murilo de Sá Barreto que exerceu o sacerdócio em nossa cidade durante 48 anos. Dona Olindina era uma pessoa amável, excelente cozinheira e doceira. Sempre recebia muito bem às pessoas que visitavam a Casa Paroquial a procura de Pe. Murilo. Um amor de pessoa que deixou muitas saudades.
- Perdurou por muitos anos nos colégios juazeirenses (e em outros lugares também) o costume de tirar a foto do aluno exibindo a Bandeira Nacional e o ano que cursava. Era uma febre. Os fotógrafos pediam permissão aos diretores para visitar cada sala de aula e entregavam a cada aluno um comprovante. Esse comprovante era na verdade um documento de adesão dos pais, autorizando o serviço que era realizado por profissionais que vinham de outras cidades. Com a confirmação assinada pelos pais e o pagamento antecipado, o aluno se submetia a seção de fotos, ou melhor, a sala de aula em peso deixava de assistir aula, para posar. Era um verdadeiro reboliço na escola quando chegava a visita dos fotógrafos, os alunos ficavam na porta da sala de aula esperando a visita. Hoje, não temos mais este estilo de foto. Coisa assim hoje é considerada cafona. O garoto da foto acima é Luiz Afonso Cordeiro Barbosa, filho de minha amiga e vizinha Fancisquinha (casada com Severino Barbosa), hoje residente em Fortaleza.
- Bebezinho só de fraldinha deitado de bruços era uma obrigação em tempos memoráveis, hoje as crianças já não ficam deitadas no colo, rapidamente ficam em posição bem durinhas, dizem assim já está de pescoço durinho. Que gracinha!
- Bacia de alumínio ou de zinco para banhar nenen, há muito tempo que não se usa mais. O que temos hoje é banheira plástica de várias cores, de vários modelos e tamanhos. Foto assim não temos mais o privilégio de ver.
- Noutras eras se costumava retratar como última lembrança a foto de pessoas mortas, no caixão. Ainda bem que esta moda não pegou. Mencionei isso somente para lembrar que já existiu este tipo de foto. As fotos eram clicadas por fotógrafo profissional, geralmente durante o velório ou quando o enterro chegava ao cemitério.
Aproveito para agradecer a minha amiga Francisquinha que me conseguiu estas relíquias, para um momento de curtição e de lembranças.
E-MAILS RECEBIDOS:
- Acabei de ler seu artigo referente à Feirinha e o Campo Florestal. Claro que deixa saudades... Sempre quando passo em frente ao Campo Florestal, lembro com saudades o meu tempo de Fadinha e de Bandeirante. Nessa última vez que estive aí até comentei com o Ossian e Andréa, e comecei a cantar a Promessa da Bandeirante, que diz assim: Eu prometo neste dia cumprir a lei, sou Bandeirante, Senhor e Rei ... Éramos felizes e não sabíamos.
Marleide Fernandes Guimarães, Fortaleza
Resposta: Oi prima, sabe que este gostinho de saudade sempre me aparece e repito o seu refrão, éramos felizes e não sabíamos.
- É muito bom lembrar coisas e fatos que marcaram a época maravilhosa que vivemos na nossa querida Juazeiro. A feirinha ínesquecível... Lembrei-me da limpeza que ao redor das banquinhas ficava, não se encontrava uma casca de pitomba e nem bago de cana. Limpavam tudo e colocavam o lixo em um tambor pintado de verde com letreiros pretos: P M J adm. cap. Humberto Bezerra “Cidade limpa povo sadio”. Estes tambores ficavam nas esquinas. Tínhamos também naquela época um excelente secretário municipal, Sr. Gumercindo Ferreira Lima, que mantinha a cidade, ruas e praças sempre limpas e arborizadas, como tem mesmo que ser. ADOREI!!! RECORDE MAIS..
Tereza Fátima, Juazeiro.
Resposta: Tereza, realmente é maravilhoso relembrar momentos que vivemos e que nos fizeram felizes. As feirantes tinham o maior cuidado com a limpeza e com o local que abrigava suas banquinhas. Traziam de casa a vassoura e pá e não deixavam nenhuma sujeirinha. E tendo como base a fiscalização do administrador de obras o Sr. Gumercindo Ferreira, um cidadão de ombridade que segurava com unhas e dentes o cargo que lhe foi oferecido pelo então prefeito capitão Humberto Bezerra. E assim depois de toda orientação recebida elas continuaram por muitas anos bem educadas e ordeiras até o final da feirinha. Aproveito a dica da Feirinha e lembro que esqueci de mencionar o gostoso filhós que quando dávamos uma mordida estalava dando a impressão de que ia quebrar os dentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário