Os três homenageados com a Medalha Memórias de Juazeiro foram saudados pelo editor deste blog, Daniel Walker, o qual pronunciou o discurso biográfico abaixo transcrito:
VALDETÁRIO PINHEIRO MOTA
Probidade acima de qualquer suspeita - Imparcialidade na hora de julgar - Cultura humanística - Aplicar a lei com segurança e ter competência sem precisar ser arrogante. Todo juiz deveria ter estas qualidades, mas hoje lamentavelmente nem sempre é o que se ver.
Felizmente na cidade de Juazeiro do Norte existiu de
E foi justamente isso – homenagens - que ele recebeu durante a vida e se prolongando depois da morte, como é o caso desta que hoje recebe post mortem através da Associação dos Filhos e Afilhados de Juazeiro do Norte, que o condecora com a Medalha Memórias de Juazeiro.
Mas falemos um pouco da biografia do homenageado. VALDETÁRIO PINHEIRO MOTA nasceu em Fortaleza no dia 1º de novembro de 1911. Se fosse vivo, hoje seria centenário como o município de Juazeiro do Norte. Foi casado com Laura Bastos Mota de cujo consórcio nasceram seis filhos, todos bem criados e dignos da sua linhagem genética: Francisco Suderlan, técnico da CAGECE, já falecido; Francisco Suenon Bastos Mota, desembargador como o pai e também como o pai, juiz de Juazeiro; Maria Perpétua, bibliotecária aposentada; Francisco Suetonio, engenheiro com doutorado, aposentado; Francisco Sulivan, médico; Francisco Suarez, bancário.
Estudou as primeiras letras no distrito de Suçuarana, no município de Iguatu, de onde saiu para prosseguir os estudos
Iniciou sua vida profissional na cidade de Acopiara, com ação nas comarcas de Saboeiro, Várzea Alegre, Solonópolis, Iguatu e Senador Pompeu, todas no Estado do Ceará.
Em 1939 ingressou na magistratura através de Concurso, e foi nomeado para a comarca de Milagres em 1939. Foi juiz de Direito das comarcas de Mauriti, Cedro, Missão Velha, Uruburetama, Lavras da Mangabeira e Juazeiro do Norte.
Removido para Fortaleza atuou em várias zonas eleitorais, servindo ao Tribunal Regional Eleitoral. Aí, em virtude de relevantes serviços prestados, foi agraciado com a medalha comemorativa do Centenário do Fórum Clóvis Beviláqua.
Como juiz de Direito Dr. Valdetário Pinheiro Mota teve participação em comissões e incumbências de importância, com destaque para a presidência da Comissão de Instalação do Sistema Penitenciário do Ceará.
Atingiu o ápice da carreira de magistrado ao ser nomeado Desembargador em 1967, aos 56 anos de idade, mas, infelizmente, foi o mais breve período cumprido por um magistrado na Corte de Justiça do Estado do Ceará, porque faleceu em Fortaleza, vítima de infarto do miocárdio, no dia 25 de abril de 1968.
É um dos patronos do Instituto dos Magistrados do Ceará, entidade que o prestigiou com a criação de uma medalha batizada com o seu nome a qual tem por finalidade homenagear anualmente magistrados, juristas eméritos e outras pessoas que tenham prestado serviços à magistratura.
Mas neste momento, quando a AFAJ nos proporciona uma solenidade festiva com perfil genuinamente juazeirense, gostaria de destacar da biografia do nosso homenageado um pouco da sua passagem pela nossa cidade.
Ele foi juiz de direito da comarca de Juazeiro de 1958 quando sucedeu ao titular Dr. Armando de Sousa Louzada até 1962, quando foi sucedido pelo juiz Dr. Cândido Couto.
Sua curta, porém eficaz passagem por nossa cidade deixou uma marca indelével, e sua conduta ainda hoje é lembrada com saudade e orgulho pelos que o conheceram, pois com um olho no código e o outro no bom senso sempre soube fazer justiça sem cometer engano. Procurou sempre ser um bom juiz, pois sabia que, segundo disse José Américo: “O mau juiz é o pior dos homens”.
Eu ainda o conheci e tive também o prazer de conhecer alguns dos seus filhos no meu tempo de adolescente. Sobre ele cheguei a ouvir bons comentários e depoimentos sinceros de pessoas que o conheceram, como meu pai Zeca Marques, Dr. Geraldo Barbosa, o radialista Coelho Alves, o vigário Padre Murilo de Sá Barreto, os vereadores Gumercindo Ferreira Lima e José Carlos Pimentel, além de tantas outras pessoas que não economizaram palavras e foram unânimes ao descrever a personalidade marcante do Dr. Valdetário.
Ele não foi um juiz como muitos que apenas mandam cumprir a lei. Na verdade, notadamente em Juazeiro onde foi possível constatar, ele fiscalizava rigorosamente o cumprimento da lei.
No tocante à vigilância aos menores, ele chegou a comparecer, acompanhado de comissários (meu pai era um deles) às casas de diversão para impedir a entrada de menores a esses locais.
Foi ele quem fundou o Comissariado de Menores de Juazeiro do Norte, convocando para assumir o cargo de comissário diversas pessoas da comunidade que ao convite aquiesceram com prontidão. Esta instituição existe até hoje.
Segundo um depoimento que me foi prestado pelo escritor Raimundo Araújo, Dr. Valdetário era muito religioso. Assistia à missa e comungava todos os domingos. Era também uma pessoa humanitarista. Excelente pai de família e esposo exemplar.
Pelos relevantes serviços prestados recebeu de Juazeiro justas homenagens. O Instituto Cultural do Vale Caririense o tem como Patrono da Cadeira nº 34, ocupada inicialmente pelo advogado João Vasques Landim e atualmente, pelo odontólogo Antônio Arnaldo Onofre de Alencar.
Em
A proposta na Câmara Municipal foi uma iniciativa, do então vereador Cícero Mozart Machado, tendo sido aprovada por unanimidade. O evento, realizado em magnífica sessão solene, foi um dos mais concorridos até hoje verificados naquele legislativo, porquanto lá estiveram representações de todo o Cariri, tendo à frente os seus respectivos prefeitos municipais. O fato comum aos homenageados foi relembrado pela investidura dos quatro como juízes e promotor da Comarca de Juazeiro do Norte.
A passagem do Dr. Valdetário Pinheiro Mota como juiz de Juazeiro é um capítulo de raro esplendor na história da Justiça de nossa cidade. Um exemplo dignificante de probidade, imparcialidade, cultura humanística e competência a ser seguido. Deus precisava de uma pessoa assim, por isso o levou cedo. ▼
ORLANDO BEZERRA DE MENEZES
Quando Orlando Bezerra assumiu o cargo de prefeito de Juazeiro, em 25 de março de 1971, para um reduzido mandato de apenas dois anos, ninguém imaginava que ele pudesse fazer uma grande administração.
Afinal, era a primeira vez que a política juazeirense experimentava esse tipo de mandato excepcional que foi criado pelo governo militar a fim de fazer coincidir, em 1974, todas as eleições.
Sem se preocupar com o exíguo mandato, mas estruturado num bom planejamento administrativo, ele realizou o que muitos prefeitos não conseguiram realizar num período normal de quatro anos.
Político experiente, com dois mandatos de vereador no currículo e possuidor de grande popularidade, o prefeito do “mandato tampinha” como foi apelidado pelo jornalista Aldemir Sobreira, percebeu que não podia perder tempo, e por isso deu a todos os projetos idealizados um cunho de prioridade máxima, pensando rápido e agindo depressa.
Baseado no que disse Humberto de Campos, segundo o qual “Em política é a mesma coisa que em religião: o essencial não está na profissão do credo, mas sim na prática das obras”, Orlando tão logo assumiu o cargo de gestor municipal, tratou de mobilizar todos os meios ao seu alcance para engrenar a máquina pública no caminho da eficiência e da modernidade, contemplando a um só tempo saúde, educação, cultura, transportes e turismo. Para cada um desses setores deixou uma obra com marca registrada.
Naquele tempo, apesar de já ser uma cidade bastante conhecida e visitada por turistas de todo o Brasil, Juazeiro não dispunha ainda de um hotel para hospedar condignamente os visitantes. Essa preocupação já havia sensibilizado um grupo de cidadãos da terra que num esforço arrojado fundara a Companhia Melhoramentos de Juazeiro, e uma das suas metas era justamente dotar a cidade de um majestoso hotel, cuja construção chegou a ser iniciada, e depois interrompida, por falta de recursos.
Orlando resolveu assumir pela prefeitura a continuação do empreendimento, e em pouco tempo concluiu a construção do Hotel Municipal, um prédio de três andares com 43 apartamentos, três suítes, localizado no centro comercial da cidade. Sua inauguração foi um marco da sua administração e deu novo alento ao setor turístico local.
Paralelamente a isso, investiu também na construção de uma estação rodoviária, à época uma necessidade premente para dar resposta ao grande fluxo de ônibus intermunicipais e interestaduais que integrava Juazeiro ao resto do Brasil. Há muito tempo a comunidade juazeirense reclamava um empreendimento dessa natureza.
De olho na educação, ele construiu em tempo recorde duas grandes escolas: o Grupo Escolar Padre Murilo e o Grupo Escolar Irmã Ivã, e dessa forma abriu cerca de duas mil vagas na rede de ensino público municipal. E fez mais, investiu também na alfabetização de adultos, auxiliando o trabalho desenvolvido pelo Mobral que passou de 29 para 135 postos de atendimento, sendo 14 localizados na zona rural.
Voltando suas atenções para a saúde e, mais especificamente, focando suas ações na assistência à criança, ele construiu com apoio da LBA (Legião Brasileira de Assistência) o Hospital Infantil Estefânia Rocha Lima, o qual foi durante muito tempo referência nesse tipo de atendimento em todo o interior do Ceará.
Juazeiro tem uma tradição teatral muito forte e já deu ao Brasil muitas celebridades. Porém, até então, não contava com um teatro onde a arte da encenação pudesse prosperar e revelar outros valores. Sensível ao apelo dos nossos atores e admiradores do teatro, Orlando Bezerra dotou a cidade de um Centro Cultural (que teve o nome do então governador César Cals, seu grande colaborador na obra) em cujo projeto incluiu um Teatro Municipal com capacidade para 500 espectadores, além de uma biblioteca. Foi de fato um empreendimento muito arrojado para a época e teve o melhor acolhimento por parte da comunidade juazeirense.
Com estes e outros empreendimentos não menos importantes, como a energização elétrica dos bairros Novo Horizonte, Parque Liberdade e sítio Sabiá, ele terminou seu curto mandato de dois anos (na verdade, foram apenas 22 meses) com uma consagradora aprovação popular, fato este comprovado pouco tempo depois com sua retumbante vitória nas urnas como deputado estadual por duas legislaturas e mais tarde, como deputado federal por três legislaturas.
Como representante juazeirense na Assembléia Legislativa e na Câmara dos Deputados ele continuou trabalhando em prol do desenvolvimento de sua terra natal, merecendo destaque seu ingente esforço como deputado federal para a construção do Açude Manoel Balbino, no sítio Carneiros, antiga reivindicação do Padre Cícero. Quando da sua inauguração, em 20 de julho de 1985, o deputado Orlando Bezerra lembrava em seu discurso:
“De
Afora sua vida política desenvolveu intensa atividade empresarial à frente de empresas do grupo familiar, destacando-se no comando executivo da Cirol-Companhia Industrial de Óleos e Resíduos Ltda. Em sua residência e no escritório da Cirol mantinha as portas sempre abertas para atender a todas as pessoas que o procuravam em busca de auxílio ou favor. E a todos atendia com solicitude. Foi um grande amigo dos pobres, daí o motivo de sua enorme popularidade. Em 1964 foi eleito presidente do Treze Sport Clube.
Orlando Bezerra é descendente de tradicional família caririense, nasceu em Juazeiro, no sítio Salgadinho, no dia 25 de janeiro de 1931 e faleceu em Fortaleza, no dia 2 de agosto de 2000, estando sepultado no jazigo da família no Cemitério do Socorro em Juazeiro do Norte. Concluiu o Curso de Contabilidade na Escola Técnica de Comércio de Juazeiro. Foi casado com a juazeirense Doralice Neri Bezerra, mais conhecida como dona Dora, com quem teve dois filhos: Jarbas (médico e ex-deputado estadual) e José Bezerra Neto (administrador de empresas).
Sua morte recebeu do amigo Pe. Murilo a seguinte declaração testemunhada por mim: “Senti muito a morte de Orlando. A cidade de Juazeiro jamais lhe será suficientemente grata pelo muito que ele fez por ela”.
E eu concluo dizendo: Padre Murilo estava coberto de razão quando afirmou isso.▼
LUIZ GONÇALVES CASIMIRO
O paraibano Luiz Gonçalves Casimiro foi um dos mais conhecidos empresários do ramo elétrico de Juazeiro do Norte. Sua tradicional casa de negócios, chamada de Centro Elétrico e localizada na Rua São Pedro, foi durante muito tempo o principal estabelecimento desse ramo no comércio juazeirense.
Era de lá que saía todo material elétrico para instalações residenciais, comerciais e industriais do Município. Na época natalina era também de lá que saía a grande quantidade de lâmpadas coloridas com que a Prefeitura Municipal ornamentava as ruas e as praças da cidade.
Mas Luiz Gonçalves não tem somente isso na sua fecunda biografia. Também deu sua contribuição para o progresso da cidade que o acolheu, desenvolvendo intenso trabalho sócio-cultural como membro da diretoria de muitas instituições, como Associação Comercial, Rotary Club, Treze Atlético Juazeirense, Clube dos Doze, Labre etc.
Foi também um dos maiores baluartes em prol da implantação da energia de Paulo Afonso no Cariri e da captação dos primeiros sinais de televisão em Juazeiro, assuntos sobre os quais vamos nos reportar agora.
Na década de
Foi aí, que Luis Gonçalves exercitando sua capacidade criativa e empreendedora, segundo relato de seu filho Renato Casimiro “teve a idéia de passar a vender eletrodomésticos de grande potência, como ferro de engomar, cafeteiras, aquecedores chamados popularmente de mergulhões, bombas, enceradeiras, máquina para engraxar sapato, churrasqueiras, sanduicheiras, etc., já bastante usados em centros mais avançados,
Também na iluminação ele procurou lâmpadas mais potentes, com grande brilho, pois até então o comum era se usar lâmpadas de apenas 20 ou 40 velas. Como profissional experiente, ele acreditou nessa proposta e nela empenhou tudo o que estava ao seu alcance. E o resultado não tardou: a população colaborou comprando os eletrodomésticos, e assim Juazeiro e o Cariri, graças à ideia de seu Luis Gonçalves, aumentaram consideravelmente seu consumo de energia elétrica e os técnicos se convenceram de que a chegada da energia de Paulo Afonso à localidade era viável.
Vejamos agora como foi sua participação na era da televisão no Cariri. Tudo começou com uma conversa informal entre ele e o técnico
Eles discutiam sobre a possibilidade de trazer para Juazeiro o sinal de TV que já existia
Formou-se uma pequena comissão para angariar dinheiro junto ao comércio juazeirense a fim de comprar o material necessário para as primeiras experiências, as quais foram realizadas na casa de Antoni Arrais, localizada à margem da rodovia Juazeiro-Barbalha num ponto relativamente alto.
Eles passaram a noite toda fazendo experiência, mas não lograram êxito. O sinal não apareceu. Foi aí, que tiveram a idéia de procurar um local mais alto e o escolhido foi a Serra de São Pedro, em Caririaçu, para onde a comitiva seguiu.
O prefeito de lá, Raimundo Bezerra (Mundeza) ficou empolgado com a idéia e convenceu o vigário, Pe. Vicente Feitosa, a ceder a torre da igreja, como sendo o ponto mais alto do lugar, para montar a antena.
Seu Luiz em cima da torre da igreja, tentava posicionar a antena em direção a Recife enquanto em baixo, Luiz de França procurava sintonizar a estação num televisor especialmente comprado para esse fim.
A expectativa era grande. No adro da igreja, uma multidão de curiosos e incrédulos esperava ansiosa a chegada do tão esperado sinal de tevê. Era uma experiência hilária. De cima se ouvia a voz de seu Luiz, perguntando: Chegou? Em baixo, respondia Luiz: “Não! E essa maratona durou um bom tempo, até que em dado momento - alguém deve ter pedido ao Padre Cícero - o “milagre” aconteceu, e todos os presentes puderam ver pela primeira vez no Cariri uma imagem e som de televisão. Dizem que o prefeito tomou um grande porre para comemorar.
É claro que essas primeiras imagens não tinham a perfeição que têm hoje. Mas mesmo em preto e branco, cheias de chuviscos e falhando de vez em quando, elas foram suficientes para convencer a equipe de que com aparelhagem melhor (já disponível em ouros centros) poderiam melhorar.
A comissão recebeu novas adesões e passou a contar também com o apoio do prefeito Humberto Bezerra. Um especialista de Recife foi contratado e ficou decidido que na Serra do Horto o sinal também poderia ser captado desde que ali fosse instalada uma antena mais potente.
Surgiu então um grande problema: lá não existia ainda energia de Paulo Afonso. Mas isso não desanimou ninguém. A prefeitura fez a infraestrutura, preparando o terreno para instalação dos aparelhos, a Celca iniciou a posteação e seu Luiz Gonçalves pagou do próprio bolso toda a fiação necessária. E foi assim, que Juazeiro conseguiu receber o sinal da TV Jornal do Commercio de Recife. E graças a essa experiência pioneira de valorosos cidadãos juazeirenses preocupados com o desenvolvimento da terra, como Luiz Gonçalves Casimiro, Juazeiro do Norte tem hoje dois canais de televisão.
Seu Luiz era pessoa do meu ciclo de amizade e por isso posso garantir sem medo de errar que sua vida foi toda ela moldurada pela honestidade e ele tinha um amor muito profundo por Juazeiro.
Vou relatar um fato curioso. Quando fui gerente da Credimus, a agência era no mesmo quarteirão do Centro Elétrico e bem pertinho, na Rua Alencar Peixoto, existia o Depósito ABC de Aderson Borges de Carvalho. Era comum naquele tempo, anos 70, nós três nos reunirmos lá no Centro Elétrico (imaginem só!) para brincar de prefeito de Juazeiro. Cada um de nós dizia o que poderia fazer para impulsionar o desenvolvimento da cidade e posso garantir que seu Luiz seria um bom prefeito de Juazeiro, pois suas idéias eram sempre muito bem estruturadas.
Mas mesmo sem ter sido prefeito de fato, ainda fez muita coisa pelo Juazeiro. E felizmente Juazeiro não cometeu com ele o pecado da ingratidão, pois reconheceu seus relevantes serviços prestados concedendo-lhe em 1988 o título de Cidadão Juazeirense e em 1999, o nome de uma rua no Bairro José Geraldo da Cruz.
LUIZ GONÇALVES CASIMIRO nasceu no Sítio Carnaúba, distrito de São Francisco, município de Sousa, PB, em 06.12.1916 e faleceu em Juazeiro do Norte em 28.08.1989. Veio para Juazeiro do Norte aos cinco anos de idade, em 1922, na companhia de seus pais.
Prestou serviço militar no Corpo de Bombeiros da Paraíba e foi telegrafista. Trabalhou no DNERu - Departamento Nacional de Endemias Rurais, no Cartório Machado e no Banco do Juazeiro, até 1953, estabelecendo-se depois como empresário. Casou com a professora Doralice Soares Casimiro com quem teve dois filhos: Renato, doutor em microbiologia de alimentos, professor aposentado da UFC e Ana Celi, pós-graduada em Biologia, professora aposentada do Estado.
Minhas senhoras e meus senhores, finalizando não posso deixar de dizer:
Gente como Luis Gonçalves Casimiro, Valdetário Pinheiro Mota e Orlando Bezerra faz falta hoje em Juazeiro; pois a cidade, embora hoje muito rica em desenvolvimento, com um grande comércio, o maior centro universitário do interior cearense e um poderoso polo calçadista do Cariri, não tem mais tanta riqueza de valores morais como teve no tempo desses três homens aqui hoje merecidamente homenageados. Honremos, pois, com muito orgulho, as suas memórias.
Muito obrigado.
2 comentários:
Gostei muito,parabéns pela medalha recebida no sefaz.
Quando criança, morei em Juazeiro do Norte, sendo colega de infância do Dr.Renato e Ana Celi, pois morava na mesma rua.Meus pais se mudaram para Minas Gerais,one me formei em Direito pela PUC Minas. Hoje moro em Teófilo Otoni, onde leciono em duas faculdades de direito, UNIPAC e FENORD, também no exercício da advocacia.
Um abraço aos coleguinhas de infância, considerando que ainda guarda a criança que existe dentro de mim.
WILLIAMS RAMALHO. E mail: williamsramalho@hotmail.com
Postar um comentário