sábado, 29 de janeiro de 2011
FOTOS ANTIGAS
Por Renato Casimiro
A rede mundial de computadores se tornou um espaço enorme para guardar imagens que estavam dispersas pelo mundo, em arquivos particulares ou institucionais. Disto, nós que vivemos com esta mania de procurar velhos flagrantes da história e do cotidiano de Juazeiro do Norte, temos colhido muitos frutos. E eu sou, na medida da minha disponibilidade um garimpeiro itinerante nesta tarefa. Ao acaso, exponho aqui algumas destas imagens recentemente encontradas.
Fotos 1 a 4: Das minhas lembranças, nos anos 50 (como em 1952, nestes flagrantes contidos no arquivo do CPDOC – da Fundação Getúlio Vargas, RJ) as atividades no campo experimental da velha e querida Escola Normal Rural de Juazeiro do Norte eram momentos de grande significação vividos pelos docentes e alunos. Afinal, ali se tratava de realizar experimentalmente um dos avanços da pedagogia moderna, preconizada pelas linhas que estabeleceram a chamada Escola Nova. De tudo se conhecia um pouco sobre as culturas agrícolas. Assim foi plasmada a formação das professoras ruralistas, sob a batuta de Amália Xavier de Oliveira e de uma equipe de professores como talvez nunca se tenha visto reunida numa mesma escola da região. O tempo e a renovação modesta de seus quadros podem ter determinado a superação da Escola, nunca o seu fim.
Foto 5: A rua do Pe. Cícero, em 1952 (em foto do site do IBGE), quase no cruzamento com a atual Pe. Pedro Ribeiro da Silva. Na tranqüilidade de uma cidade de tão poucos veículos, uma rua principal com dupla mão. Descendo uma velha “sopa”, o ônibus de então, que se permitia levar carga por sobre o teto, e poucos passageiros. O posteamento da energia elétrica, um aqui, outro acolá, ainda era o original do serviço municipal, cuja geração estava nas proximidades do mercado público. Praticamente não se vê iluminação pública. Nas calçadas, ainda se podia encontrar revestimento feito de tijolo cru.
Foto 6: Rua São Francisco, quarteirão da Praça, começo dos anos 60 (em foto do site do IBGE). Ainda dá para lembrar a farmácia de Pedro Carvalho (antes o escritório de Odílio Figueiredo, e a sede da Soelca), o Cartório Machado, a pensão da mãe de meu amigo e colega do Salesiano (“Passarinho”), os sobrados, o CRP, o cine Avenida (depois, pensão de Zé Calado, e Hotel Municipal), a camisaria de Alcântara, o consultório de Dr. Possidônio da Silva Bem, a Tipografia Mascote, o ambulatório de Dade Magalhães, e um solitário pé de fícus benjamim no meio da rua...
Fotos 7 e 8: A feira dos sábados, em 1952 (em fotos do site do IBGE). Dois flagrantes (7-Rua São Pedro; 8-Rua Santa Luzia). No primeiro, revejo, quase no cruzamento das ruas São Pedro com São Francisco – início do “Quarteirão Sucesso” (Êêêêê, Darim), à direita, as duas portas que seriam do Centro Elétrico, de Luiz Casimiro, (a partir de julho de 1954). Depois, fecho os olhos e vou contando, do mesmo lado: Armazém Feijó, Casa Alencar, Bar e Sorveteria Havaí (Guimarães), Aliança de Ouro, Casa 1º de Maio (Burica), Casa Rosada (Vicente Teixeira), Casa das Meias (Mário Vidal), Casa Menezes (Zé Menezes Pereira), Farmácia São Vicente. No segundo, na Rua Sta. Luzia (entre as ruas São Paulo e São Pedro), revejo à direita, o escritório dos irmãos Almeida (José e Otacílio), logo depois o Cine Eldorado e segue na direção da Rua São Pedro. Do lado esquerdo, ao fundo, um pedaço dos prédios de comércio (vistos de lado e de costas), M. Oliveira (de Walkíria e Manoel Oliveira), de Zé Firmino e de José Gonçalves Magalhães. Pelo meio da rua, o comércio de cordas, estendidas de calçada a calçada. Se não tivesse cuidado, era queda na certa...
Fotos 9 e 10: Em Novembro de 1922, chega a Joazeiro, a comissão chefiada pelos srs. Ildefonso Simões Lopes (ex-ministro da Agricultura), General Cândido Mariano da Silva Rondon (Foto 9) e Paulo de Morais e Barros (deputado federal). Este é o mesmo Morais e Barros a quem Floro Bartholomeu da Costa teve que dedicar veemente discurso na câmara. Desta comissão faziam parte diversos engenheiros e um técnico americano que realizavam estudos pelo Nordeste, especialmente na área de atuação da Inspectoria Federal de Obras Contra as Secas (IFOCS) (Foto 10). Fizeram visita ao Pe. Cícero e conheceram a cidade. As imagens são dos arquivos do CPDOC/FGV, RJ.
ERREI!!!!
RODRIGO SANTIAGO
Na coluna Juazeiro, por aí (dia 22, pp), cometemos uma imprecisão ao mencionar a participação do grande ator Rodrigo Santiago na minissérie Padre Cícero (Rede Gobo de Televisão, 1984), reproduzindo uma foto do ator Rodrigo Santoro. Efetivamente, “Rodrigo Santiago, ator de teatro e telenovelas participou de alguns momentos importantes da vida cultural do nosso país. No dia 18 de julho de 1968, quando o Brasil vivia sob o regime militar e as artes submetidas à censura o grupo CCC invadiu o teatro Ruth Escobar, em São Paulo, espancou artistas e depredou o cenário. A peça era “Roda Viva”, um musical do Chico Buarque, com a Marília Pêra e Rodrigo Santiago. Dois anos antes Rodrigo já tinha participado da novela “Somos Todos Irmãos”, na Tupi. Mas foi em 68 que ele começou pra valer na televisão, vivendo o Carlucho na novela que mudou a história: “Beto Rockfeller”. Em seguida fez “Super Pla” também na Tupi. Em 71 com “Nenê Bandalho” foi consagrado como ator do cinema. Em esteve em “O Rebu” na Globo. Voltou para a Tupi e integrou o elenco de “Vila do Arco” em 1975. Se ausentou da telinha para se dedicar ao cinema e ao teatro. Voltou para fazer "Gaivotas", na Tupi, “Os Imigrantes” na Bandeirantes, "Lampião e Maria Bonita" e "Padre Cícero (no papel do jornalista José Joaquim Telles Marrocos)" na Globo, a série independente "Joana" com Regina Duarte, exibida na Manchete e SBT, "Tenda dos Milagres" na Globo e a novela "Corpo Santo", na Manchete. Em 88 esteve em “Fera Radical” na Globo, onde fez também “Araponga”, “ O Amor Está no Ar” e vários episódios do “Você Decide”. Rodrigo morreu numa quarta-feira, dia 13 de outubro de 1999, de insuficiência cardíaca, em São Paulo, aos 56 anos. Como não tinha jeito de galã, foi sempre escalado para coadjuvantes. Nos últimos anos trabalhava também como professor de arte dramática da USP. Sua última aparição foi no filme “Cronicamente Inviável”, de 2000.” (http://www.museudatv.com.br) (Com nossas desculpas e um agradecimento ao leitor atento, o Pe. Francisco Roserlândio de Souza, Diocese de Crato.)
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