Portal de Juazeiro

Eu e Irmã Célia Esmeraldo no Aeroporto de Recife.
Neste prédio, atualmenmte ocupado pelo Sesc, o Colégio Monsenhor Macedo encerrou suas atividades.

A Coluna Recordações de hoje traz como pano de fundo o Colégio Mons. Macedo, dirigido pelas Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, tendo como diretora, Madre Elvira Dantas Rodrigues. Estava no aeroporto de Recife, retornando de uma viagem feita no final do ano, quando me deparei bem sentadinha, com uma revista de palavras cruzadas na mão, a professora amiga e muito querida, irmã Célia Esmeraldo. Professora que cativava as alunas com seu sorriso e com seu jeito meigo. Lembrei imediatamente de suas aulas de Geografia, do método utilizado que nos transportava a outros continentes e a outras paragens. De repente veio à tona todo o tempo transcorrido neste colégio. As colegas, que lembranças maravilhosas. As professores: irmã Helena Hilta, irmã Gervita, irmã Jandyra, irmã Sulamita, irmã Nelsonita, irmã Ana Maria, irmã Ruth, irmã Lourdes, irmã Maria da Paz e outras mais. A professora Terezinha Barbosa, a única professora leiga da minha época, lecionava “Artes e Recreações”. O antigo prédio localizado na Rua Pe. Cícero esquina com avenida Dr. Floro. E o novo, um pouco mais abaixo, em frente à atual Basílica Santuário de Nossa Senhora das Dores. A lembrança da cerimônia de inauguração da nova sede do Colégio acontecida em 11 de agosto de 1967. O escudo SPARGE LUMEN, significando espalhar a luz, que era usado na blusa de gala, junto com o chapéu branco com uma fita de gorgorão vermelha, nas comemorações festivas e de gala. Acorria gente de todas as ruas para ver desfilar garbosamente as meninas do Monsenhor Macedo. A elegância, o charme, o orgulho estampado nos rostos em participar do desfile de 7 de Setembro, em comemoração à Independência de nossa Pátria. E os Retiros Espirituais, pregados por Pe. Luciano Saraiva, irmão de irmã Ruth, que lecionava Português. Ela era exigente em suas aulas, não permitia o menor barulho, ai de quem conversasse, ela ficava muito irritada e suspendia imediatamente as explicações e as tarefas e exercícios que estavam sendo executados. A disciplina no Colégio era exemplar. No Pátio, na hora do intervalo, a descontração era geral, as alunas se reuniam para contar piadas, fofocas e falar dos namorados. A Cantina, bem abastecida, tinha uma boa variedade de lanches, a turma se aglomerava na janelinha a gritar, com o tichet na mão já pago, exigindo o atendimento, e nessa euforia, a sirena tocava e algumas não conseguiam ser atendidas e como ficavam revoltadas, pois tinham que voltar para a sala de aula sem ter lanchado. Mas, fazer o quê, a obediência era o carro chefe daquele conceituado estabelecimento de ensino juazeirense. E durante muitos anos educou muitas crianças e jovens do sexo feminino. Mas o crescimento da cidade exigiu o surgimento de mais colégios particulares e com isso o número de alunos do Monsenhor Macedo foi diminuindo, e a crise foi surgindo. Então, para suprir as dificuldades passou a atender também o sexo masculino. Contudo a crise continuou, as irmãs foram substituídas por professores leigos, devido o número reduzido de missionárias. Madre Elvira, tão dinâmica, foi perdendo o pulso e o interesse, a idade também contribuiu para que isso acontecesse. Dessa maneira tornou-se impossível dar continuidade a este trabalho tão bonito, de excelentes educadoras. As Irmãs Missionárias fecharam suas portas para a educação de crianças e jovens no ano de 1995. E digo com orgulho: fui aluna do Mons. Macedo, aprendi muito e me espelhei nele para dirigir durante 20 anos uma escola do Estado, a Escola Maria Amélia, da qual fui vice-diretora.
E-MAIL RECEBIDO:
Querida Prima Neuma,
Li no blog o que você escreveu, como você pediu opinioes segue a minha: Adorei suas colocações, e apesar de não conhecer o livro, despertou minha curiosidade e veio a vontade de lê-lo. Realmente nos dias de hoje a conquista não existe mais, e os valores da juventude estão totalmente invertidos, o que é uma pena, ainda bem que as lembranças permanecem vivas em nós, e o que vivemos foi de muito valor.
Quero parabeniza-la e dizer que continue com esse espaço onde você possa relembrar tempos e valores tão ricos...
Beijos
Lúcia
Resposta: Oi minha prima!
Gostei muito do seu comentário sobre o assunto que escrevi para o blogdojuaonline. Todo domingo tem assunto novo, espero que leia. Estou treinando minha memória, são pequenos ensaios. Grata pela atenção.
Beijos,
Tereza Neuma