sábado, 25 de setembro de 2010



As duas fotos ao lado mostram um dos momentos mais marcantes da antiga Escola Normal Rural de Juazeiro que era a aula de campo. Como o curso era destinado à formação de professoras ruralistas havia uma grande carga de aulas de campo. Tudo era feito com muito esmero. Havia farda própria para essas atividades rurais. A escola dispunha de um campo agrícola e possuía um considerável número de instrumentos e utensílios agrícolas com os quais os alunos aprendiam a lidar com as atividades rurais. Coisa assim hoje em dia só é possível nos colégios agrícolas. A Escola Normal Rural de Juazeiro foi uma experiência pioneira no Brasil que deu certo e durou um bom tempo. As fotos servem para registrar um modelo educacional de sucesso. Que bom seria se pudesse voltar...

O URUÇUÍ - por Ronald Brito

Na minha adolescência, em Juazeiro do Norte, eu gostava de caçar passarinhos. Este esporte à época ainda era permitido. Nos baixios do rio Carás depois da apanha do arroz e do milho eram grandes os bandos de avoantes aproveitando os grãos esperdiçados no pasteio. Quando terminava a temporada de arribação, eu passava a perseguir as colombinas menores: rolinhas. Aí, as incursões mudavam de rumo; passava a caçá-las nas serras e brejos.
Como meu pai possuía um sítio no brejo, o Pau Seco, eu fazia um longo caminho para chegar até lá. Viajava pela serra do Horto, passando pelo Uruçui e Popô para então descer em direção à estrada velha, entre Crato e Juazeiro, que margeia o brejal. Nesse itinerário era farta a quantidade de rolinhas: caldo de feijão, cascavel, branca, caxexa e casco de burro.
Quando passava no Uruçui, sítio de José Geraldo da Cruz, primo do meu avô interno, eu sempre parava para beber água e se ele lá estivesse, manter um momento de prosa. A descida até o canavial era íngreme e deserta; algumas vezes até se topava com uma caça maior: jacu, mocó ou codorniz.
No ano que passou fui levado pelo casal Odival e Graça Cruz, ela filha de José Geraldo, para uma visita ao Uruçui. A casa antiga foi substituída por uma moderna que possui até piscina, mas no restante, o sítio permanece como há cinquenta anos atrás; a estrada, os pés de cajarana, a vista da cidade de Juazeiro e do Vale. Lá também ainda encontrei incólume e altaneira, a mais alta macaubeira da região caririense que, ao sabor dos ventos, ainda hoje executa sua bailia poética.

MAIS UM BANGALÔ DESTRUÍDO

Na edição de 2 de agosto de 2009 do Juaonline nós publicamos a foto do bangalô ao lado na seção JOIAS DA ARQUITETURA JUAZEIRENSE ANTIGA, destacando a sua beleza. Hoje aquele bangalô está em processo de demolição, conforme se pode ver na outra foto. É uma pena que isso acontece. Felizmente a Prefeitura finalmente tomou a firme decisão de começar de fato com uma política de tombamento de prédios históricos, única forma de preservar a identidade de Juazeiro com a sua urbanização do passado. Para conhecimento dos leitores publicamos abaixo o Decreto assinado pelo Prefeito Manuel Santana:
Caderno I do dia 20 de Setembro de 2010 Ano XII Nº 2864 Caderno I do dia 20 de Setembro de 2010 Ano XII Nº 2864
GABINETE DO PREFEITO
PODER EXECUTIVO
DECRETO N.º 425, de 13 de setembro de 2010
Declara patrimônio histórico, cultural e
artístico do Município de Juazeiro do Norte,
o conjunto residencial constituído de edifícios
ao longo da Rua Padre Cícero, nesta cidade,
adotando outras providências.
OPREFEITODOMUNICÍPIODEJUAZEIRODONORTE,
Estado do Ceará, no uso das atribuições que lhe são conferidas
pelo art. 157, parágrafo 3.° da Lei Orgânica do Município de Juazeiro
do Norte, e combinado com a Lei Municipal N.° 2.121, de 23 de
agosto de 1996;
Considerando o significativo valor histórico, arquitetônico
e cultural destas edificações e a importância de preservar marcos
referenciais arquitetônicos que testemunham as fases da evolução
urbana do centro da cidade, no entorno da Praça Padre Cícero;
Considerando o valor paisagístico e arquitetônico destes
bens como representantes de diversos estilos e períodos;
Considerando a oportunidade de celebração do Primeiro
Centenário da cidade de Juazeiro do Norte, como data apropriada
para um resgate histórico de suas raízes, com marcos edificados ao
longo de sua existência;
Considerando a necessidade de salvaguardá-las de ações
que prejudiquem sua integridade e sua ambiência;
DECRETA:
Art. 1.° -Ficam tombados como patrimônio histórico,
cultural e artístico do Município de Juazeiro do Norte, Estado do
Ceará, os bens abaixo relacionados:
1) Imóvel sito à Rua Padre Cícero, 300 (Residencial
Alacoque Bezerra);
2) Imóvel sito à Rua Padre Cícero, 312 (Residencial
Humberto Bezerra);
3) Imóvel sito à Rua Padre Cícero, 324 (Farmácia dos
Pobres);
4) Imóvel sito à Rua Padre Cícero, 362 (Casarão Bezerra
de Menezes);
5) Imóvel sito à Rua Padre Cícero, 376 (Casarão Família
Viana);
Art. 2.° -Quaisquer obras ou intervenções a serem
executadas nos referidos bens, nas fachadas dos imóveis ou dentro
dos limites de seus terrenos que possam interferir em suas
respectivas fachadas e cobertas devem ser previamente aprovadas
pelo Conselho Municipal de Cultura de Juazeiro do Norte;
Art. 3.° -Em caso de sinistro, demolição não autorizada e/
ou obras que resultem em descaracterizações dos imóveis
tombados, o Serviço de Patrimônio Histórico, Cultural e Artístico
do Município de Juazeiro do Norte, deve estabelecer a
obrigatoriedade de reconstrução ou recomposição dos bens,
reproduzindo suas características originais, da data deste
tombamento;
Art. 4.° -A colocação do toldos e/ou de engenhos
publicitários e/ou indicativos situados nas fachadas destes imóveis
ou em seus terrenos deverá ser previamente aprovada pelo Serviço
de Patrimônio Histórico, Cultural e Artístico do Município;
Parágrafo Único – Os engenhos publicitários e/ou
indicativos e toldos não poderão encobrir total ou parcialmente os
elementos decorativos e/ou arquitetônicos de significação cultural
que façam parte das fachadas dos imóveis ora tombados.
Art. 5.° -Este Decreto deverá ser transcrito no Serviço de
Patrimônio Histórico,CulturaleArtístico doMunicípio deJuazeiro
do Norte, através de livro próprio, nos termos dos artigos 4.° e 6.°
e seu parágrafo único da Lei Municipal N.° 2.121, de 23 de agosto
de 1996.
Art. 6.° -Este Decreto entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 7.° -Revogam-se as disposições em contrário.
Juazeiro do Norte, 13 de setembro de 2010.



CEL. NÉRI: UM ILUSTRE JUAZEIRENSE


Uma das grandes figuras da história desta cidade é o cel. Francisco Néri da Costa Morato.Ele já foi alvo de matéria no Juaonline, mas agora retorna, pois seu filho, Dr. Francisco NÉri, acaba de nos fornecer importantes subsídios para ampliar a biografia deste ilustre juazeirense. Cel. Francisco Néri da Costa Morato participou do memorável movimento cívico da independência de Juazeiro, a que aderiu em primeira hora – diga-se de passagem –, não como qualquer do povo a ser incluído “entre outros”, mas como um dos líderes ou próceres, assim citado pela professora Amália Xavier. Foi, sim, coletor estadual, mas com a diferença de haver sido o primeiro coletor estadual de Juazeiro, motivo pelo qual muito provavelmente não integrou o Conselho Municipal da Vila – ao lado de parceiros de luta como João Bezerra de Menezes, José Eleutério de Figueiredo, Manuel Vitorino e Cincinato Silva –, já que a coletoria foi instalada no mesmo ano em que foi empossado o Conselho (ver Homens e Fatos na História de Juazeiro, de Fátima Menezes e Generosa Alencar). Qualificação para isso ele tinha, pois aprimorou seus estudos com o célebre professor José Marrocos e adquirira razoável preparo intelectual por meio de intensa leitura. Foi assim que ocupou os três poderes da República, na terra de Padre Cícero. Além do mais, detinha a patente de coronel da Guarda Nacional. Antes de ser prefeito (nomeado) e vereador, ele exerceu a judicatura no cargo de Juiz Federal substituto. Trata da nomeação dele como Suplente de Juiz Federal substituto, cargo que desempenhou na década de trinta, conforme o testemunho do Sr. Expedito Pereira, de saudosa memória, cujo pai, Sr. Vicente Pereira, e, depois, ele próprio, foram titulares do Cartório do 1º Ofício, pelo expediente do qual tramitaram questões submetidas ao dito juízo. No entanto, é bom esclarecer que sua atividade principal não foi de comerciante, Ele Foi, antes de tudo, produtor rural. Quando, em 1934, um grupo de proprietários rurais juazeirenses, incentivados pelo então Juiz municipal Plácido Castelo, criou a cooperativa de crédito que originou o Banco do Juazeiro S.A. – mais tarde transformado no portentoso BIC – ele foi o primeiro presidente da vetusta instituição creditícia. Ele, Dirceu Inácio de Figueiredo e Antônio Gonçalves Pita, pela ordem, presidiram a pioneira entidade creditícia em referência De igual sorte, Francisco Néri da Costa Morato integrou o grupo de fundadores (subscritores de ações) do Instituto Educacional e da Escola Normal Rural de Juazeiro do Norte. Por isso que, quando faleceu, em 1957, alunos e alunas da referida escola acompanharam-lhe o cortejo fúnebre envergando a farda de gala. Como se pode facilmente depreender das considerações acima, o nome desse autêntico filho da terra – nascido no sítio São José, próximo da divisa com o Crato, mas no nosso lado – inscreve-se entre os grandes benfeitores de Juazeiro, e, embora pouco citado, está na designação de rua e grupo escolar da Cidade; gravado em importante monumento: a Coluna da Hora da Praça Padre Cícero – erigida em sua administração – e também na lápide sob a qual repousam os restos mortais do Patriarca, “per omnia saecula saeculorum”. Meu pai era de 1872. Quando ele se casou com minha mãe já tinha sessenta anos e ela apenas vinte e cinco. Ela era sobrinha legítima da primeira mulher dele: Júlia, mãe de Zé Néri. Todos oriundos das Malvas. Nos anos cinquenta (ele viveu até 1957, sempre muito lúcido), nossa casa era visitada constantemente pelos parentes próximos, a maioria de sexagenários e septuagenários. Assim, as histórias do final do séc. XIX e início do séc. XX eram o prato de todo dia lá em casa. Como sempre fui muito curioso, ficava horas a fio escutando os adultos e depois me entregava à imaginação para desvender o que não havia entendido muito bem. Por isso, às vezes, até entrava nas conversas em busca de esclarecimentos. Este é o motivo por que consigo me lembrar de algumas coisas. Não sei mais porque ainda ía fazer 13 anos quando meu pai morreu. Teria muito mais coisa a dizer, para demonstrar o encadeamento dos fatos que me levam a determinadas conclusões.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

SESC JUAZEIRO DIVULGA SELEÇÃO

Assistente Administrativo I -
    * Ensino médio completo
    * Curso de Informática
    * Disponibilidade 40 horas semanais
    * Desejável conhecimento na área administrativa
Auxiliar de Serviços Gerais  –
    * Ensino Fundamental;
    * Experiência com manutenção;
    * Disponibilidade para 44 horas semanais;
Técnico de Atividades Sociais I – SAC –  
·        Ensino Superior em curso;
·        Experiência na área de atendimento;
·        Cursos na área de atendimento ao cliente e informática;
Disponibilidade para 44 horas semanais.
Professor – 
·        Graduação em Pedagogia;
·        Experiência com educação infantil e ensino fundamental;
·        Desejável conhecimento na abordagem construtivista e sócio interacionista;
·        Disponibilidade para 44 horas semanais.
Atendente –
    * Ensino médio Completo;
    * Cursos na área de atendimento;
    * Experiência na área;
Disponibilidade de 44 horas semanais
Professor III -
    * Nível Superior Completo;
    * Experiência com ensino Pré-vestibular;
    * Formação em disciplinas específicas: Matemática
I     Inscrições: Secretaria   Sesc   Juazeiro
Informações:  88 3512 2532
                         88 3512 3355

 

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Turismo religioso em Juazeiro é destaque em portal de notícias da Globo

 

   Em matéria sob o título "Turismo Religioso estimula economia de mais de 300 cidades do país", o Portal de notícias da Globo destacou o município de Juazeiro do Norte. De acordo com o texto de Anay Cury, a busca por destinos religiosos tem crescido no país, contribuindo para o incremento da economia de pequenos municípios. Segundo dados preliminares do que virá a ser o Mapa do Turismo Religioso do governo federal, já foram identificadas 344 cidades com calendário de eventos - a maior parte católicos.

          Em Juazeiro do Norte, o interesse pelo principal atrativo da região vem crescendo nos últimos anos, bem como o número de dias em que os turistas permanecem no município, consumindo mais e gerando mais renda para economia local. O Padre Cícero é considerado o maior benfeitor da cidade que, por ano, recebe perto de 2,5 milhões de visitantes.

     "As pessoas têm tido mais interesse, estão mais movidas pela religião, e com mais condições de vir para cá. O movimento está crescendo nos últimos anos. Temos observado que o romeiro, que antes vinha para cá sem muitas condições, já fica hospedado por mais tempo e explora, inclusive, outras atrações que temos aqui", disse José Carlos dos Santos, Secretário do Desenvolvimento Econômico, Turismo e Romaria.

      Os benefícios desse crescimento – prossegue a matéria do Portal da Globo - não se restringem apenas ao comércio local e à rede hoteleira da cidade cearense. O mercado imobiliário da região também está aquecido, e mais empresas têm optado por instalar-se no município, segundo o titular da Sedetur. "A cidade inteira tem crescido e está crescendo em torno da religião, dos atrativos religiosos", afirmou o secretário. (Demontier Tenório)

 

01 estatua.JPG  



Reunião do Rotary Club Juazeiro do Norte Padre Cícero



Em
proveitosa reunião do RC Padre Cícero, realizada no último dia 10, o
ICVC – Instituto Cultural do Vale Caririense lembrou o centenário de
Jefferson Albuquerque prestando-lhe homenagem num evento que contou com
as presenças de rotarianos de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha,
representantes do ICC – Instituto Cultural do Cariri, com sede na cidade
de Crato e familiares do homenageado.
Nascido em Pacatuba, Ceará, no
dia 20 de abril de 1910, Jefferson de Albuquerque e Sousa faleceu
subitamente, às 11 horas do dia 17 de fevereiro de 1991,quando a
comunidade intelectual do Cariri foi tomada de surpresa, Dr. Jeffesron,
como era chamado, bacharelou-se em Direito em 1935, na Faculdade de
Direito do Ceará e logo depois de sua formatura fixou-se em Crato,
dedicando-se à advocacia, juntamente com o Dr. Antônio de Alencar
Araripe, advogado de grande clientela, ao tempo, nesta região. Foi
durante muitos anos funcionário do Banco do Brasil, como escriturário e
fiscal da Carteira Agrícola. Um dos fundadores do Rotary Clube do Crato,
em 1937, chegando a exercer as elevadas funções de Governador do
Distrito, então Nº 26. No exercício deste posto visitou todos os clubes
do Norte e Nordeste e participou da Convenção Internacional em Havana –
Cuba. O homenageado foi também fundador do Rotary Clube de Barbalha.
O
programa “Centenário” do ICVC, atualmente presidido pelo professor Hugo
de Melo Rodrigues, já prestou homenagens a personalidades como Edgar
Coelho de Alencar, Padre David Moreira, José Marrocos e Raquel de
Queiroz, tendo ainda programadas homenagens a Tancredo Neves e Madre
Tereza de Calcutá.
(Fonte: Cariri rotário)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Centenário de Juazeiro será debatido no CTN de São Paulo

     Uma palestra seguida de debate sobre o Centenário de Juazeiro do Norte foi programada para a noite de sábado, dia 25 de setembro, no auditório do CTN (Centro de Tradições Nordestinas) de São Paulo. Nesta quinta-feira, o prefeito Manoel Santana e o seu Secretário do Desenvolvimento, Turismo e Romarias, José Carlos dos Santos, viajarão a São Paulo com essa finalidade.

      O prefeito aproveitará a ocasião para conceder entrevista ao vivo às 14 horas de sexta-feira em programa da TV Século 21. Naquela emissora, ele vai, inclusive, reforçar convite para que o diretor presidente, Padre Eduardo, junto com o diretor administrativo, Frei Rinaldo, venham ao Juazeiro no dia 20 de outubro por ocasião de mais uma missa em sufrágio da alma de Padre Cícero.

      Já no CTN, o secretário José Carlos vai expor sobre a programação prevista para a festa pelos 100 anos de Juazeiro, enquanto o prefeito dirigirá um convite a todos no sentido da participação nos eventos. A coordenação dessa reunião está a cargo da colônia juazeirense radicada em São Paulo, a exemplo do que ocorreu em Fortaleza sob a organização da AFAJ (Associação dos Filhos e Afilhados de Juazeiro). (Demontier Tenório)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Falecimento de professor Valdir Dantas Leite Sobreira

Faleceu e foi sepultado hoje à tarde em Juazeiro do Norte o professor Valdir Dantas Leite Sobreira, aos 87 anos. Ele nasceu em Brejo Santo, dia 16 de agosto de 1933. Foi vigário de Araripe e Mauriti, Ceará. O ex-padre Valdir casou-se com a Sra. Fátima Sobreira com quem teve dois filhos: Hélder e Cícero Isnard. Foi Secretário de Educação do Município de Juazeiro do Norte, diretor do Colégio Estadual Professor Moreira de Sousa e fundador do Centro de Tecnologia de Juazeiro (Faculdade de Engenharia Operacional). Exerceu o magistério lecionando Português e Sociologia e depois passou a trabalhar no ramo da Homeopatia, onde teve grande destaque. (Informações do livro: Dados biográficos dos homenageados em logradouros públicos de Juazeiro do Norte, de Raimundo Araújo e Mário Bem Filho)

domingo, 19 de setembro de 2010

UM BEATO PERFUMADO - - por J. Ronald Brito

Os beatos que conheci na decada de cinquenta do seculo passado em Juazeiro, nao tinham nada de perfumados. Eram homens magros, barbados, mal vestidos e fedorentos: se fossem beatas não se distanciavam miuto destas caracteristicas.
Lembro-me das pregações desventuradasdo beato Jose e de sua ojeriza a homens afeminados; quando os encontrava, vociferava:
- Homem rapariga, você esta no inferno!
Existiam outros que não me recordo dos nomes.
Da ala feminina so consegui lembrar da beata Julia, que cuidava do urubu-rei, remanescente dos viveiros do Padre Cicero.
Porem, nas primeiras decadas do seculo, habitou um Juazeiro um beato, que apesar de analfabeto exerceu sobre a comunidade, mais conhecida como Caldeirão, uma liderança sem precedentes na região: Jose Lourenço. Essa liderança começou a surgir quando o Padre Cicero alugou um terreno de Joao de Brito, irmão do meu avô paterno, no municipio de Crato.
O sitio Baixa Danta estava semi-abandonado quando o negocio foi fechado. O beato mudou-se para lá e começou a fomenta-lo para receber romeiros "flagelados" que chegavam a Juazeiro de toda parte do Nordeste. Bastou dois anos para o Beato transformar o sitio numa verdadeira " terra prometida".
Segundo meu avô Britinho ( Manoel Vieira de Brito) o Beato era um homem pratico, de boa aparencia, de conversa fluente e sociavel. Conhecia e visitava os ricos da epoca e tambem os recebia na sua comunidade. Quando algum deles se deparava com um problema agricola ou agropecuario, ja sabia onde ir buscar a solução.
Disse-me tambem, que quando o beato estava na sua comunidade e sem visitas, vestia-se igual aos comuns e não encontrava rival no trabalho pesado; porem, quando ia a cidade ele mudava de figura: usava terno bem talhado, botas polidas, chapeu e muita agua de cheiro. E, quando montado em seu cavalo "trancelim", se aproximava, sentia-se logo o aroma de perfume importado.

Turismo religioso estimula economia de mais de 300 cidades do país

Religião é motivo de 3,6% de todas as viagens realizadas dentro do país.
Veja mapa com alguns dos principais destinos.

Anay Cury Do G1, em São Paulo

A busca por destinos de viagem religiosos tem crescido no país, contribuindo para o incremento da economia de pequenos municípios - a maioria localizada no interior do Brasil. De acordo com dados preliminares do que virá a ser o Mapa do Turismo Religioso do governo federal, já foram identificadas 344 cidades com calendário de eventos - a maior parte católicos.

Aparecida, no interior do estado de São Paulo, é um dos destinos mais procurados pelos fiéis no país. Por ano, a cidade, cuja população fixa chega perto de 37 mil habitantes, recebe cerca de 10 milhões de visitantes. Nos últimos três anos, o número de turistas têm aumentado 10%, em média, segundo a Secretaria Municipal de Turismo.

"O turismo religioso representa 80% da renda de Aparecida. É o motor da cidade, não há outro meio econômico. Só de leitos, temos 35 mil nos hotéis. Daria para acomodar quase a cidade inteira" disse o secretário, Célio Luís Batista Leite.

O aumento da renda dos brasileiros, do trabalho formal e do acesso ao crédito tem sido essencial para que essa tendência de expansão do segmento de turismo religioso se mantenha e possa ser observada não apenas em Aparecida, mas em todo os destinos do país, de acordo com o setor.

Católica fervorosa, conforme se intitula, a aposentada Aparecida Ferro Sona, 73 anos, moradora de São Paulo, disse já ter percorrido a maioria dos destinos religiosos do país.Aparecida Ferro Sona já percorreu a maioria dos destinos religiosos do país. (Foto: Daigo Oliva/G1)

Católica fervorosa, conforme se intitula, a aposentada Aparecida Ferro Sona, 73 anos, moradora de São Paulo, disse já ter percorrido a maioria dos destinos religiosos do país.

"Já fui para todos os lugares que você possa imaginar, e mais de uma vez. Viajo desde muito nova. Acabei de voltar de um santuário lindo, perto de Goiás. Mas recomendo a todos que um dia conheçam Aparecida. Perdi as contas de quantas vezes já fui", relembra. A atração por esses lugares era tão grande que Aparecida acabou planejando viagens para destinos ainda mais distantes, chegando até Jerusalém, em Israel, Fátima, em Portugal, Toledo, na Espanha, e Vaticano.

Em Juazeiro do Norte, localizado no Vale do Cariri, no sul do Ceará, o interesse pelo principal atrativo da região vem crescendo nos últimos anos, bem como o número de dias em que os turistas permanecem no município, consumindo mais e gerando mais renda para economia local. Em Juazeiro do Norte, viveu padre Cícero Romão Batista - historicamente considerado o maior benfeitor da cidade, morto há 76 anos. Por ano, a cidade recebe perto de 2,5 milhão de visitantes.

"As pessoas têm tido mais interesse, estão mais movidas pela religião, e com mais condições de vir para cá. O movimento está crescendo nos últimos anos. Temos observado que o romeiro, que antes vinha para cá sem muitas condições, já fica hospedado por mais tempo e explora, inclusive, outras atrações que temos aqui", disse José Carlos dos Santos, secretário da pasta de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Romaria, a única em todo o mundo, segundo ele.

Os benefícios desse crescimento não se restringem apenas ao comércio local e à rede hoteleira da cidade cearense. O mercado imobiliário da região também está aquecido, e mais empresas têm optado por instalar-se no município, segundo Santos. "A cidade inteira tem crescido e está crescendo em torno da religião, dos atrativos religiosos", afirmou o secretário.




sábado, 18 de setembro de 2010

PREFEITURA VAI ASFALTAR MAIS 50 RUAS EM JUAZEIRO

A prefeitura de juazeiro de Norte, através da Secretaria de Infraestrutura vai iniciar na próxima semana asfaltamento nos bairros Vila Nova, Vila São Francisco ( imediações do Aeroporto Regional do Cariri) e bairro Frei Damião . De acordo com o secretário Rafael Apolinário, serão beneficiadas 50 ruas nas três localidades.(ASCOM/PMJN)
Esta foto mostra a inauguração do Hotel Municipal, construído na adminsitração do prefeito Orlando Bezerra (1972-1973. Na foto além de Orlando (discursando) também é visto o governador da época, Cesar Cals.Na época de sua inauguração este hotel (que ainda existe) era o melhor de Juazeiro.
Em recente viagem à cidade de Garanhuns, PE, a repórter do Juaonline, Tereza Neuma, captou a través de sua sua câmera digital esta homenagem a Padre Cícero. Nesta simpática cidade pernambucana existem várias homenagens prestadas ao fundador de Juazeiro e de lá todo ano vêm centenas de romeiros a nossa cidade. Em Garanhuns, Padre cícero é muito querido.

ESTÓRIAS DO MURILO

- Pe. Murilo sempre atendeu a muitos chamados para celebrar a festa anual da renovação do santo, da consagração de residências de tantas famílias ao Sagrado Coração de Jesus e ao Sagrado Coração de Maria. Ia, divertia-se muito com os encontros e as conversas, principalmente porque, às vezes, as filhas e até mesmo a dona da casa tinham sido suas alunas na Escola Normal. Muito comedido com o que lhe era servido, sempre preferia uns biscoitos. Numa destas ocasiões a filha de uma paroquiana foi até à sua casa e o convidou para presidir a renovação. Ele aceitou e fez a seguinte recomendação: - Não façam muita coisa para o lanche, não. Bastam uns salgadinhos, cajuína, biscoitos, o café do santo, e tá bom. - Também umas bolachinhas sete capas, não é, padre ? Não, minha filha, compre não. Bolacha sete capa “bréa” tudo.

- Era a tardinha de sábado, a hora combinada para nos encontrarmos na casa paroquial. Quantas vezes nesta nossa reunião habitual com Murilo ele nos levava, Daniel, Zé Carlos Pimentel e eu, ao convívio de suas irmãs no casarão da família em Barbalha. Era uma animação, como nos recebiam. Ele aproveitava para se estirar numa ótima rede que já estava armada mais para o fundo da casa, como se esperasse o bom filho que à casa paterna voltava. De lá, ficava nos observando, nossas conversas com as suas irmãs. Naquele dia, Libânia procurava me envolver com alguma coisa que poderíamos fazer juntos, no aniversário dele que se aproximava. Ele captou a coisa de longe. Quando percebi, já foi o grito vindo de lá: - Renato, não vá nessa conversa de Libânia, não. Se você cair na dela, nunca mais você vai ter sossego na sua vida.

- Em muitos anos o Pe. Murilo cuidou de realizar na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, ao meio dia do 15 de setembro de cada ano, uma cerimônia muito tocante com a qual ele dava uma bênção especial na despedida dos romeiros. À medida que isto foi ganhando força, participação, maior era a sua satisfação em realizá-la. E com isto, trazia a imprensa, especialmente a televisiva, para um novo enfoque de toda a ambiência do romeiro na terra do Pe. Cícero. Algumas vezes nos dizia com mágoas que “a televisão vinha e fazia uma espécie de ridicularização da romaria, falando de aspectos da pobreza, da fome e da miséria, enfim, o exibicionismo de um discurso panfletário que colocava muito mais em evidência os pontos negativos do Juazeiro. Pastoralmente, nós fomos fazendo frente a esse tipo de agressão e colocando a realidade que Juazeiro congrega em si.”

- Sua vida missionária e a dedicação ao povo romeiro foi tomando conta de sua existência a ponto de transmitir a nós um grande sentimento de realização pessoal. Assim, quando alguém indagava se de fato ele era feliz, se estava contente com os resultados que a paróquia alcançara por aqueles dias, se podia ouvir as seguintes revelações que colho em entrevista, num fim de romaria: “Eu acho bom, eu me canso, me mato, sei que a minha vida vai ser mais breve por causa do cansaço. Não tem quem agüente. Todo mundo ficou dormindo. No outro dia, eu me levantei as quatro e meia. É que o romeiro pra mim, eu sou sincero, é uma pessoa de Deus.”(...)“Antes de mais nada, eu vejo no romeiro aquilo que eu prego. Pra mim eles são os bem aventurados.”(...) “...me desgasto, pego briga aqui quando um cabra bole com um romeiro.”

- De Pe. Murilo sobre o Padre Cícero: “Eu o tenho como a figura de um padre vinculado historicamente à igreja do final do século passado e altamente comprometido em defender essa igreja de seus inimigos. Esse comportamento, eu chamo de apologético. Padre Cícero, na realidade, foi um padre encravado no contexto histórico, de grande zelo pela igreja e a fidelidade em zelar pelos sacramentos, pelo Conselho, pelas devoções do Coração de Jesus, de Nossa Senhora das Dores e do Santíssimo Sacramento. Eu o coloco dentro desse contexto de povo, numa realidade em que o padre se tornou verticalmente, um homem que quis levantar o seu povo. Parece-me que eu o vejo cada vez mais com o objetivo de criar uma comunidade que soubesse rezar e trabalhar. Este é o retrato fiel de um padre que batalhou sobretudo com honestidade, dentro do quadro cultural da época em que viveu.”

LIRA NETO NOVAMENTE EM JUAZEIRO

Estará em Juazeiro no próximo dia 21, terça-feira, o conhecido jornalista Lira Neto, autor do livro Padre Cícero, poder, fé e guerra no sertão, um dos melhores trabalhos sobre o Padre Cícero já publicados. Ele vem para proferir a palestra de abertura da II Semana de Iniciação Científica da Faculdade de Juazeiro do Norte. Lira falará sobre o tema Pluralismo cultural e religiosidade: integrando saberes na região do Cariri, a partir das 19 horas no auditório do Verdes Vales Hotel.

O Velho Zé Lobo, por Dimas Macedo

Poucos personagens, nas últimas décadas do Império e nos primeiros anos da República, em Lavras da Mangabeira, tiveram tanta projeção na vida pública da comuna quanto o tenente-coronel José Joaquim de Maria Lobo.

Advogado provisionado, professor primário, inspetor escolar, Promotor de Justiça, Vereador, jornalista com aspirações a literato, membro da Guarda Nacional da Comarca, proprietário rural no sítio Calabaço e líder do Partido Monarquista na Vila de São Vicente Ferrer, José Joaquim de Maria Lobo, ao contrário daquilo que sobre ele registrou o Núncio Apostólico do Brasil, Girolando Maria Gotti, tinha formação cultural bastante razoável.

Estudou, como registra o Padre Heliodoro Pires, no tradicional Colégio do Padre Rolim, em Cajazeiras, Estado da Paraíba, onde foi colega do Padre Cícero Romão e de José Marrocos, e assim também dos seus conterrâneos: o coronel Gustavo Augusto Lima e o poeta Fausto Correia de Araújo Lima, personagens que, assim como ele, gravitaram ao redor do Padre Cícero e das suas grandes peripécias.

Natural do sítio Francisco Gomes, município do Crato, onde nasceu aos 18 de setembro de 1849, consta que passou a residir na freguesia de Lavras a partir de novembro de 1866, quando o seu pai, o Coronel João Lobo, adquiriu por compra o sítio Calabaço, onde instalou o tronco da família Lobo de Macedo, naquele município.

Conhecendo o Padre Cícero desde os tempos de internato em Cajazeiras, abalou-se com a propagação dos milagres a partir da povoação de Juazeiro; e tanto neles acreditou que deixou para trás a sua família, as suas raízes culturais e a sua prosperidade como agricultor, para mudar-se definitivamente para Juazeiro, a partir de 1894, onde assumiu um papel relevante na divulgação da mística do grande taumaturgo do Nordeste.
O Velho Zé Lobo, como se tornou amplamente conhecido, fundou, no Ceará, a Legião da Cruz, e tornou-se, até a sua morte, o seu líder consumado. Levou a causa de Juazeiro ao Rio de Janeiro e depois a Roma, sendo ali o advogado do Padre Cícero, junto ao Tribunal das Santas Inquisições, residindo, inclusive, com o sacerdote, na Cidade Eterna, durante oito meses, aproximadamente.

Viajou para Roma, pela primeira vez, em setembro de 1896, ali protocolando, junto ao Santo Ofício, a defesa do seu constituinte, que seria no entanto condenado, em 10 de fevereiro de 1897.

Esteve uma segunda vez em Roma, segundo Joaryvar Macedo, mas é certo que voltou ao Vaticano, pela terceira vez, em março de 1898, a chamado do Padre Cícero Romão, que a ele tudo confiava, permanecendo em Roma até outubro de referido ano, quando regressou ao Brasil, portando uma das maiores vitórias que um advogado brasileiro poderia obter junto a um Tribunal Internacional.

Desembarcou em Juazeiro, provavelmente acompanhado pelo Padre Cícero, no final de outubro de 1898, carregando milhares de cruzes de madeira que afirmava terem sido bentas pelo Papa, em favor da causa que havia defendido. Um político muito astucioso, com certeza, e um advogado muito habilidoso, que muitas dores de cabeça deu ao Bispo Dom Joaquim e à cúpula da Igreja Católica cearense.

Não é justo, portanto, a pecha de ignorante com que foi denunciado junto ao Vaticano, pelo Núncio Apostólico do Brasil, pois não podemos presumir que um jornalista e professor primário, Ex-Vereador e Ex-Promotor de Justiça, na terra de Dona Fideralina e dos Augustos, navegando nas hostes da oposição, fosse alguém desprovido de atributos no plano da cultura.
Cognominado O Lobo de Juazeiro, pelo Santo Ofício, e largamente acusado de haver abarrotado o Óbulo de São Pedro de moedas e não de argumentos lógicos em prol da sua causa, era o Velho José Lobo uma figura de chamar a atenção, segundo o jornalista Lira Neto, que o descreve vestido de “terno preto, fitas coloridas e medalhinhas religiosas pregadas na lapela”. E acrescenta: “Uma espécie de beato de paletó e gravata, dono de sólido patrimônio”

Um Zé Lobo, portanto, muito diferente daquele que conheço de fotografia, portando uma farda de matador de mosquito do IFOCS, já na fase derradeira em que restava apenas o coronel decadente, vivendo às expensas da família, no glorioso Sítio Calabaço, onde se guardava, até a década de 1970, uma velha arca de couro que lhe teria pertencido e que o acompanhou nas suas viagens à Europa.

O próspero agricultor e pecuarista José Joaquim de Maria, segundo o sociólogo norte-americano, Ralph Della Cava, teria sido o arauto maior de Juazeiro e o seu grande arquiteto, não se justificando, assim, que os historiadores do Cariri ou do Nordeste tenham esquecido o seu nome, a contar do seu sobrinho Joaryvar Macedo, que tanto reclamou sobre o assunto.

As terras das quais era senhor, em Lavras da Mangabeira, pertenciam, a rigor, ao seu pai, o coronel João Lobo de Macedo, que exerceu domínios sobre o engenho e a casa-grande do sítio Calabaço, em cuja alcova vim ao mundo, em 1956. A Água Fria, o Junco, o Barro Banco e o Baixo constituíam, na adolescência e ainda na velhice de Zé Lobo, um núcleo de poder patriarcal, econômico e social de grande efervescência, sendo justo, portanto, o afirmar-se ser o filho da Dona Sinhara e do Seu João Lobo um dos grandes latifundiários da margem esquerda do Salgado.

Os biógrafos do Padre Cícero e os intérpretes da região do Cariri, costumam registrar que o fundador de Juazeiro teve duas grandes orientações: a do Velho Zé Lobo, na sua fase mística e de oblação espiritual; e a de Floro Bartolomeu, na sua fase predominantemente política.

Floro Bartolomeu, como é sabido, esmagou a influência de Zé Lobo sobre o sacerdote e levou o líder da Legião da Cruz à mais espantosa miséria e à sua total exclusão da vida social, de forma que o mesmo veio a ser socorrido pelo seu irmão, o coronel Joaquim Lobo de Macedo, que o levou de volta ao município que primeiro o acolheu, reconciliando-o com a sua família e com os seus conterrâneos, tanto na cidade de Lavras, quanto no sítio Calabaço.

O Velho José Lobo era outro, no entanto, pois não mais se conciliou com a sua antiga tradição. Finalmente, vítima da gripe espanhola, conhecida como A Bailarina, veio a falecer, em 1918.

Foi casado com a lavrense Mariana Alves Bezerra (Maninha), filha de Raimundo Correia Lima (Raimundo Gordo) e Glória Alves Bezerra (Glorinha). Uma de suas filhas, Raimunda Senhorinha de Macedo (Mundinha), tornou-se legionária e beata em Juazeiro do Norte; a outra, Maria da Glória de Macedo (Mariinha), casou-se com Aristides Ferreira de Menezes, vindo a ser avó de Durval Aires, um dos grandes escritores cearenses.

Dos seus artigos publicados em jornais e assim dos seus escritos inéditos muito se valeu Irineu Pinheiro para escrever a história de Juazeiro e também do Cariri. E da sua decisão de propagar Juazeiro, para além do Vaticano e da Igreja Católica do Brasil, muito ainda terá que depender a reabilitação do nosso grande taumaturgo.

Falta-lhe, no entanto, um biógrafo ou talvez um intérprete que o coloque, noventa anos após a sua morte, na sua devida projeção, pois sem a sua causa, a sua valentia e sua cultura de advogado, Juazeiro talvez não tivesse o status que hoje tem no Vaticano.
(Dimas Macedo, de Fortaleza. dim.macedo@hotmail.com)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

PROCISSÃO DOS ÔNIBUS SEM PREMIAÇÃO

Não aconteceu este ano a premiação dos caminhões  e ônibus que participaram da Procissão dos ônibus, no dia 14 passado. O evento que começou no ano passado tendo a Prefeitura Municipal como órgão promotor não se realizou porque a Prefeitura   não quis bancar a premiação, que consiste, na verdade, da entrega de uma placa a três  vencedores. Não sabemos a causa que motivou a interrupção do evento que tanto prazer deu aos participantes no ano passado e que este ano ficaram frustrados pela não realização. Seria uma boa medida se a Basílica de Nossa Senhora das Dores passasse a bancar a realização do evento, já que a Prefeitura não o quer mais. A premiação foi idealizada pela SETUR para proporcionar um melhor acolhimento aos romeiros que vêm a Juazeiro para a Festa da Padroeira. É um evento de baixo custo, mas de um importante significado, mas mesmo assim este ano não houve nenhum interesse da Prefeitura.  É uma pena!

A ROMARIA DE JUAZEIRO, INTERNACIONALIZADA ?

De Maria do Carmo Forti recebemos uma breve informação, reproduzindo nota da colunista Sônia Racy, publicada no jornal O Estado de S. Paulo (15.09.2010), segundo a qual “Aparecida, Juazeiro do Norte, Belém e Nova Trento - destinos religiosos brasileiros - devem entrar na pauta da Opera Romana. É o que tenta Luiz Barretto, Ministro do Turismo, em suas conversas em Roma esta semana, com Caesar Atuire - dirigente da operadora de turismo do Vaticano.” Esta iniciativa é muito louvável e pretende com isto internacionalizar estes destinos de peregrinação católica no nosso país. A propósito desta figura, o Pe. Cesare Atuire, encontra-se na Internet o seguinte texto sobre sua pessoa:
“Poucos ouviram falar dele, mas o padre Cesare Atuire é o homem forte do Vaticano. É ele quem garante que, todas as semanas, o Papa Bento XVI tenha público suficiente quando se dirige aos peregrinos na Praça de S. Pedro, em Roma. Atuire, nascido no Gana, dirige, desde 2005, a Opera Romana Pellegrinaggi (ORP) - a agência de viagens do Vaticano. A equipa que coordena freta aviões, comboios, autocarros e barcos para levar turistas a Roma. Além disso, é ele o responsável pela criação de voos low-cost de Roma para outros destinos católicos populares como Fátima, Lourdes ou Santiago de Compostela. Os voos incluem orações na descolagem, apoios de cabeça forrados com citações bíblicas e, em ocasiões especiais, garrafas de água benta. A estratégia está a resultar: só no último ano, a ORP levou mais de 60 mil visitantes ao Vaticano - um acréscimo de 40% em relação a 2007. Apesar de Bento XVI não ter o mesmo carisma do seu antecessor, João Paulo II, está a conseguir atrair mais fiéis à Praça de S. Pedro, conseguindo números que ultrapassam as multidões que João Paulo II reuniu nos últimos anos. E a verdade é que reservar pela ORP tem as suas vantagens: os visitantes podem furar a fila da Capela Sistina, estar presentes em sessões com o Papa e poupar dinheiro em conventos que funcionam como residenciais. "Nós resolvemos todos os problemas", garante o padre Atuire, 42 anos. "Se me telefonarem e disserem “Quero levar aí dez mil pessoas”, eu digo: “Muito bem. Amanhã respondo-lhe”."Logo em 2005, quando foi nomeado para o cargo, Atuire começou a regatear preços com hotéis e revendedores. Usou a influência do Vaticano para persuadir conventos e mosteiros de toda a Europa a abrir as portas aos peregrinos mais poupados. A ORP está até a reformar um convento nos arredores de Roma, onde os clientes tratam dos próprios quartos e arrumam os tabuleiros das refeições. O objetivo é transformar o mais pequeno Estado do mundo numa "plataforma logística de passageiros" - um sítio onde os turistas passem a caminho de um outro destino. "Eu negocio e negocio duramente", afirmou o padre, nascido nas planícies áridas do Nordeste ganês e educado em escolas britânicas, ao "The Wall Street Jounal". Para ajudar os turistas a circular pela cidade, o padre lançou uma linha de ônibus de dois andares com entrada e saída livre. Batizados de "Roma Cristã" e pintados de amarelo e branco - as cores oficiais da Santa Sé -, os autocarros transportam os turistas de basílica em basílica com uma narração pré-gravada. Atuire está de olhos postos nos 67 milhões de católicos americanos e planeia lançar, em breve, um site na internet, destinado a vender diretamente pacotes de viagens a clientes dos EUA. Apesar de tudo, o padre garante que a ORP não procura o lucro, embora reconheça que tem uma sólida abordagem empresarial. "Tenho de continuar a lembrar-me de que isto é uma missão pastoral e todos os dias preciso de me dedicar um pouco, para me certificar que me mantenho no bom caminho como padre", confessa.”

Vamos aguardar, torcendo, para que esta iniciativa resulte em bons frutos para a igreja no Brasil, especialmente para Juazeiro do Norte – com extensão para todo o Cariri, se inserido no roteiro obrigatório das grandes romarias no mundo. Mas, para isto, vai ser necessário resolver muita coisa pendente como: rede hoteleira, aeroporto, e a melhor atenção da igreja e do poder público com os peregrinos.

Por Renato Casimiro

sábado, 11 de setembro de 2010

ROMEIROS NA ESTRADA

Amigos,
estou em Garanhuns, PE, para passar uns dias de repouso e renovar as energias para continuar na labuta diária. Na estrada, durante a viagem, cruzei com dezenas de ônibus de romeiros se deslocando com destino a Juazeiro. Era fácil perceber que eram ônibus de romeiros, pois todos eles levavam na frente um pequeno altar com a imagem ou de Padre Cícero ou de Nossa Senhora das Dores, ou de ambos. Os que não tinham andor, exibiam uma faixa de louvor à Padroeira de Juazeiro ou ao Padre Cícero. Também cruzei com muitos motoqueiros e ciclistas. Encontrei até romeiros viajando a pé.Aí já é fé acima do normal!Neste período, até o dia 15, as estradas nordestinas estarão repletas de devotos de Padre Cícero e Nossa Senhora das Dores. Em Juazeiro deve estar quente,mas aqui em Garanbuns faz um frio bem gostoso.

Geopark promove Seminário sobre projetos culturais

A Secretaria de Cultura, de Desenvolvimento Agrário e Instituto Agropolos, o Geopark Araripe, Ministério da Cultura (MINC) e Banco do Nordeste do Brasil (BNB) realizam nos próximos dias 13 e 14/09 o Seminário de Integração de Projetos Socioculturais do Geopark Araripe- Território Cariri.
O objetivo é formar a rede de Cultura Geopark Araripe, por meio dos projetos Mais Cultura, Tesouros Vivos e a rede Geopark para o desenvolvimento do turismo cultural sustentável territórial.
Temas como “Procedimento de Comunicação, Uso de Logomarcas, restrições do período eleitoral”, “Empreendedorismo e Geoprodutos” e “Territórios da Cidadania e Agricultura Familiar”, entre outros, serão apresentados.
Cerca de 149 participantes entre Gestores da Cultura, Meio Ambiente, Turismo, Conselhos Municipais de Meio Ambiente, técnicos, Geopark Araripe, Rede Mais Cultura, Bibliotecas Públicas e Comunitárias, Rede dos Territórios da Cidadania, MINC e Inec são esperados.
A programação dos dois dias começa a partir das 7h30 e encerram-se às 17h00. As palestras serão ministradas no Centro Regional de Referência da Saúde do Trabalhador, na Rua Tabelião João Machado, 195-A, Juazeiro do Norte.
Assessoria de Comunicação Geopark Araripe
Michel Macêdo
Assessor para Asssuntos de Comunicação
Sarah Menezes
Jornalista responsável
www.geoparkararipe.org
geoparknews@urca.br

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

PADROEIRA VISITA MERCADO


Já está se tornando tradição a presença da imagem de Nossa Senhora das Dores no Mercado Central durante os festejos da Festa da Padroeira. Este ano ela esteve no dia 9. Durante todo o dia houve orações (terço dos homens e terço das mulheres), louvores, cânticos e no final da tarde a celebração de uma missa oficiada pelo Padre Monteiro. Os feirantes e visitantes se sentem bastante contentes com a presença da imagem da Padroeira de Juazeiro numa prova evidente do quanto a nossa padroeira é venerada. Os trabalhos de coordenação foram do casal Francisco e Tânia (da Paróquia de São Miguel) e da ministra da eucaristia, dona Adalgisa (do Santuário Basílica de Nossa Senhora das Dores).

MAIS LIVROS PARA JUAZEIRO

Na
manhã de ontem, quarta-feira, 8, a biblioteca municipal Dr. Posidônio
Bem, na Rua Santo Agostinho (quadro da bandeira), recebeu mais de 10
toneladas de livros, doados pela Fundação Anoch Rodrigues,  de Brasília.
O material  recebido será  utilizado no projeto “Uma Biblioteca em cada
comunidade”  que tem o objetivo de instalar bibliotecas comunitárias
nos seguintes bairros: Frei Damião, João Cabral, Antônio Vieira, Vila
Nova e no São Gonçalo,  na zona Rural de Juazeiro do Norte. Com este
projeto a prefeitura de Juazeiro do Norte, vai oferecer aos estudantes
dos bairros mais distantes da cidade e da zona rural acesso ao livro.
Vinte 
; bibliotecas serão montadas até julho de 2011, quando Juazeiro
comemora seu centenário. (ASCOM/PMJN)


domingo, 5 de setembro de 2010

A partida do meu sogro, Zeca Marques

Agosto de 2003. Viajamos a Aracaju, SE, para a comemoração do Dia dos Pais na residência do seu filho caçula, Jorge Luiz, que se encontrava com a saúde fragilizada e queria a presença dos pais e dos irmãos neste dia festivo. Havia também outro motivo: inaugurar uma praça construída no segundo andar de sua residência, para homenagear seu pai na comemoração dos seus noventa anos. Foi uma viagem especial justificada pela expectativa de ver a ideia maravilhosa do seu filho concretizada. Mas, ao chegarmos e ao presenciarmos o estado debilitado de Jorge, magro, pálido e sem disposição, ficando a maior parte do tempo deitado, foi aí que meu sogro, uma pessoa disposta, que praticava exercícios físicos, caminhava muito no comércio em busca das mercadorias necessárias para surtir sua lojinha de artigos religiosos e de ouro, sofreu um grande impacto. Seu coração já estava amargurado com a morte precoce de dois filhos (Walter e Samuel) e outro filho amado estava doente. Era demais para o peso dos 90 anos. Sua saúde ficou mais abalada, desde então. Aqui, acolá, uma gripe, pneumonia, intestino preso, a tristeza no seu semblante, a indisposição para o diálogo, para a conversa solta nos almoços dominicais. Na inauguração da praça, ele estava muito entusiasmado, feliz por receber um presente tão edificante de um filho, mas na ora de agradecer a homenagem, a voz tremeu. As lágrimas correram dos seus olhos. Sabia que seu filho não estava bem. Voltamos da viagem, sem o mesmo entusiasmo da ida, e ao chegarmos começamos os preparativos do aniversário dos seus noventa anos. Ficou combinado com os filhos, a reedição do livro de sua autoria Como eduquei meus filhos, com novo visual gráfico, com fotografias dos familiares, capa bem caprichada, para ser entregue no momento da comemoração do seu aniversário, no café da manhã que todo ano os irmãos maçons lhe ofereciam e também comemoravam o aniversário da loja a que ele pertencia, Evolução Nordestina. E assim aconteceu, uma manhã bonita, com os raios dourados do sol aquecendo nossas faces, foi entoado o Hino Nacional e a Bandeira Nacional hasteada por ele. No recinto, um café farto, com muitas guloseimas e no final da solenidade, Carlos Alberto, seu filho, falou e fez a entrega do presente, uma surpresa para ele, que era a reedição do livro, para ele autografar e distribuir com os familiares e com os amigos. Foi um dia muito animado, carregado de muita emoção. Muitos familiares estiveram presentes.
Mas com o passar do tempo, seu Zeca começou a apresentar lapsos de memória e D. Maria, minha sogra, falava que ele não queria mais conversar, não tinha mais animação para nada e nem queria se alimentar, e nem tampouco tomar água. Daniel resolveu levá-lo para um geriatra, achando que fosse depressão senil. O geriatra prescreveu alguns medicamentos, mas o resultado não foi o esperado. Continuava apático, só se animava um pouco nos domingos quando íamos almoçar em sua casa. Mas, fomos diminuindo estes almoços para não sobrecarregar minha sogra, que fazia questão de preparar o almoço. E assim, íamos sempre lá, bater um papo, brincar um pouco, mas o mutismo era o seu linguajar, a sua manifestação de que estava tudo bem. Algumas vezes o levávamos para passear de carro, apesar de ele não demonstrar nenhum entusiasmo. Aceitava somente para agradar dona Maria. Os dias passando e percebíamos cada dia mais o seu acabrunhamento, a sua indisposição para viver. Os membros endurecidos, as pernas não queriam mais obedecer, resolvemos contratar uma fisioterapeuta para acompanhá-lo com exercícios leves, com joguinhos para revigorar o seu raciocínio e o gosto de aumentar o seu tempo de vida com alegria. Até que ele aceitou de bom grado e dava até umas risadas quando Isabel, a fisioterapeuta, chegava para assisti-lo. Ultimamente nem isso ele estava querendo, ficava cochilando durante as seções de fisioterapia.
Ele sempre foi uma pessoa muito independente, talvez por ter nascido no Dia da Independência do Brasil, isto o fez uma pessoa batalhadora, influente e responsável por toda a sua família. Então, no meu entender ele não queria dar trabalho para ninguém, principalmente para sua amada esposa, que ele costumava dizer, “esta é minha mulher”, segurando no seu braço. Com ela foram setenta e dois anos de convivência amorosa, dedicada, harmoniosa e de bom exemplo. Deixa para todos nós, seus filhos, netos, bisnetos, noras, irmã, sobrinhos, cunhada uma grande lacuna. E aquela saudação que ouvia sempre dos seus lábios quando chegava a sua casa: “Como vai”? E também da frase que dizia quando me despedia, segurando em sua mão: “Já vai? tá cedo. Demore mais”. Ah, vou ter saudade e sei que algumas vezes irei chorar.
Foram quarenta e um anos de uma convivência sadia, de muitas experiências e ensinamentos adquiridos com ele. Um legado maravilhoso de amor dedicado à família. Vou guardar como lembrança sua, o seu sorriso, a sua afabilidade para comigo. E encerro a minha homenagem com as palavras que sua bisneta e neta minha, Heloísa, disse:
“Vó Maria, não chore, foi mais uma estrela que chegou no céu.”
Receba esta homenagem como forma de gratidão e estima.
Sua nora,
Tereza Neuma de Macêdo e Silva Marques
Em 8 de setembro de 2010


MAIS E-MAILS
A vida completa mais um ciclo. Começa um novo... Esperança e fé para todos.
Zé Valdo
Fortaleza-CE


Seu Zeca Marques fazia parte de minha família. Eu, Jorge, Zé Balbino, Daniel, Rosangela somos irmãos . Hoje seu Zeca e seu Zé Miguel (meu pai) confabulam juntos com Zuca, Samuel, Jorge e Walter capitaneados por Deus e pelo pe.Cícero lá no céu. Que os ensinamentos e ética sejam os norteadores dos que ficam. Do amigo e irmão Iderval Reginaldo Tenório
Salvador-BA.

sábado, 4 de setembro de 2010


ESTÓRIAS DO MURILO

Recolho em algumas entrevistas de Pe. Murilo à imprensa os esclarecimentos que ele, freqüentemente disseminava com os próprios romeiros, numa linguagem simples e direta, muito compreensível ao seu entendimento. É o caso da origem desta devoção que se celebra a cada dia dois de fevereiro. Ele dizia que “é porque a festa de Nossa Senhora das Candeias é a primeira festa de Nossa Senhora das Dores que existia no calendário, porque é o dia em que Nossa Senhora apresenta o menino Jesus no templo e escuta do velho Simião a profecia de que uma espada de dor traspassará seu coração. O padre Cícero que não podia celebrar a missa, benzia as velas lá na casa dele e vinha assistir a missa da purificação de Nossa Senhora. Como a devoção de Nossa Senhora aqui é envolvente essa festa é a mais antiga de Juazeiro.”

Pe. Murilo nos esclareceu como foi estabelecida a Procissão dos Caminhões, em 1974. “As coisas aqui vão nascendo conforme os romeiros descobrem. Eles têm uma mania de pedir para benzer os caminhões, e para eu não estar benzendo todo dia um, eu preferi juntar todos e dar uma recepção a eles, e fui me lembrando que talvez isso significasse muito pra eles. Realmente, o caminhão de romeiro e o ônibus que não vai pra essa procissão é como se fosse uma dor na alma do romeiro. Quando ele faz a promessa de vir, ele já se inclui como participante dessa noite festiva, dessa tarde festiva, tarde que Juazeiro atende ao chamado, por exemplo, nós pedimos a rua São Benedito para que as pessoas fossem para as esquinas, levando um pouquinho d’água, para o romeiro menor, para a criancinha que vem em cima do caminhão e que desde um hora da tarde esta agüentando o sol de setembro.”

Uma das cenas comuns nas romarias de Juazeiro do Norte é o ritual do romeiro e o chapéu que ele carrega na cabeça por todo o seu trajeto nos dias em que passa na cidade e para muito além da cidade, no seu retorno. Pe. Murilo nos esclarece este comportamento, porque “o chapéu de palha é um companheiro de todas as horas do romeiro, e as coisas mudaram, antigamente era falta de respeito você entrar na igreja com chapéu. Mas, se for o chapéu de palha, aí é um ornamento, faz parte da indumentária romeira, então, como a minha visão é popular, se hoje numa festa de casamento se coloca chapéu nas damas para ornamentação e elas entram, por que o romeiro num pode entrar com o chapéu? E, em segundo lugar porque é bonito, é um símbolo de nordestinidade e da nossa romaria.”

E sobre Juazeiro e Canindé, o que ele nos dizia? “A nossa romaria ela é pura e é nordestina, você não vê isso em Canindé. Há muita diferença. Primeiramente, a de Canindé não é nordestina, ela é cearense, riograndense do norte, e piauiense, embora seja maior a presença do Ceará, 200 vezes maior do que a presença do Ceará em Juazeiro. Porque aqui no Juazeiro houve as mãos da proibição da hierarquia. Enquanto lá em Canindé fazem é escangalhar. Pra você ver o que é peso de discurso. Hoje nós temos caminhões e ônibus da Serra Grande aqui, e nunca houve isso. Gente de São Benedito, de Viçosa. E todos os domingo vem cinco ônibus de Fortaleza, isso não só significa que a romaria de Juazeiro está puxando gente de Fortaleza, mas significa que muita gente do interior foi morar em Fortaleza e não perdeu a devoção.”

E a Romaria de Novembro? “Ela tende a ser maior, porque cada romeiro que assistiu e gostou, vai trazer um, não precisa você fazer propaganda de romaria no Juazeiro, receba bem o romeiro, que é ele quem vai dizer que rancheiro fulano de tal é ladrão, que beltrano não atende ele, nem que o padre fulano de tal acolhe você. A festa de novembro desse ano (1989) já vai ser muito grande. Porque agora houve umas incidências sérias, as chuvas em Alagoas, as enchentes no Recife... Como eles não podem deixar de vir, vão vir na festa em novembro. Em novembro vem também estudante demais, porque é feriado, e é também muito animado. A festa da padroeira também ainda tem um aspecto social muito forte, comunitário. É um momento de lazer, essas pessoas que vivem morrendo de trabalhar lá no cabo da inchada, na zona da mata, elas vem pra aqui se encontrar, dançar em carrossel, ir pra festa, ir pro cinema, esse tipo de coisa.”

SEMINÁRIO ARTEFATOS DA CULTURA NEGRA NO CEARÁ

Será realizado em Juazeiro do Norte, de 8 a 10 de setembro, o seminário Artefatos da Cultura Negra do Ceará, realização do Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira da UFC e do Núcleo de Africanidades Cearense.
PROGRAMAÇÃO - SEMINÁRIO
ARTEFATOS DA CULTURA NEGRA NO CEARÁ
DE 08 A 10 DE SETEMBRO DE 2010
LOCAL: SESC/JUAZEIRO
PROGRAMAÇÃO
DIA 08/09 NOITE
CONFERÊNCIA DE ABERTURA: As raízes africanas do couro e do gado brasileiro.
Dra. Viviane Lima (PUC/SP)
DIA 09/09: MANHÃ
DEFESA DE DISSERTAÇÃO (DE 8:00 às 12:00 h)
TÍTULO: Entre a escola e a religião: desafios para crianças de Candomblé em Juazeiro do Norte
MESTRANDA: Kássia Mota
DIA 09/09: TARDE
DEFESA DE TESE (de 14:00 às 17:30h):
TÍTULO: OS CONGOS DE MILAGRES E AFRICANIDADES NA EDUCAÇÃO DO CARIRI CEARENSE
DOUTORANDA: Cicera Nunes
Participação dos Congos de Milagres
DIA 10/09: MANHÃ
PALESTRA (de 08:00 às 10h): O negro no Ceará
Dr. Alex Ratts (UFG)
Video debate (de 10:00 às 12h): O Povo de Santo
Coordenação GRUNEC (Grupo de Valorização Negra do Cariri)
DIA 10/09 TARDE (de 14:00 às 17h):
PALESTRA: Africanidades e Afrodescendências na Educação Brasileira
Dr. Henrique Cunha Júnior (UFC)
Dra. Sandra Haydeé Petit (UFC)
Realização:
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO BRASILEIRA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC
NÚCLEO DE AFRICANIDADES CEARENSE – NACE
Apoio:
SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO – SESC
GRUPO DE VALORIZAÇÃO NEGRA DO CARIRI - GRUNEC
NÚCLEO BRASILEIRO, LATINO AMERICANO E CARIBENHO DE ESTUDOS EM RELAÇÕES RACIAIS, GÊNERO E MOVIMENTOS SOCIAIS – N’BLAC
Curso de Extensão Iniciativas Negras; Trocando Experiências
Informações:
ciceranunes@hotmail.com
83 9620 4194
kassiamota@gmail.com

Como sabemos, Juazeiro teve no passado pessoas ilustres, outras bem populares, outras típicas do cotidiano e outras que se tornaram "lendas", as vezes do imaginário popular.Talvez o amigo esteja a pensar em certo senhor, que a despeito da "fama" que lhe dá auréola de (digamos, turrão, no bom sentido) objetivo em suas assertivas... não
é este de quem quero falar. Quando criança, ouvi muitas vezes alguém que pensava ser mais do que era, ou se vangloriava de qualquer assunto, sobre tal pessoa, dizia-se um tal ditado que se tornou "proverbial", naquelas épocas:"Só quer ser os TAMANCOS DE ROQUE". Daquela época, quem não se lembra? Mas, parece, que para tal ditado, existe uma rápida variante. Se eu estiver errado, me corrija...
Mas, com todo respeito, lembro-me do sacristão ROQUE, todo de branco, subindo a escadaria de madeira, que dava acesso para o campanário da igreja do Perpétuo Socorro.Meu avô morava muito próximo e sempre eu estava lá com minhas devotas tias. Ah, tempo bom, que não volta jamais...e ROQUE TOCAVA O SINO.
Desidério Ferreira
Fortaleza-CE

NASCE UMA ESCRITORA

Estou enviando um texto para o Blog de Juazeiro no sentido de divulgar uma jovem escritora juazeirense que começa a despontar nas veredas literárias. Angela Calou é o seu nome e já demonstra um grau de maturidade incrível no âmbito das letras.

"Gostaria de fazer uma ressalva sobre o nascimento de uma jovem escritora: Angela Calou. O ano passado (2009) tive o prazer de conhecer essa pérola que certamente é a nova revelação no campo literário. Ela foi contemplada recentemente através da Secult-Ce com uma obra intitulada EU TENHO MEDO DE GORKI E OUTROS CONTOS. Ela é juazeirense e concluiu o curso de Filosofia há pouco tempo pela Universidade Federal do Ceará, Campus Cariri e já demonstra grande maturidade no texto. Ou melhor, ela encanta nos textos que escreve. Sem dúvida uma vocacionada. A nossa revista, a Revista Mambembe teve o prazer de receber uma colaboração sua com um trabalho seu intitulado NEVERLAND. O texto traz um interessante esboço provocativo aonde ela aponta como seria uma cidade sem poetas. Ou melhor, como seria desinteressante o quadro de uma cidade sem a existência de poetas. Dá para se avaliar como seria terrível a experiência. O que me levou a escrever sobre Angela Calou é comentar sobre a sua sensibilidade voltada para a narrativa, empregando um forte teor poético na sua prosa. Portanto, vamos alardear (no bom sentido da palavra) sobre o nascimento dessa escritora, que demonstra claramente a firme demonstração de que até as células se renovam. Por uma questão emergencial, vamos valorizar os autores contemporâneos. Afinal, eles são a herança de uma história".
Abraços aos leitores do Blog de Juazeiro,
Carlos Pontes
Revista Mambembe
Parnaíba-Pi

SUBSTITUIÇÃO DE CASAS DE TAIPA

O prefeito de Juazeiro do Norte Dr. Santana entregou através do programa “Substituição de Casas de Taipa por Alvenaria”, 60 casas na zona rural do município. Em breve, o programa irá contemplar mais duzentas e quarenta famílias, Totalizando 300 unidades habitacionais. O evento aconteceu na quadra de esportes do sítio São Gonçalo. (ascom/pmjn)

JUAZEIRO PODE FICAR SEM REPRESENTANTE NA ASSEMBLEIA

Com quase vinte candidados com domicílio eleitoral em Juazeiro concorrendo para o cargo de deputado estadual, esta cidade corre o risco de não eleger ninguém, pois o pleito está bastante disputado. Ocorre que muitos candidatos de outras localidades estão garimpando votos no colégio eleitoral juazeirense e essa evasão de votos prejudica sensivelmente a eleição dos representanrtes locais. O certo é que de uns tempos para cá nenhum candido conseguiu mais se eleger apenas com votação conseguida em Juazeiro. Isso mesmo, houve tempo, nos anos 60 e 70, por exemplo, em que alguns candidados garantiam sua eleição apenas com a votação obtida nas urnas de Juazeiro. Mas depois o município se transformou num bolsão de votos e assim qualquer candidado sem a menor identificação com a terra consegue ser votado aqui. A prática não é nova, mas cresceu mais do que o esperado e quem perde é o município, que deixa de ter seus representantes genuinamente juazeirenses, e portanto, mais comprometidos com a solução dos problemas locais.
A foto mostra o jornalista Francílio Dourado que morou em Juazeiro do Norte nas décadas de 60/70. Teve intensa atividade jornalística, escrevendo em diversos jornais da terra. Foi fundador e presidente do Clube de Imprensa de Juazeiro. Depois passou a residir em Fortaleza.
Tomei conhecimento do falecimento de seu Zeca hoje através do blog. E gostaria de dizer aqui que seu Zeca é parte das nossas vidas e da vida do Juazeiro, jamais será esquecido. Para mim ele é um exemplo de vida, merece o respeito e a admiração de todos.
Sempre lembrarei dele com o seu o terno branco e a sua maleta de joias.
Fernando Figueiredo
Recife-PE

Resignados e tristes unimo-nos edm orações pelo falecimento do nosso amável tio e padrinho Zeca Marques que descanse em paz.
Diogenes Marques e Família
Fortaleza-CE

Soube da notícia há pouco. Meus sentimentos pelo Sr. Zeca Marques. A dor neste momento é sempre tão difícil entendê-la. Justamente porque ela é intransferível. Mas gostaria de dividir com você o momento. Quanto ao Sr. Zeca, está nos planos de Deus.
Carlos Pontes
Parnaiba-PI
Estávamos ainda rezando nessa manhã pelo seu Pai, quando recebemos o anúncio de seu falecimento. Continuamos pedindo a Deus força e coragem para sua querida Mãe e sua família. Seu Pai venceu o "último combate" depois de uma vida digna, honesta, doada a causas humanitárias: que Deus o recebe nos seus braços misericordiosos! Nossos sentimentos fraternos e amigos
Ir.Annette e Comunidade
Juazeiro do Norte-CE

NOSSAS CONDOLÊNCIAS E NOSSAS ORAÇÕES.
UM GRANDE ABRAÇO.
ANTONIO LUIZ MACÊDO, ALDINHA E FILHOS.
Fortaleza-CE

Estamos tristes pela perda de Sr. Zeca, mas felizes pelo exemplo de vida que ele nos deixou, após uma longa caminhada neste mundo. Que DEUS receba no céu com alegria este seu filho.
Paulo Airton e Família
Tauá-CE

Meus Pezar, Ele foi um heroi.
Ivonete Marques
Manaus-AM

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

PÊSAMES MORTE ZECA MARQUES

Sinceras condolências para você e todos os seus pela passagem de seu genitor.
Esta é a hora em que palavras não conseguem expressar nosso pesar neste momento que é inesperado apesar de inevitável.
São votos em nome de Amorim, de minha família e de todos nós que fazemos a Sistech Informaáica.

Em meu nome e no de minha família, envio ao prezado amigo - e familiares em geral - esta mensagem sincera de condolências, pelo falecimento de seu extremoso pai, Sr. Zeca Marques.
Francisco Neri Filho
Fortaleza - Ceará.

Minhas condolências
fique com o orgulho e sinta-se reconfortado em ter tido um pai exemplar
que deixa um grande exemplo de homem para todos nós
Demontier Tenório

As pessoas que tiveram o privilegio e a felicidade de conviver com o PADRE CICERO são mais ILUMINADAS
ZECA MARQUES foi uma delas.
O reencontro dos dois no céu já aconteceu e foi de muita alegria!
Receba os Sentimentos sinceros do amigo José Leite de Souza

Obrigado por avisar do falecimento do Tio Zeca. Ficamos entristecidos e saudosos apesar de ter-se passado dois anos sem vê-lo. Aqui rezamos por voces e pedimos a Deus que lhes dê a força necessária nesse momento tão triste.
Que Deus os abênçoe!.
Lázaro Marques.


Transmito V.Sa., meus pesames falecimento do Ir.'. Zeca Marques, extensivo aos demais familiares. Homem digno e exemplo de honestidade, tive o prazer de conviver com quando o mesmo representava a Loja Cavaleiros Espartnos de Juazeiro, juntro a Assembleia Maçonica na epoca do GOINC. Que o GADU o acolha festivamente.
Gerson Lacerda


Tomei conhecimento nesta data, através do Sr. Renato Casimiro, do passamento de seu carissimo pai Sr. José Marques da Silva (Zeca Marques).
A vida poderia não nos tomar de volta os entes mais queridos.
Também já perdi o meu genitor. Porém, em idade mais tenra.
Não nos conhecemos pessoalmente ainda. Estou trabalhando na equipe que está construindo o Instituto Bezerra de Menezes.
Espero conhecê-lo pessoalmente em breve.
No momento, queira aceitar meus sentidos pêsames.
Saudações Franciscanas,
Assis Cavalcante

É com profundo pesar que anuncio o falecimento do Ir. Zeca Marques.
Esse verdadeiro Maçom. Maçom com M grande. Maçom na essência da palavra.
Foi uma perda imensa para a Maçonaria Cearense.
Um abraço triplo Zeca.
Que o GADU lhe proteja. Se mostre como a verdadeira LUZ no novo oriente onde se encontra. A LUZ que todos nós procuramos.
Arimatéia Macêdo

Lamentável notícia nesta manhã. O conforto ainda vem, na ideia de que no Céu, a recepção lhe dará alegria: três espíritos de luz, seus filhos amados, abrirão a porta em festa. A atmosfera que os já quatro respiram é puríssima, leve e aconchegante pela presença do Espírito Santo.
Deborah Calou

Você sabe que pode contar, diariamente, com as minhas orações para o seu pai e para você. Que Deus lhe dê toda força que você precisar para enfrentar esse momento doloroso que é a doença de uma pessoa tão querida. Que Deus os proteja.
Maria do Carmo

Sou Barbalhense, resido em Brasília bastante anos, desde menino ouvia minha mãe sempre dizendo; questão de ouro pra consertar tem que ser com um homem honesto e só conheço um seu Zequinha, exponha sua banquinha no sábado em Barbalha sempre no mesmo local em frente a Praça Filgueiras; Um abs. fraterno a família e todos da irmandade.
Haroldo Matos Santana Brasília - DF

Sr Zeca marques Deus estará com o senhor onde quer que vá, pois acompanha seus filhos desde a vida terrena até a transmutação. Os sionistas lamentam tão grande perda.
Maros Sales
Juazeiro - CE

A Daniel Walker e Carlos Alberto meus contemporâneos , minhas condolências ,que Deus o tenha em um lugar privilegiado este grande homem e grande chefe de família que foi Zeca Marques.
Francisco Pereira Lima
Juazeiro - CE

Lamento profundamente o falecimento de ZECA MARQUES e envio aos familiares meus sentidos pesames. Zeca Marque foi um homem altruístico e prestou relevantes serviços a sociedade Juazeirense. Foi um Líder maçon, companheiro autentico. Que Deus o tenha
Carlos de Araujo Alves
Juazeiro do Norte-CE

Hoje sou maçon ,mestre instalado, benemérito da ordem e pertencente ao gob e tive o incentivo de Zeca Marques para ingressar nessa sublime ordem. No dia 08/09, quando estaremos comemorando 75 anos de nossa loja, com as presenças dos grãos mestres de todas as potencias, prestaremos nossa homenagem aos irmãos falecidos.
Jose Rodrigues Gama
Juazeiro do Norte - C

Meus sinceros pesames ao Professor Daniel Walker e família, embora não tenha conhecido pessoalmente o Sr. Zeca Marques, desejo o descanso eterno.
Cicero José Gonçalves de Lima
Juazeiro - CE

Zeca Marques era um homem de grande caráter,sincero,um irmão de gande valor.com certeza esses irmaos que partiram tem um valor inestimável,tentar descrevê-los e muito difícil.que o g.a.d.u. os receba de braços abertos.
Chico Avelino
Petrolina - PE

Juazeiro perdeu nesta madrugada um Homem exemplo de honestidade, caráter inabalável, conheço Seu Zeca Marques desde pequena e tinha grande admiração por ele. Que Deus dê conforto a D. Maria , Daniel e o resto dos seus familiares. Com certeza ele está em um bom lugar.
Sandra Camilo Juazeiro do Norte - CE

José Marques da Silva, Zeca Marques, faleceu (2) a cinco dias de completar 97 anos de idade. Conheci-o na feira de Milagres: todo sábado, lá estava ele junto à tabuleta de joias de ouro, próximo da banca de papai (Miguel José dos Santos). Na segunda-feira, pegava a feira de Missão Velha. Homem simples, seu Zeca Marques invariavelmente vestia branco. Com os recursos oriundos de sua ourivesaria conseguiu diplomar cinco filhos: José Walter, engenheiro, Samuel Wagner, oficial-aviador da Força Aérea Brasileira, Jorge Luiz, engenheiro-químico, todos já falecidos, estando vivos os filhos Carlos Alberto, engenheiro e Daniel Walker, professor aposentado da URCA.Menos um homem de bem na terra. Mais um cidadão no céu.
Assis Ferreira
Juazeiro do Norte-CE

Acabo de saber do falecimento de seu Pai e aqui mando os meus pêsames Nestas horas, não adianta se falar isto ou aquilo, o importante é o que sentimos Sabemos que mais cedo ou mais tarde, perdemos algum ente querido e isto faz parte da vontade dAquele que é o Senhor de todos nós. Salve Deus
Mauricio Xavier
Juazeiro do Norte-CE

Eu e minha família lamentamos com muito pesar falecimento de seu genitor. Sabendo da gravidade do problema e do vencimento de suas forças desejo a o amigo Daniel Walker e toda sua família muito conforto neste momento de dor.
Antonio Leonel
Juazeiro do Norte-CE

Meu pesar ao meu inesquecível Zeca Marques minha imorredoura saudade.
Ivan bezerra,
Fortaleza-CE

Receba prezado amigo e transmita família abraço profundo ésar perda inesquecível Ze Marques.
Adauto Bezerra
Fortaleza-CE
Em nome da AFAJ. família votos de profundo pesar falecimento Zeca Marques, estimo a todos da família.
Odival e graça
Fortaleza-CE

AGRADECIMENTO

LUTO OFICIAL PELA MORTE DE ZECA MARQUES

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

FALECEU ZECA MARQUES

Faleceu na madrugada de hoje, aos 97 anos (completaria no próximo dia 7), vítima de insuficiência renal, o Sr. José Marques da Silva, mais conhecido como Zeca Marques. Ele foi um dos mais conhecidos e conceituados ourives de Juazeiro do Norte. Participou ativamente da vida social e comercial juazeirense, tendo exercido os seguintes cargos: Presidente da Associação Protetora dos Animais, Presidente do Conselho Superior da União Beneficente, Secretário da Associação de Assistência aos Menores Abandonados, Presidente da Sociedade Cultural Beneficente José Marrocos, Secretário do Juizado de Menores, Diretor da Sociedade de Amparo aos Mendigos e Tesoureiro da Associação Comercial. Iniciou sua vida maçônica em 1948, tendo ocupado vários cargos, culminando com o de Venerável da Loja Cavalheiros Espartanos. Zeca Marques apesar de ter pouca escolaridade chegou a publicar cinco livros, sendo dois sobre a Maçonaria, dois sobre Padre Cícero e um contando como educou seus filhos.Com os recursos oriundos de sua ourivesaria conseguiu diplomar cinco filhos: José Walter, engenheiro, Samuel Wagner, oficial-aviador da Força Aérea Brasileira, Jorge Luiz, engenheiro-químico, todos já falecidos, estando vivos os filhos Carlos Alberto, engenheiro e Daniel Walker, professor aposentado da URCA e editor deste blog.
O corpo está sendo velado no Anjo da Guarda e o sepultamento ocorrerá às 16 horas de hoje.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

PRÊMIO JABUTI PARA PADRE CÍCERO, DE LIRA NETO?

O Prêmio Jabuti 2010, que é a maior honraria para um livro brasileiro, será outorgado a 21 obras das muitas que estão inscritas nas diversas categorias, sendo todas obras inéditas, editadas no Brasil, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2009. Estas categorias são: Tradução; Livro de Arquitetura e Urbanismo, Fotografia, Comunicação e Artes; Livro de Teoria/Crítica Literária; Projeto Gráfico; Ilustração de Livro Infantil ou Juvenil; Livro de Ciências Exatas, Tecnologia e Informática; Livro de Educação, Psicologia e Psicanálise; Livro de Reportagem; Livro Didático e Paradidático; Livro de Economia, Administração e Negócios; Livro de Direito; Livro de Biografia; Capa; Livro de Poesia; Livro de Ciências Humanas; Livro de Ciências Naturais e Ciências da Saúde; Livro de Contos e Crônicas; Livro Infantil; Livro Juvenil; Livro de Romance e Tradução de Obra Literária Espanhol-Português. Destas, como finalista, já está Padre Cícero – Poder, fé e guerra no sertão, de Lira Neto (Companhia das Letras, 557p). Agora é aguardar o resultado final, torcendo para que esta obra seja mais uma vez consagrada. Neste caso, seria a segunda premiação de Lira Neto neste certame. Em 2007 ele abiscoitou o prêmio, também na categoria de biografia, com o livro O Inimigo do Rei: uma Biografia de José de Alencar ou a Mirabolante Aventura de um Romancista que Colecionava Desafetos, Azucrinava D. Pedro II e Acabou Inventando o Brasil.Os concorrentes da categoria Biografia são:
1º Euclides da Cunha: Uma Odisseia nos Trópicos, de Frederic Amory;
2º Nem vem que não tem - A vida e o veneno de Wilson Simonal, de Ricardo Alexandre;
3º Carlos Chagas: Um cientista do Brasil, de Simone Petraglia Kropf e Aline Lopes de Lacerda;
4º Bendito Maldito - Uma biografia de Plínio Marcos, de Oswaldo Mendes;
5º Padre Cícero- Poder, fé e guerra no sertão, de Lira Neto;
6º Cabeza de Vaca, de Paulo Markun;
7º A letra brasileira de Paulo César Pinheiro - Uma jornada musical, de Conceição Campos;
8º Chiquinha Gonzaga: Uma história de vida, de Edinha Diniz;
9º Orquestra Tabajara de Severino Araújo, de Carlos Henrique Coraucci;
10º Tônia Carrero: Movida pela paixão, de Tânia Carvalho.
(Renato Casimiro, de Fortaleza)

COMBATENDO A EXPLORAÇÃO SEXUAL

 A
Prefeitura Municipal de Juazeiro, através da Secretaria de Assistência
Social, Trabalho e Cidadania (SEASTC), combaterá a exploração sexual e o
trabalho infantil, durante os dias 12, 13,14 e 15 de setembro, período
da Romaria de Nossa Senhora das Dores. Todos os funcionários da SEASTC e
de órgãos como CRAS, CREAS, CAMCA, FUNJU, em parceria com o Conselho
Tutelar e PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), formarão
uma grande equipe coordenada pela secretária das SEASTC, Solange Cruz. A
secretária informa que serão instaladas tendas, com informações e
orientação para combater à exploração infantil, durante a romaria, no
Santuário de São Francisco das Chagas (Franciscanos), Basíl
ica Menor de Nossa Senhora das Dores (Matriz), Colina do Horto, Igreja
do Socorro e Igreja dos Salesianos. Uma equipe de profissionais
especializados fará abordagem de crianças que trabalham ou pedem ajuda ,
retirando-as desta situação de risco e acolhendo-as na sede da
secretaria (antigo CSU), para participar de atividades recreativas e
receber alimentação. (ascom/pmjn)