sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
FALECIMENTO DE BRANDÃO E ELIAS - Arimatéia Macêdo
Diariamente ver-se na mídia, em suas diversas faces, sobre acontecimentos os mais variados possíveis. Uns mais, e outros menos tristes. Porém todos nos deixam marcas. Especialmente quando envolvem pessoas.
Nesta semana eu recebi duas notícias imensamente tristes. A morte de Brandão e de Elias. Fiquei estarrecido com a brutalidade que sobreveio a Elias. Lembrei logo da tragédia semelhante que acometeu Januário Macêdo, meu pai. E estou chocado e sem acreditar até agora com a prematuridade ocorrida com Brandão.
Manoel Elias de Sousa e Francisco Brandão Araújo. Esses dois nomes não serão esquecidos jamais por mim, nem por quem os conheceram em suas vidas particulares, nem em seus momentos sociais. Especialmente na Loja Maçônica Cavalheiros Spartanos, em Juazeiro do Norte, Ceará.
Elias era um maçom dos mais entusiasmados. Ritualística Maçônica era seu mais forte trunfo dentro da Maçonaria. Era bonito vir Elias trabalhando e instruindo-nos dentro da Loja Maçônica. Sua desenvoltura era impecável. Como ex-militar não era prá menos. É tanto que galgou todos os cargos e degraus dentro da entidade Maçonaria. Inclusive o de presidente de nossa Loja.
Já Brandão era também um exímio maçom. Transpôs todos os níveis hierárquicos na Maçonaria. E a nossa Loja tem muito que se lembrar quando este estava na direção dos trabalhos como seu presidente. Incentivou e apoio a criação do Bethel dentre outras iniciativas. Era tolerante até demais. Emocionava-se com a mais simples das atitude. Era muito amável.
Ambos deixaram lacunas imensas em seus seios familiares, e em seus círculos de amizade. Tanto Elias como Brandão deixaram seus filhos ou formados ou na faculdade para tal fim.
Elias era um advogado e administrou vários órgãos públicos. Muito conhecido. E Brandão sempre foi um comerciante, e dos bons.
Esses dois deixaram muitos ensinamentos. A Loja Cavalheiros Spartanos sentirá muito a falta desses dois grandes maçons. Tenho absoluta certeza que não esquecerei os debates que tivemos. Às vezes com os mesmos argumentos, outras vezes não. Mas no final sempre nos entendíamos.
Tenho uma certeza indubitável que a Loja Cavalheiros Spartanos N. 85, de Juazeiro do Norte, na qual tive a honra de ser inserido no meio dos maçons, nunca mais será a mesma. Mesmo não mais estando eu presente às quintas-feiras já imagino como será hoje a abertura dos trabalhos sem estas duas luzes. Hoje o malhete emitirá um som triste.
Arimatéia Macêdo – www.arimateia.com – Janeiro de 2009
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